IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Mais dois bravos de Gadamael: à diereita , o ex-ten pil António Martins Matos (hoje ten gen ref) e o ex-paraquedista Mateus Oliveira (CCP 122/BCP 12, Bissalanca, BA 12, 1972/74).
IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Pedaço da camisola do António Martins de Matos onde está estampada uma imagem de um FIAT G-91/ R 1, com os seguintes dizeres adciionaiis "FAP 1973O- BA 12 Esq 121 Tigers Bissalanca"...
IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Outro herói da natalha de Gadamael, aqui à esquerda, o Manuel Reis, ex-mil da CCAV 8530 (1972/74). Foi lapso meu, não o apresentei pessoalmente ao Miguel Oliveira. Restantes camaradas: sentados, Rogé Guierreiro (Cascais) e Xico Allen(V. N. Gaia)... De pé, à esquerda,o Zé Manel Matos Dinis (Cascais).
Fotos (e legendas): © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados.
IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Da esquerda para a direita, Júlio da Costa Abreu (Holanda), seguido do seu cunhado Mateus Oliveira (EUA) e da Giselda Pessoa (Lisboa)... Falaram, por certo de Gadamael, que os três conheceram, o Júlio em 1965/66, quando 1º cabo comando do Gr Cmnds Centuriões, mais o Mateus e a Giselda em 1973...
Foto: © Miguel Pessoa (2014). Todos os direitos reservados. [Legenda de L.G.]
Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > Dois heróis de 1973, batendo a pala um ao outro: o antigo ten pilav António Martins Matos (hoje ten gen pilav ref; era o asa do Miguel Pessoa, quando este foi abatido por um Strela sob os céus de Guileje, em 25/3/1973) e o ex-fur mil op esp J. Casimiro Carvalho, o "grande pirata de Guileje" que merecia uma cruz de guerra em Gadamael (dois meses a seguir)...
Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > Dois heróis de 1973, batendo a pala um ao outro: o antigo ten pilav António Martins Matos (hoje ten gen pilav ref; era o asa do Miguel Pessoa, quando este foi abatido por um Strela sob os céus de Guileje, em 25/3/1973) e o ex-fur mil op esp J. Casimiro Carvalho, o "grande pirata de Guileje" que merecia uma cruz de guerra em Gadamael (dois meses a seguir)...
Foto: © Miguel Pessoa (2013). Todos os direitos reservados. [Legendas: LG]
Nota do editor:
Sobre a "batalha de Gadamael" há inúmeros postes no nosso blogue... Seria impossível citá-los todos... Ficam aqui algumas referências, a talhe de foice (**)... Recorde-se que neste lugar, na região de Tombali, junto à frinteira com a Guiné Conacri, travou-se uma das batalhas mais encarniçadas e sangrentas da guerra da Guiné (1963/74), a seguir à retirada de Guileje (em 22 de Maio de 1973), entre 31 de Maio e as duas primeiras semanas de Junho de 1973. O papel da FAP e do BCP 12 na vitória sobre o PAIGC, em Gadamael, foi decisivo e é hoje unanimemente reconhecido.
Sobre o topónimo Gadamael temos mais de 260 referências, no nosso blogue (II Série)... Mas não nos é possível, de momento, destrinçar o que relativo aos acontecimentos de maio/junho de 1973. Além disso, temos um marcador "dossiê Guileje/Gadamael", com 17 referências (***)...
____________
Notas do editor:
(*) Último poste da série > 19 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13305: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (38): "Caras novas" em Monte Real... E algumas de camaradas que ainda não se sentam à sombra do nosso poilão
(**) Vd. postes da série Dossiê Guieje / Gadamael 1973:
(*) Último poste da série > 19 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13305: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (38): "Caras novas" em Monte Real... E algumas de camaradas que ainda não se sentam à sombra do nosso poilão
(**) Vd. postes da série Dossiê Guieje / Gadamael 1973:
24 de Janeiro de 2009 >Guiné 63/74 - P3788: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (1): Depoimento de Manuel Reis (ex-Alf Mil, CCav 8350)
24 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3789: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (2): Esclarecimento adicional de Manuel Reis (ex-Alf Mil, CCav 8350)
25 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3790: Dossiê Guileje / Gadamael (3): "Um precedente grave" (Diário, Mansoa, 28 de Maio de 1973) ... (António Graça de Abreu)
27 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3801: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (4): Cobarde num dia, herói no outro (João Seabra, ex-Alf Mil, CCav 8350)
29 de Janeiro de 2009 >Guiné 63/74 - P3816: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (5): Strellado nos céus de Guileje, em 25 de Março de 1973 (Miguel Pessoa, ex-Ten Pilav)
1 de Março de 2009 >Guiné 63/74 - P3954: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (6): A posição, mais difícil do que a minha, do Cap Cmd Ferreira da Silva (João Seabra)
4 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P3982: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (7): Ferreira da Silva, ex-Capitão Comando, novo comandante do COP 5 a partir de 31/5/1973
15 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4035: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (8): Amigo Paiva, confirmas que fomos vítimas de ameaças e pressões (Manuel Reis)
23 de abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4239: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (9): Eu, a FAP, o BCP 12 e a emboscada de 18 de Maio (João Seabra)
Outros postes referentes a Guileje e Gadamael:
14 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3737: A retirada de Guileje, por Coutinho e Lima (11): Um erro de 'casting', o comandante do COP 5 (António Martins de Matos)
14 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3737: A retirada de Guileje, por Coutinho e Lima (11): Um erro de 'casting', o comandante do COP 5 (António Martins de Matos)
11 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3872: A retirada de Guileje, por Coutinho e Lima (21): Resposta de António Martins de Matos a Nuno Rubim
12 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3881: Considerações sobre o P3853: Apontamentos sobre Guileje e Gadamael (Vasco da Gama)
23 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3783: FAP (1): A diferença entre o desastre e a segurança das tropas terrestres (António Martins de Matos, Ten Gen Pilav Res)
7 comentários:
....nos dias em que a vida parece "madrasta", ainda penso;
- Ainda bem que não estou em Gadamael.
