b. População
(1) Aspecto histórico
(a) Existem no Sector 04 dois "Chãos" tradicionais, ocupados há longos decénios, ou até mesmo séculos, por duas etnias com características e organizações diferentes:
O "Chão" Balanta, na parte Sul, correspondendo à zona do Concelho de MANSOA que pertence ao Sector;
O "Chão" Mandinga, na parte Norte, abrangendo a área do Posto Administrativo de MANSABÁ que fica dentro do Sector.
Em qualquer dos "Chãos" predominam as populações da etnia que lhes dá o nome; ambos se prolongam para os Sectores vizinhos.
(b) Os Balantas, ao que se julga, resultaram do cruzamento de homens Beafadas e mulheres Papeis, na povoação de DUGAL, donde irradiaram para as vastas áreas que actualmente ocupam nas quais predominam as bolanhas. Há notícias de que já no século XIX se encontravam nas áreas pertencentes ao actual Sector 04. Politicamente constituem uma sociedade acéfala, sem máquina administrativa nem instituições judiciais constituídas. O chefe político é o chefe da família; o chefe da povoação tem funções limitadas, não podendo decidir sobre qualquer assunto sem que haja um total consentimento dos chefes de família. Na sua sociedade não existem grandes diferenças de classes sociais ou de riquezas.
Dada a sua organização político-social, dificilmente aceitaram os Régulos que lhes foram impostos pelas nossas autoridades e que por vezes pertenciam a etnia diferente, do qual resultaram ressentimentos por parte dos Balantas e pouco prestigio para o Régulo que era encarado pelas populações como um funcionário da Administração do que como um chefe natural.
Constituem a etnia da Província com maiores qualidades de trabalho, mas praticam o roubo de gado - o que entre eles não constitui desonra, mas motivo de orgulho - e por tal facto as outras etnias tem relutância em aceitar os Balantas, visto recearem serem por eles roubados. Esta prática do roubo levou-os a serem considerados, no passado, como sendo possuidores de um elevado espírito guerreiro. Também são considerados como a etnia que mais entraves levantou á penetração portuguesa. Todavia as campanhas contra eles levadas a efeito principalmente nos dois decénios do século XX, por TEIXEIRA PINTO, enquadram-se no plano geral da pacificação da Província não havendo conhecimento de qualquer acção militar em que os Balantas sobressaíssem de forma especial.
O seu deficiente enquadramento tradicional, antes da eclosão do terrorismo, levou-os a uma dependência económica, política e social de populações de outras etnias, sobretudo os Fulas e Mandingas. Assim as promessas, feitas pelo PAIGC, de libertação dos povos que os subjugavam, induziu os Balantas a facilmente aderirem à subversão; todavia a inclusão sistemática de Balantas nos grupos de guerrilheiros e a contribuição obrigatória de géneros alimentícios aos mesmos grupos levaram-nos a verificar que se tinham libertado duma dependência para caírem noutra; por tal facto deu-se já uma viragem na atitude dos Balantas, face ao PAIGC, nalgumas regiões da província.
Nos dois CONGRESSOS DO POVO DA GUINE, realizados em 1971 e 1972 nos quais colaboraram todas as etnias, foram abordados alguns dos problemas específicos dos Balantas, podendo a sua solução alterar o panorama da luta que se trava na Província.
(c) Os Mandingas habitavam já a GUINE antes da nossa chegada; possuidores de vastas tradições e de uma cultura própria, constituíram grandes impérios, dos quais o maior foi o do MALI que durou até ao Século XVII. Distribuíam-se irregularmente por toda a Província e em meados do Século XIX tiveram grandes disputas com os Fulas acabando por ficarem vencidos.
A sociedade Mandinga, outrora fortemente hierarquizada apresenta-se hoje dividida em dois grupos: a classe dirigente e a classe dirigida; pertencem à primeira os chefes religiosos e políticos; a classe dirigida engloba três ramos de corporações de ofícios: a dos ferreiros, a dos sapateiros e a dos cultivadores de terras e comerciantes ambulantes (Djilas).
