I. Comentério de Luís Graça ao poste P13141:
1. Podemos lamentar, podemos até achar triste esta coincidência de eventos... Ou melhor, estes (des)encontros... Mas há que compreender: a malta do BCAÇ 2852 e do BART 2917 (que o veio render em finais de maio de 1970) não se conhece.
1. Podemos lamentar, podemos até achar triste esta coincidência de eventos... Ou melhor, estes (des)encontros... Mas há que compreender: a malta do BCAÇ 2852 e do BART 2917 (que o veio render em finais de maio de 1970) não se conhece.
O tempo de sobreposição era curto, às vezes de dias... Os "velhinhos" queriam ir para casa, no "gosse, gosse"... Não havia tempo para "socialização"...
E hoje passados, 44 anos, continuam sem se conhecer... O mesmo aconteceu com os "piras" que, individualmente, vieram, render a 1ª geração de graduados e praças especialistas da CCAÇ 12, por volta de março de 1971... Não nos conhecemos, não nos reunimos, não convivemos... Somos estranhos uns aos outros... E, como diz o povo, "longe da vista, longe do coração"... A 1ª geração da CCAÇ 12 reune-se, em geral, com o pessoal de Bambadinca de 1968/71, ou seja, à volta da CCS/BCAÇ 2852. A 2ª geração da CCAÇ 12 reune-se também em separado...
Nestes casos, o único elo de ligação entre o pessoal de Bambadinca de1968 a 1972 ainda é (ou pode ser) o nosso blogue...
Em boa verdade, os antigos combatentes nunca foram (nem poderão ser) uma "equipa forte" mas sim uma "coligação fraca"... Apesar de tudo, há coisas que os moblizam e motivam para sair de casa e encontrarem-se a 200 ou 300 km de distância, com tudo o que isso implica de custos em termos de emoções, de tempo, de dinheiro, etc.. Pelo menos uma vez por ano, e nalguns casos mais do que uma vez... E isso é bonito e deve ser valorizado!
São encontros que têm, todos os anos, um organizador diferente, e um local de reunião diferente. A "pasta" vai passando de ano para ano, e há inércias que é difícil de parar, alterar ou mudar... A data e o local convívio do ano seguinte são sempre são marcados com antecedência de um ano, em geral no próprio convívio do ano... De forma que alterações de calendário são sempre difíceis, por falta de flexibilidade.
O Jorge Cabral, que comandava o Pel Caç Nat 63 (Fá Mandinga e Missirá, 1969/71) costumava não falhar nenhum dos convívios do pessoal de Bambadinca: ou seja, tanto ia ao convívio do BCAÇ 2852 como ao do BART 2917... Também ele, como eu, serviu "dois senhores"... Este ano, só pode ir a um... já que não tem, como Deus, o dom da ubiquidade... Os convívios dos dois batalhões do nosso tempo de Bambadinca (somos ambos de 1969/71) estão marcados para o dia 24 de maio mas em locais separados, por 200 km: um nas Caldas da Rainha (BCAÇ 2852 e subunidades adidas) e outro na Torreira, São Jacinto, Murtosa (BART 2917 e subunidades adidas).
E hoje passados, 44 anos, continuam sem se conhecer... O mesmo aconteceu com os "piras" que, individualmente, vieram, render a 1ª geração de graduados e praças especialistas da CCAÇ 12, por volta de março de 1971... Não nos conhecemos, não nos reunimos, não convivemos... Somos estranhos uns aos outros... E, como diz o povo, "longe da vista, longe do coração"... A 1ª geração da CCAÇ 12 reune-se, em geral, com o pessoal de Bambadinca de 1968/71, ou seja, à volta da CCS/BCAÇ 2852. A 2ª geração da CCAÇ 12 reune-se também em separado...
Nestes casos, o único elo de ligação entre o pessoal de Bambadinca de1968 a 1972 ainda é (ou pode ser) o nosso blogue...
Em boa verdade, os antigos combatentes nunca foram (nem poderão ser) uma "equipa forte" mas sim uma "coligação fraca"... Apesar de tudo, há coisas que os moblizam e motivam para sair de casa e encontrarem-se a 200 ou 300 km de distância, com tudo o que isso implica de custos em termos de emoções, de tempo, de dinheiro, etc.. Pelo menos uma vez por ano, e nalguns casos mais do que uma vez... E isso é bonito e deve ser valorizado!