forte abraço a todos
Vasco Pires
Camaradas, tive o grato prazer de conhecer no "IX Encontro Nacional da Tabanca Grande, em Monte Real, Coutinho e Lima, e de autografar-lhe o meu livro "O Corredor da Morte".
Após o abandono de Sangonhé e Cacoca e a descoberta da montagem de um aquartelamento em Gandembel em 1968 (invenção de Spínola), sempre massacrado, e sei porque acompanhei fazendo operações consecutivas de apoio de abastecimento, vem o abandono também de Mejo (tinha terminado a minha comissão). Guileje e Gandembel em pleno "corredor da morte", e igualmente Gadamael Porto ficam sem proteção. E foi o princípio de um fim que todo o entendido esperava.
A todos que palmilharam aqueles terrenos vai a mera homenagem do Ex-Furriel Miliciano Atirador de Minas e Armadilhas
Mário Vitorino Gaspar
Companhia de Artilharia 1659 - CART 1659 - ZORBA
Ganturé e Gadamael Porto de JAN67 a OUT68
Um das versõs sobre os acontecimentos de maio/junho de 1973... É retirado e adaptado do portal "Guerra Colonial", com a devida vénia (LG):
http://www.guerracolonial.org/index.php?content=413
Gadamael - o verdadeiro inferno!
(i) Em Maio de 1973, a guarnição de Gadamael, constituída pela Companhia de Caçadores 4743, que dependia operacionalmente do COP 5, com sede em Guileje, constituía a retaguarda deste posto e era o seu único ponto de apoio para o reabastecimento depois de a acção do PAIGC ter tornado intransitáveis as ligações por terra para Bedanda e Aldeia Formosa.
(ii) O interesse militar de Gadamael resumia-se a servir de ponto de reabastecimento a Guileje, pois situava-se no último braço de mar do rio Cacine que permitia a navegação a embarcações de transporte.
(iii) O interesse militar de Guileje tornara-se, por sua vez, muito discutível, pois a guarnição fora ali instalada ainda no tempo do dispositivo territorial montado pelo general Schulz, para anular as infiltrações de guerrilheiros vindos da grande base de Kandiafara, na Guiné-Conacri, pelo célebre «Corredor de Guileje».
(iv) Mas os guerrilheiros tinham conseguido ultrapassar esse obstáculo, fixando-se em toda a zona da península do Cantanhez, o que reduziu Guileje a um ponto forte onde as forças portuguesas resistiam e marcavam presença territorial. (…)
(v) Mantinha-se naquele local aguardando situação mais favorável que permitisse a sua transferência, sem ser como resultado directo da pressão do adversário, dispondo, como ponto forte, de instalações defensivas, que lhe permitiram resistir sem baixas significativas a fortes ataques de artilharia.
(vi) Tinha contudo, a grave limitação do abastecimento de água, que era transportada em depósitos a partir de uma fonte situada no exterior do quartel, e este movimento diário constituía a grande vulnerabilidade das tropas ali entrincheiradas.
(vii) Após a retirada de Guileje, a guarnição de Gadamael ficou constituída por duas companhias (a CCav 8350, vinda de Guileje, e a CCaç 4743, que ali se encontrava do antecedente), um pelotão de canhões S/R, com cinco armas, e um pelotão de artilharia de 14 cm, com três bocas de fogo. Este conjunto de forças passou a constituir o COP5, tendo sido nomeado para o seu comando o capitão Ferreira da Silva, em substituição do major Coutinho de Lima.
(viii) Ao contrário de Guileje, Gadamael dispunha de más condições de defesa, por se situar em zona pantanosa onde era difícil construir abrigos. Se as condições já eram más para os militares da guarnição, a situação piorou significativamente com a chegada da coluna vinda de Guileje, que não dispunha de abrigos, nem de condições de alojamento para ali permanecer. Pior ainda, a duplicação de efectivos aumentou a concentração de pessoal dentro do espaço exíguo do quartel e tornou-o alvo altamente remunerador para ataques de artilharia do PAIGC.