A estrutura judicial andou sempre ligada ao poder político; o chefe da família é o juiz que resolve as desavenças surgidas na família extensa; quando as questões ultrapassam o âmbito familiar, mas se resumem a pequenos delitos, cabe ao chefe da Tabanca com o conselho dos grandes resolvê-los; antigamente só os Régulos julgavam os crimes, mas como os Régulos passaram a ser quase todos Fulas, surgiu uma procura para efeitos de julgamento, junto das autoridades administrativas.
“O Chão”Mandinga abrangido pelo Sector C4 pertence todo ao Regulado do OIO, cujas populações, por tal facto, tomaram a designação de OINCAS. Os Oincas são considerados pelos outros Mandingas como menos puros, visto terem muitos antepassados Balantas a quem outrora se ligaram por casamentos. A sua organização familiar, social e económica pouco difere da dos outros Mandingas da Província; as maiores diferenças dizem respeito a organização política e religiosa. Assim, a organização política limita-se aos chefes de tabanca, cujos poderes são muito limitados, pois os Oincas sempre recearam estar sujeitos a um só Régulo. Têm o gosto do mando e tendências guerreiras que os levaram muitas vezes a insurgir-se contra a nossa soberania. Salientam-se as campanhas levadas a efeito por TEIXEIRA PINTO, que em 1913 derrotou os Oincas. Desde 1919 que o OIO não tem Régulo, mas os Oincas não se mostram interessados em ter um chefe único.
Com início do terrorismo, calcula-se que um quinto dos Oincas se refugiou no CASAMANÇA (Senegal), onde mantinham estreitos laços familiares. Dos restantes, grande parte aderiu à subversão, ou por convicção, ou porque a tal foram obrigados, em consequência de as terras onde viviam terem sido envolvidas pela subversão, ou por terem sido acusados muitas vezes de terroristas, o que os obrigou a fugir. A atitude dos que aderiram convictamente à subversão, em grande parte foi devido ao desejo de reaverem a sua independência política e vingar as pressões e prepotências a que foram sujeitos. É de salientar que têm sido raros os casos de apresentação às nossas autoridades de elementos Oincas - população ou combatentes sob controlo IN.
(d) Merecem uma referencia especial os MANSOANCAS, MANSOANCAS ou CUNANTES, que se localizam na Vila de MANSOA e povoações vizinhas a Norte e Leste, bem como o Regulado do CUBONGE.
Inicialmente os Mansoancas resultaram do cruzamento de Mandingas e Oincas com Balantas do Norte da Vila de MANSOA; presentemente já se consideram Mansoancas muitos dos indivíduos nascidos em MANSOA, embora filhos de pais de etnia diferente.
Originou-se assim uma mestiçagem cultural, que faz com que OS Mansoancas não se identifiquem com os Mandingas nem com os Balantas, pois até a sua língua é totalmente diferente. Todavia para alguns autores e em vários documentos, os Mansoancas continuam a ser considerados um subgrupo dos Balantas.
Revelam uma organização política herdada dos Mandingas, embora rudimentar; estão quase totalmente islamizados, mas não desprezam os antigos ritos animistas.
Os Mansoancas, principalmente os do Regulado do SANSANTO, aderiram com facilidade ao terrorismo, seguindo as pisadas dos Oincas.
(e) As populações das restantes etnias existentes no Sector 04 não têm na região um passado histórico que mereça especial destaque. São minorias que vieram mais tarde e embora conservem os seus usos, religião e língua, estão enquadrados na organização político-administrativa local. Faz-se contudo uma referência aos Fulas e Mandingas que habitam em MANSOA, não só pelos seus quantitativos, como também por muitos deles exercerem actividades que os leva a estabelecer frequentes contactos com as outras populações locais (chefes ou dirigentes religiosos, pequenos comerciantes, artífices, cipaios, etc).
(2) Aspecto humano
(a) População
Segundo os elementos colhidos nas administrações do Concelho de MANSOA e do Posto Administrativo de MANSABÁ relativos ao recenseamento de 1972, a população sob controlo das nossas autoridades no Sector 04 totaliza 17117 habitantes.