São encontros que têm, todos os anos, um organizador diferente, e um local de reunião diferente. A "pasta" vai passando de ano para ano, e há inércias que é difícil de parar, alterar ou mudar... A data e o local convívio do ano seguinte são sempre são marcados com antecedência de um ano, em geral no próprio convívio do ano... De forma que alterações de calendário são sempre difíceis, por falta de flexibilidade.
O Jorge Cabral, que comandava o Pel Caç Nat 63 (Fá Mandinga e Missirá, 1969/71) costumava não falhar nenhum dos convívios do pessoal de Bambadinca: ou seja, tanto ia ao convívio do BCAÇ 2852 como ao do BART 2917... Também ele, como eu, serviu "dois senhores"... Este ano, só pode ir a um... já que não tem, como Deus, o dom da ubiquidade... Os convívios dos dois batalhões do nosso tempo de Bambadinca (somos ambos de 1969/71) estão marcados para o dia 24 de maio mas em locais separados, por 200 km: um nas Caldas da Rainha (BCAÇ 2852 e subunidades adidas) e outro na Torreira, São Jacinto, Murtosa (BART 2917 e subunidades adidas).
Eu e outros camaradas (como o Humberto Reis) já temos ido aos convívios dos dois batalhões... O Humberto, apesar de tudo, é muito mais "militante" do que eu... Tal como o nosso "alfero Cabral"...
Este ano estou fisicamente limitado e, quando muito, se for à Lourinhã, lá irei de canadianas, ao fim da tarde, beber um café, às Caldas da Raínha, e abraçar os meus antigos camaradas de Bambadinca do tempo do BCAÇ 2852 (1968/70)... De Lisboa às Caldas são 70 km... e ainda não posso conduzir. Tenho pena de não poder dar o mesmo abraço aos meus camaradas de Bambadinca do tempo... do BART 2917 (1970/72)...
Enfim, vou ver se também consigo dar um salto a Óbidos, no dia 31 de maio, para dar também o meu alfabravo fraterno aos camaradas, de rendição individual, que nos substituiram em março de 1971, na martirizada CCAÇ 12, e com quem queremos reforçar os nossos laços de camaradagem. São poucos, tantos os da 1ª como os da 2ª geração, para não falar da 3ª... (A companhia foi desativada e extinta em 18/8/1974). O grosso da companhia, os nossos soldados do recrutramento local, e maioritariamente de etnia fula, ficaram na Guiné, e tanto quanto sabemos mais de 80% já faleceram, uns de morte matada, outros de causas ditas naturais...
E,por fim, temos os nosso IX Encontro Nacional da Tabanca Grande, em Monte Real, no próximo dia 14 de junho de 2014, para o qual temos que mobilizar as "nossas tropas"....
2. Num comentário atrás (poste P13149), estava o Jorge Cabral intrigado com o nº de comandantes da CCS/BCAÇ 2852. Diz ele que só conheceu um ...
Expliquei-lhe que o comandante da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/0) era, originalmente, o cap inf Eugénio Batista Neves.
Por causa do ataque a Bambadinca, em 28 de maio de 1969 (, segundo se dizia lá na 5ª Rep de Bambadinca, a dos mexericos & boataria...), o senhor oficial (de quem eu tenho apena uma vaga ideia) foi "transferido por motivos disciplinares" e substituído em agosto de 1969 pelo cap art António Dias Lopes (de quem não tenho a mais pequena ideia)...
Estou a citar a história do BCAÇ 2852 (de que tenho cópia em papel e em pdf)... Não sei o que se passou, mas este cap art António Dias Lopes não teve tempo de aquecer o lugar... Foi também "transferido por motivos disciplinares" e substituído em setembro de 1969 pelo então cap inf Manuel Maria Pontes Figueiras (ao que sei, hoje cor inf ref, e que vai ao 20º encontro do pessoal de Bambadinca, 1968/71, organizado pelo meu amigo e camarada José Fernando Almeida, ex-fur mil trms, da CCAÇ 12, 1969/71).