(ix) De facto, as forças do PAIGC, moralizadas pela vitória obtida em Guileje, transferiram para Gadamael os seus esforços e entre as 14 horas, de 31 de Maio e as 18 horas, de 2 de Junho bombardearam o quartel com setecentas granadas, uma média de treze por hora, provocando cinco mortos e catorze feridos, além de avultados prejuízos materiais.
(Continua)
Um das versõs sobre os acontecimentos de maio/junho de 1973... É retirado e adaptado do portal "Guerra Colonial", com a devida vénia (LG):
http://www.guerracolonial.org/index.php?content=413
Gadamael - o verdadeiro inferno!
(Continuação)
(x) A violência destes bombardeamentos fez com que a guarnição de Cacine, a cerca de dez quilómetros para jusante do rio, difundisse uma mensagem a comunicar que Gadamael fora destruída, no entanto, a posição manteve-se, embora com o aquartelamento parcialmente destruído e a defesa imediata com brechas.
(xi) Em 1 de Junho foram lá colocados os capitães Monge e Caetano, para enquadrar os militares ali reunidos.
(xii) Em 2 de Junho foram recolhidos pela lancha Orion cerca de trezentos militares que se haviam refugiado nas bolanhas em redor de Gadamael, para escapar aos ataques.
(xiii) Ainda neste dia desembarcou uma companhia de pára-quedistas e um pelotão de artilharia, passando o comando do COP5 para o comandante dos pára-quedistas.
(xiv) Entre 3 e 4 de Junho caíram em Gadamael duzentas granadas, que provocaram mais dois mortos e quatro feridos.
(xv) Em 4 de Junho, o PAIGC realizou uma emboscada a menos de um quilómetro do aquartelamento, causando quatro mortos e quatro feridos e capturando três espingardas G-3 e um emissor de rádio. O comandante do COP5 pediu autorização para retirar de Gadamael, o que não lhe foi concedido, recebendo ordem para defender a posição a todo o custo.
(xvi) Em 5 de Junho, uma lancha da Marinha, botes dos fuzileiros e embarcações sintex do Exército evacuaram de Gadamael os mortos e os feridos, além de militares que não se encontravam em condições de combater, passando o COP5 a ser comandado pelo tenente-coronel Araújo e Sá. No mesmo dia ocorreu novo ataque com setenta granadas, que provocaram cinco feridos graves e cinco ligeiros.
(xvii) A partir de 12 de Junho, foi colocada uma terceira companhia de pára-quedistas na região, ficando todo o Batalhão de Pára-Quedistas 12, empenhado no Sul, para «segurar» Gadamael.
(xviii) As forças portuguesas sofreram nesta acção vinte e quatro mortos e cento e quarenta e sete feridos. (…)
Pela sua heroicidade confesso que gostaria de ter trocado algumas impressões com estes camaradas àcerca das suas experiências e motivações nas situações difíceis em que estiveram envolvidos. Provavelmente eles como os heróis de Guidage, os sitiados e outros que acorreram em seu auxílio,foram os que mais sentiram a proximidade da morte e o desgosto de ver morrer perto tantos amigos e camaradas.
A culpa terá sido minha, ou o tempo terá sido pouco, não sei, mas no nono Encontro da Tabanca, não consegui resposta a todas as perguntas que a minha cabeça pensara.
Em comentário, gostei do relato,que me pareceu bem informado e objecto do camarada e amigo Luís Graça.
Um abraço a todos os camaradas.
Francisco Baptista
Ainda sobre a atividade operacional do BCP 12, em Gadamael (LG):
(...) "Apesar dos esforços a situação na Guiné continua a degradar-se. A pressão que os guerrilheiros vinham exercendo sobre os aquartelamentos no Sul do território começou a dar resultados. Em Maio de 1973 os guerrilheiros desencadeiam fortes ataques a Guileje obrigando mesmo ao abandono do aquartelamento dos militares do Exército. Nas proximidades, Gadamael Porto fica em posição delicada com flagelações frequentes de armas pesadas. A 2 de Junho as CCP 122 e CCP 123 são enviadas para Gadamael, seguindo-se no dia 13 a CCP 121. O próprio comandante do BCP 12, Tenente-Coronel Araújo e Sá tinha assumido o comando das forças que com a guarnição do Exército constituiram o COP 5. A posição de Gadamael Porto é organizada defensivamente com abrigos, trincheiras e espaldões, simultaneamente são desencadeadas acções ofensivas sobre os guerrilheiros. A resistência e a determinação das Tropas Pára-quedistas acabaram por surtir efeito e o ímpeto inimigo foi quebrado - Gadamael Porto não caiu. A 7 de Julho as CCP 121 e 122 regressam a Bissau e a 17 é a vez da CCP 123, a operação DINOSSAURO PRETO tinha terminado."
Excerto, com a devida vénia, de:
Batalhão de Caçadores Paraquedistas, nº 12 - Unidade e Luta
http://clientes.netvisao.pt/boinaverde/bcp12.htm
Os fantasmas de Gadamael: 3ª Ccaç 4612/72???
Enviar um comentário