Dada a área do Sector - cerca de 1350 Km2 - a densidade da população é de 13 habitantes/quilómetro quadrado. Verifica-se, porém, que cerca de 84% da população habita na região Sudoeste do Sector, na qual se situam 7 das suas 11 povoações (todas menos BISSÁ, PORTOGOLE, CUTIA e MANSABÁ), ocupando uma área de cerca de 25% do total; assim, nesta região, a densidade populacional é da ordem dos 40 habitantes/quilómetro quadrado. Em contra-partida há vastas zonas - principalmente a Leste do ROLOM - que antes do terrorismo já eram fracamente povoadas e no presente se encontram despovoadas. Embora se não disponha de dados concretos, estima-se que haja no Sector cerca de 2.500 elementos da população sob controlo de IN, dispersos pela região de CUBONGE - MORÉS (2.000) e a Norte da estrada MANSABÁ - MANHAU - BANJARA (500).
(b) Grupos étnicos
Predomina no Sector a etnia Balanta que totaliza perto de 11.000 indivíduos e constituiu cerca de 63% da população existente. Praticamente, nas povoações situadas no "Chão Balanta" (excepto MANSOA) apenas há populações desta etnia; no Regulado do CUBONGE (a N do RMANSOA) pertencem ao ramo dos Balantas CUNTOI, ou BRAVOS; nos Regulados de JUGUDUL e ENXALE, pertencem ao ramo dos Balantas de FORA.
MANSOA, tem uma população heterogénea, mas perto de 50% e são Mansoancas (2.583) que, conforme se indicou já, resultaram do cruzamento de Balantas com Mandingas, mas no presente não se identificam com uns nem com outros.
Segue-se, quantitativamente, OS Oincas e outros Mandingas que constituem a maioria nas povoações de MANSABÁ e CUTIA e cujo total dentro do Sector deve ultrapassar os 2.000 indivíduos.
As restantes etnias são minorias, que estão deslocadas do seu "Chão" tradicional; de entre elas, são os Fulas que maior influência faz sentir, não só pela sua cultura e modo de vida, como também pela sua expressão numérica e dispersão (por MANSOA, MANSABÁ e CUTIA).
A população europeia do Sector - metropolitanos e libaneses – é constituída por funcionários e comerciantes com as respectivas famílias e reside em MANSOA, com excepção de 01 comerciante europeu de MANSABÁ, leva uma vida normal, desloca-se com frequência a BISSAU e não há conhecimento de que favoreça deliberadamente ou esteja ligada à subversão.
DISTRIBUIÇÃO POR ÉTNIAS DA POPULAÇÃO DE MANSOA
ETNIA ou RAÇA - Nº de HABITANTES
BALANTAS 836
FULAS 752
MANDINGAS 485
MANSOANCAS 2583
PAPEIS 147
MANJACOS 68
BEAFADAS 145
JACANCAS 61
SOSSOS 42
TILIBONCAS 50
SARACOLÉS 33
BIJAGÓS 02
CABOVERDEANOS 29
BRANCOS > METROPOLITANOS 11
BRANCOS > LIBANESES 19
POVOAÇÕES E NÚMERO DE HABITANTES SEGUNDO O RECENSEAMENTO DE 1972
POVOAÇÕES - TABANCAS QUE ACTUALMENTE ENGLOBAM - NÚMERO DE HABITANTES POR TABANCA - NÚMERO DE HABITANTES TOTAL
MANSOA MANSOA (VILA) 249 5263
LUANDA 2104
S.TOMÉ 984
ARRIA 585
MANCALÃ 795
CUSSANÁ 286
MANTEFA 260
JUGUDUL CUSSANTCHE 55 1525
JUGUDUL 849
SUGUME 230
BINIBAQUE 391
ROSSUM ENCHUGAL 395 1217
BISSORÃ 481
GAMBIA 142
ROSSUM 199
UAQUE UAQUE 235 662
CUBOI 427
BINDORO BINDORO 738 1384
DANA 103
DATE 159
BARÁ 227
QUIBIR 51
POLIBAQUE 64
ANSONHE 42
BRAIA BRAIA 861 1414
QUENHAQUE 351
CLAQUE-ISMA 75
INJASSE 127
POVOAÇÕES - TABANCAS QUE ACTUALMENTE ENGLOBAM - NÚMERO DE HABITANTES POR TABANCA - NÚMERO DE HABITANTES TOTAL
INFANDRE INFANDRE 376 2909
CONTUBO 499
ENCOME 460
ENCHAQUE 336
NHENQUE 225
CLAQUEIALA 151
INRUIDA 169
NHAÉ 38
UANQUELIM 117
INJASSE 50
NIMANE I 193
NIMANE II 295
BISSÁ BISSÁ 826 826
PORTO GOLE PORTO GOLE 113 113
CUTIA CUTIA 137 137
MANSABÁ MANSABÁ 1766 1766
TOTAL 17217
(c) Modos de vida
A população autóctone dedica-se quase exclusivamente à agricultura, com especial interesse pelo arroz; há outras culturas – mancarra(amendoim), milho, fundo e mandioca - mas em escala reduzida. O gado, especialmente o bovino, tem também muita importância para os Balantas, não pelo seu interesse comercial, mas porque está ligado às suas cerimónias tradicionais e confere prestígio; daí a sua relutância na sua venda e uma crescente dificuldade no abastecimento de carne. As culturas metropolitanas, mormente os produtos hortícolas, têm fraca expansão e pouca aceitação no nativo, talvez pela dificuldade de obtenção de água para rega. MANSOA constitui o principal centro comercial do Sector; além dos estabelecimentos comerciais dirigidos pelos Brancos e Cabo-verdianos, existem principalmente no mercado local e imediações pequenos "lugares" de venda de panos e bugigangas (quase todos explorados por Fulas e Mandingas) e produtos alimentares.
Nalgumas povoações existem caçadores e pescadores profissionais; os primeiros são em regra, Fulas. Não havendo cidades no Sector, a população nativa pode considerar-se toda rural. Verifica-se, porém, que BISSAU constitui Um pólo de atracção e que muitos autóctones - sobretudo os mais evoluídos - procuram arranjar empregos ou modo de vida na capital da Província, abandonando as suas povoações.
(d) Línguas e dialectos
Cada etnia fala a língua ou dialecto que lhe é própria; os Balantas Cuntoi e os Balantas de Fora compreendem-se, visto que as maiores diferenças linguísticas são na pronúncia. Os autóctones que estão mais em contacto com outras etnias falam frequentemente mais de uma língua ou dialecto. O crioulo - vínculo comum na Província - é compreendido por elevado número de nativos, principalmente pelos mais evoluídos
(e) Religiões, Crenças e Seitas
Os Balantas, pouco dados à contemplação religiosa, são um povo animista, praticando o culto dos mortos e dos IRÃS. A eles oferecem o melhor que têm: o arroz e o sacrifício dos animais domésticos. Não há, entre os Balantas, qualquer classe sacerdotal, pois o ritualista é na maior parte das vezes o chefe da família. Os Oincas e restantes Mandingas estão islamizados, se bem que o islamismo por eles praticado seja do tipo africano, revelando resíduos do antigo animismo. Os Mansoancas estão quase totalmente islamizados, embora não desprezem os antigos ritos animistas (choros, culto dos antepassados, etc.). Também os Fulas seguem a religião islâmica, com práticas de fundo animistas, como por exemplo, o uso de amuletos, o culto dos mortos e a prática da circuncisão. Nas povoações em que há populações islamizadas há uma mesquita - por vezes rudimentar - e chefes religiosos que presidem as cerimónias. Os chefes religiosos muçulmanos de maior prestígio na região são os Chernos ALAJE INJAI (Futa-Fula), MAMADU DJALÓ (Fula) e MAMADU CASSAMÁ (Jacanca), todos residentes em MANSOA. Por seu turno a população Branca, muitos Cabo-verdianos e alguns nativos são católicos. Há em MANSOA a Missão Católica dirigida por 01 sacerdote, realizando-se actos de culto numa igreja, construída para tal fim na vila.
(3) Aspecto económico
A economia do nativo, no Sector, assenta fundamentalmente na agricultura, em especial na do arroz. Embora alguns se dediquem também à pesca, à caça e ao pequeno comércio, a sua influência no aspecto económico, pouco se faz sentir no contexto geral.
Os comerciantes de MANSOA e de MANSABÁ dedicam-se ao comércio geral, mas raramente dispõem de víveres para alimentação da população europeia; as sucursais da casa Gouveia abastecem de combustível as Unidades e particulares.
Em MANSOA existe uma estação dos CTT, com serviço postal (incluindo encomendas), telegráfico e telefónico. Não há no Sector grandes proprietários nem fazendas que tenham explorações agrícolas ou pecuária.
As actividades industriais limitam-se, praticamente, ao corte e serração de madeiras feitas por 01 europeu em MANSABÁ. Dada a escassa ocupação europeia e a reduzida actividade industrial, a influência da população Branca no desenvolvimento económico do Sector tem sido pequena.
Nalgumas povoações existem caçadores e pescadores profissionais; os primeiros são em regra, Fulas. Não havendo cidades no Sector, a população nativa pode con-siderar-se toda rural.
Verifica-se, porém, que BISSAU constitui Um pólo de atracção e que muitos autóctones - sobretudo os mais evoluídos - procuram arranjar empregos ou modo de vida na capital da Província, abandonando as suas povoações.
(d) Línguas e dialectos
Cada etnia fala a língua ou dialecto que lhe é própria; os Balantas Cuntoi e os Balantas de Fora compreendem-se, visto que as maiores diferenças linguísticas são na pronúncia. Os autóctones que estão mais em contacto com outras etnias falam frequentemente mais de uma língua ou dialecto.
O crioulo - vínculo comum na Província - é compreendido por elevado número de nativos, principalmente pelos mais evoluídos (e) Religiões, Crenças e Seitas Os Balantas, pouco dados à contemplação religiosa, são um povo animista, praticando o culto dos mortos e dos IRÃS. A eles oferecem o melhor que têm: o arroz e o sacrifício dos animais domésticos.
Não há, entre os Balantas, qualquer classe sacerdotal, pois o ritualista é na maior parte das vezes o chefe da família. Os Oincas e restantes Mandingas estão islamizados, se bem que o islamismo por eles praticado seja do tipo africano, revelando resíduos do antigo animismo.
Os Mansoancas estão quase totalmente islamizados, embora não desprezem os antigos ritos animistas (choros, culto dos an-tepassados, etc.). Também os Fulas seguem a religião islâmica, com práticas de fundo animistas, como por exemplo, o uso de amuletos, o culto dos mortos e a prática da circuncisão.
Nas povoações em que há populações islamizadas há uma mesquita - por vezes rudimentar - e chefes religiosos que presidem as cerimónias. Os chefes religiosos muçulmanos de maior prestígio na região são os Chernos ALAJE INJAI (Futa-Fula), MAMADU DJALÓ (Fula) e MAMADU CASSAMÁ (Jacanca), todos residentes em MANSOA.
Por seu turno a população Branca, muitos Cabo-verdianos e alguns nativos são católicos. Há em MANSOA a Missão Católica dirigida por 01 sacerdote, realizando-se actos de culto numa igreja, construída para tal fim na vila. (3) Aspecto económico A economia do nativo, no Sector, assenta fundamentalmente na agricultura, em especial na do arroz. Embora alguns se dediquem também à pesca, à caça e ao pequeno comércio, a sua influência no aspecto económico, pouco se faz sentir no contexto geral.
Os comerciantes de MANSOA e de MANSABÁ dedicam-se ao comércio geral, mas raramente dispõem de víveres para alimentação da população europeia; as sucursais da casa Gouveia abastecem de combustível as Unidades e particulares.
Em MANSOA existe uma estação dos CTT, com serviço postal (incluindo encomendas), telegráfico e telefónico. Não há no Sector grandes proprietários nem fazendas que tenham explorações agrícolas ou pecuária.
As actividades industriais limitam-se, praticamente, ao corte e serração de madeiras feitas por 01 europeu em MANSABÁ. Dada a escassa ocupação europeia e a reduzida actividade industrial, a influência da população Branca no desenvolvimento económico do Sector tem sido pequena.
(Enviado por Jorge Canhão – Ex-Fur. Milº da 3ª Cia do BCAÇ 4612/72)
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Nota de MR:
Vd. último poste desta série em:
21 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4398: História do BCAÇ 4612/72 (Jorge Canhão) (3): Área de intervenção do Comando Chefe