Por causa do ataque a Bambadinca, em 28 de maio de 1969 (, segundo se dizia lá na 5ª Rep de Bambadinca, a dos mexericos & boataria...), o senhor oficial (de quem eu tenho apena uma vaga ideia) foi "transferido por motivos disciplinares" e substituído em agosto de 1969 pelo cap art António Dias Lopes (de quem não tenho a mais pequena ideia)...
Estou a citar a história do BCAÇ 2852 (de que tenho cópia em papel e em pdf)... Não sei o que se passou, mas este cap art António Dias Lopes não teve tempo de aquecer o lugar... Foi também "transferido por motivos disciplinares" e substituído em setembro de 1969 pelo então cap inf Manuel Maria Pontes Figueiras (ao que sei, hoje cor inf ref, e que vai ao 20º encontro do pessoal de Bambadinca, 1968/71, organizado pelo meu amigo e camarada José Fernando Almeida, ex-fur mil trms, da CCAÇ 12, 1969/71).
É sabido, das gentes de Bambadinca desse tempo, que houve uma série de "saneamentos" no topo da hierarquia do BCAÇ 2852... Nessa época, usávamos um eufemismo para a expressão "transferência por motivos disciplinares": dizíamos, entre dois uísques, que o Spínola ou o Velho ou o Caco Baldé "tinha posto os patins no fulano tal"... Na realidade, o nosso Com-Chefe subverteu a hierarquia militar, ao exigir confiança pessoal e político-militar aos seus oficiais superiores...
Nós, CCAÇ 12, mal tínhamos chegado a Bambadinca, por volta de 18 de julho de 1969 (se não erro), e não nos deixaram respirar... Fomos literalmente chupados até à medula pelos comandos de batalhão que queriam mostrar serviço, tanto o BCAÇ 2852 como o BART 2817...
Afinal, éramos todos gente de 2ª classe, os nossos nharros (que eram, literalmente, "soldados de 2ª classe" por não terem a 4ª classe, com exceção do 1º cabo José Carlos Suleimane Baldé) e os nossos graduados e praças especialistas... Além disso, metaforicamente falando, éramos "tropa macaca", "carne para canhão"...
De qualquer modo, é importante dizê-lo, tivemos sempre as melhores relações, de camaradagem e até de amizade, com os milicianos e o pessoal do contingente geral dos dois batalhões, bem como com o pessoal das subunidades adidas, como era o caso dos Pel Rel Daimler, os Pel Mort, os Pel Caç Nat (como, por exemplo, o Pel Caç Nat 63, do "alfero Cabral, do Pel Caç Nat 52, do "Tigre de Missirá"), etc.
Não confundimos nunca os "patrões" (o comando dos batalhões) com o pessoal da caserna... E o Jorge Cabral sabe bem do que eu falo!
Espero, de resto, poder abraçá-lo, a ele e a outros camaradas do meu tempo de Bambadinca, em Monte Real, em 14 de junho próximo.
Nós, CCAÇ 12, mal tínhamos chegado a Bambadinca, por volta de 18 de julho de 1969 (se não erro), e não nos deixaram respirar... Fomos literalmente chupados até à medula pelos comandos de batalhão que queriam mostrar serviço, tanto o BCAÇ 2852 como o BART 2817...
Afinal, éramos todos gente de 2ª classe, os nossos nharros (que eram, literalmente, "soldados de 2ª classe" por não terem a 4ª classe, com exceção do 1º cabo José Carlos Suleimane Baldé) e os nossos graduados e praças especialistas... Além disso, metaforicamente falando, éramos "tropa macaca", "carne para canhão"...
De qualquer modo, é importante dizê-lo, tivemos sempre as melhores relações, de camaradagem e até de amizade, com os milicianos e o pessoal do contingente geral dos dois batalhões, bem como com o pessoal das subunidades adidas, como era o caso dos Pel Rel Daimler, os Pel Mort, os Pel Caç Nat (como, por exemplo, o Pel Caç Nat 63, do "alfero Cabral, do Pel Caç Nat 52, do "Tigre de Missirá"), etc.
Não confundimos nunca os "patrões" (o comando dos batalhões) com o pessoal da caserna... E o Jorge Cabral sabe bem do que eu falo!
Espero, de resto, poder abraçá-lo, a ele e a outros camaradas do meu tempo de Bambadinca, em Monte Real, em 14 de junho próximo.
__________
Nota do editor: