Guiné > Zona leste > CART 3494 (1971/74) > Xime > Natal de 1972, o segundo passado no CTIG. De pé, António Costa [1.º cabo]; José Pacheco [20.º Pel Art]; Jorge Araújo e Mário Neves [furriéis].
Guiné > Zona leste > CART 3494 (1971/74) > Mansambo > Natal de 1973, o 3º passado no CTIG > Da esquerda para a direita: Carola Figueira [furriel]; António Costa, de pé [1.º cabo impd. messe of.]; Orlando Bagorro [1.º srgt]; Serradas Pereira [alferes]; Luciano Costa [cap mil cmdt CART 3494]; Jorge Araújo, de pé [furriel]; Lobo da Costa [alferes estagiáriodo curso de capitães].
Fotos (e legendas): © Jorge Araújo (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]
INQUÉRITO DE OPINIÃO: "NA GUINÉ, NO NATAL, NUNCA FALTOU O 'FIEL AMIGO', O BACALHAU"
Camaradas: como era na Guiné, nos idos tempos de 1961/74 ? Como eram as nossas "ceias de Natal" ?...
Recorde-se aqui a nossa série "O meu Natal no mato"... Já publicámos pelo menos 42 postes nesta série: o último foi assinado pelo nosso camarada Rui Pedro Silva (ex- cap mil, CCAV 8352, Cantanhez, 1972/74) (*).
Por outro lado, houve malta que passou 3 natais no CTIG ou a caminho do CTIG: caso, por ex.. da CART 3494 (Xime e Mansambo, 1971/74).
O "fiel amigo", o bacalhau, está associado, na nossa tradição gastronómica, à quadra festiva do Natal e Ano Novo...
Recorde-se aqui a nossa série "O meu Natal no mato"... Já publicámos pelo menos 42 postes nesta série: o último foi assinado pelo nosso camarada Rui Pedro Silva (ex- cap mil, CCAV 8352, Cantanhez, 1972/74) (*).
Por outro lado, houve malta que passou 3 natais no CTIG ou a caminho do CTIG: caso, por ex.. da CART 3494 (Xime e Mansambo, 1971/74).
O "fiel amigo", o bacalhau, está associado, na nossa tradição gastronómica, à quadra festiva do Natal e Ano Novo...
Na ceia de Natal portuguesa (e nomeadamente nortenha) a tradição era (e continua a ser) comer bacalhau, e de muitas formas e feitios, desde o bacalhau com pencas à "roupa velha"... Na Guiné, durante a guerra colonial, o bacalhau trazia-nos a lembrança dos sabores da terra e as saudades de casa.
O bacalhau, a saudade e e, a partir de meados do séc. XIX, o fado são três elementos da nossa identidade.
Vd. aqui a propósioyo a um interessantíssimo artigo de José Manuel Sobral e Patrícia Rodrigues - O “fiel amigo”: o bacalhau e a identidade portuguesa. Etnográfica [Em linha], vol. 17 (3) | 2013. desde. [Consult em 28 de dezembro de 2015]. Disponível em http://etnografica.revues.org/3252.
É um artigo que aconselhamos vivamente, disponbível em pdf, e que foca os seguintes pontos: (i) A identificação entre o bacalhau e os portugueses; (iii) Um consumo antigo; (iiii) Razões históricas do consumo do bacalhau em Portugal; (iv) Da penitência ao sucesso; (v) A pesca e o abastecimento do bacalhau: uma síntese breve; (vi) A construção de uma cozinha nacional e o bacalhau: o testemunho dos livros de cozinha; (vii) O bacalhau e os portugueses: uma identificação recriada nas relações e inscrita no corpo e na memória
Bacalhau com "pencas"... Foto de LG |
Como dizem os autores no resumo do seu artigo "o bacalhau possui um estatuto único na cozinha portuguesa, pois é ao mesmo tempo um alimento muito frequente no seu receituário e um símbolo da própria identidade nacional. Neste ensaio procede-se a uma reconstrução genealógica dos diversos motivos e processos que conduziram a esta situação, procurando mostrar que dinâmicas de natureza religiosa, económica, política e ideológica se combinam com uma longa socialização e incorporação, que se traduziu num gosto específico por este tipo de alimento entre os portugueses."
Ler aqui algo mais sobre a história da pesca do bacalhau...
Recorde-se, por outro lado, que sobre a pesca do bacalhau (a tal "outra guerra"...) temos já 15 referências no nosso blogue. No nosso tempo, o Estado Novo elevou a "faina maior" à categoria de epopeia nacional... E em 1958 Portugal era o maior produtor mundial de bacalhau seco e salgado...
Houve, até agora, 35 respostas ao inquérito de opinâo desta semana festiva sobre a presença do bacalhau na mesa de Natal na Guiné, no nosso tempo (1961/71). As opiniões estão assim repartidas:
Houve, até agora, 35 respostas ao inquérito de opinâo desta semana festiva sobre a presença do bacalhau na mesa de Natal na Guiné, no nosso tempo (1961/71). As opiniões estão assim repartidas:
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1. Sim, nunca faltou, no Natal > 15
(42,9%)
(42,9%)
2. Não sei / não me lembro > 9
(25,7%)
(25,7%)
3. Faltou pelo menos uma vez > 0
(0%)
(0%)
4. Faltou sempre > 9
(25,7%)
(25,7%)
5. Não aplicável. nunca liguei ao bacalhau > 2
(5,7%)
(5,7%)
Votos apurados: 35
(100,0%)
Dias que restam para votar: 2 (termina em 30/12/2015, 4ª feira, às 14h10). Queremos chegar, pelo menos, até às 100 respostas... (**)
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Notas do editor:
(*) Vd. último poste da série > 25 de dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P14080: O meu Natal no mato (42): 1971, em Zemba (Angola); 1972, em Caboxanque; 1973, em Cadique (Rui Pedro Silva, ex- cap mil, CCAV 8352, Cantanhez, 1972/74)
(**) Último poste da série > 15 de dezembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15492: Inquérito 'on line' (23): cerca de 57% dos respondentes, num total de 81, admitem que já caíram (ou foram tentados a cair) no 'conto do vigário', uma ou mais vezes, e sobretudo na vida civil...