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domingo, 24 de janeiro de 2016

Guiné 63/74 - P15663: Convívios (725): Almoço, no restaurante "O Teimoso", Casal do Forno, Marteleira, na estrada nacional nº 8-2 [Torres Vedras-Lourinhã], sábado, dia 30, comemorativo dos 50 anos do regresso do pessoal do BCAÇ 619: CCAÇ 616 (Empada), CCAÇ 617 (Catió e Cachil) e CCAÇ 618 (São Domingos), 1964/66

1. Através do nosso camarada Carlos Alberto Rodrigues Cruz (,ex-fur mil da CCAÇ 617/BCAÇ 619, Catió e Cachil, 1964/66), por mensagem de 22 do corrente, soubemos que:


(i) no próximo dia 2/2/2016 os elementos que integraram o BCAÇ 619, respetivamente, CCAÇ 616 (Empada), CCAÇ 617 (Catió) e CCAÇ 618 (São Domingos) vão comemorar os 50 anos do seu regresso a casa;


(ii) haverá um almoço-convívio, no restaurante "O Teimoso", Lourinhã, no sábado, dia 30 do corrente;

(iii) a organização é de malta do norte, da CCAÇ 617 [, de quem não temos nenhum contacto].


2. Pergunta-nos o Carlos AS R. Cruz: 

"Para quem vai de Lisboa, pela autoestrada A8, em qual saída da mesma deve sair para ir direto a esta localidade ? Será na 1ª saída, logo que se aviste a placa sinalizada como Lourinhã ? Ou será apenas na 2ª ?"

Respondi-lhe nestes termos:

"Em princípio, tomas a A8...

"Na A8, sais na primeira indicação para a Lourinhã (depois das duas indicações para Torres Vedras – “Torres Vedras Sul” e “Torres Vedras Centro”);

"Da portagem até à Lourinhã são cerca de 20 km, o Casal do Forno, antes da Marteleira, deve ficar a cerca de 13/14 km. O restaurante "O Teimoso" fica do lado esquerdo, antes da fábrica de rações Valouro... Consulta o mapa aqui!... (Página do Facebook).

Restaurante "O Teimosos"
Casal do Forno, EN 8-2, 
Marteleira
2530-336 Lourinhã


3. O nosso camarada queria que eu passasse por lá [, mas não vai dar]...

"Se me fôr possível irei levar o meu álbum fotográfico para te poder mostrar fotos (algumas já um pouco degradadas devido aos anos, mais de 50) mas ainda capazes de te aguçar a curiosidade sobre o que foi o percurso da Companhia [, a CCAÇ 617,] nomeadamente a nossa permanência na ilha do Como, já nos últimos dias da nossa comissão, mas que ficaram marcados pelo terrível ataque a que fomos sujeitos na véspera do dia de natal de 1965 em que tivémos só 16 feridos de uma assentada, alguns com necessidade de evacuação para a metrópole, devido à sua gravidade e urgência no tratamento das mazelas sofridas.

"Luis já vai um pouco extensa a minha mensagem mas é sempre difícil dizer em menos palavras aquilo que me vai na alma. Despeço-me, com aquele abraço que te é devido não só pela obra por ti criada, mas por seres um ser humano de eleição, amigo de todos nós e dinamizador de toda uma realidade que admiramos, também pelo teu percurso académico bem demonstrativo da tua personalidade que encanta quem te conhece.

"CRUZ (Grã-tabanqueiro nº 638
Paço de Arcos-sur-mer
2770-134 - Paço de Arcos"

_____________________

Nota do editor:

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Guiné 63/74 - P14918: Álbum fotográfico de Carlos Alberto Cruz , ex-fur mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió e Cachil, 1964/66)



Foto nº 1 > Lisboa, 8/1/1964, a ponte sobre o Rio Tejo, em construção: imagem do pilar norte, tirada do T/T Quanza. Uma foto notável com esta obra, emblemátca do Estado Novo, cuja construção demorou 3 anos e meio (novembro de 1962 a agosto de 1966). No regresso, o BCAÇ 619 já passou sob o tabuleiro da ponte...



Foto nº 2 > Lisboa, 9/1/1964 > O N/M Quanza, no cais da Rocha Conde de Óbidos


 Foto nº 3 >  Lisboa, 8/1/1974 > O Carlos Criz no dia da partida, no cais da Rocha Conde de Óbidos (... e não de Alcântara)... Era daqui que partiam os navios da nossa marinha mercante para as "ilhas adjacentes" e as "províncias ultramarinas"... O cais de Alcântara estava reservado às carreiras internacionais...


Fotop nº 4 > Guiné > Região de Tombali > Catió > c. 1964/66 > Aspeto geral da vila, que foi sede do BCAÇ 619 (1964/66)


Fotop nº 4 A > Guiné > Região de Tombali > Catió > c. 1964/66 > Em prijmeiro plano, instalações ocupadaas pelo  BCAÇ 619 (1964/66) (1): em segundo plano, a igreja de Catió



Fotop nº 4 B > Guiné > Região de Tombali > Catió > c. 1964/66 > Em prijmeiro plano, instalações ocupadas pelo BCAÇ 619 (1964/66) (2)



Fotos do álbum do nosso camarada Carlos Alberto [Rodrigues]   Cruz, ex-fur mil, CCAÇ 617/BCAÇ 619, Catió e Cachil, 1964/66), membro da nossa Tabnca Grande desde 20/1/2014 e frquentador da Magnífica Tabnaca da Linha.

Sobre Catió (vila, quartel, porto interior e porto exterior, e ainda Ganjola), vd. o valiosíssimo e vasto  álbum fotográfico do Victor Condeço (1943-2010) que foi fur mil mec armamento da CCS/BART 1913 (Catió, 1967/69). Pesquisar em Google Imagens = Catió + "Victor Condeço".


Fotos (e legendas): © Carlos Alberto Cruz (2014). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem complementar: LG]


1. A CCAÇ 617 comemorou o ano passado o 50º aniversário da sua partida para  Guiné: foi a 8/1/1964, a bordo do T/T Quanza. Estas fotos que publicamos,  com a devida autorização do autor, foram "postadas" no blogue CCAÇ  617 - Guiné, com data de 3 de janeiro de 2014, e também já pubicadas, algumas, no nosso blogue, as da partida de Lisboa. 

Além da CCAÇ 617, embarcaram também no T/T Quanza  as restantes subunidades que pertencaim ao BCAÇ 619; as CCAÇ 616, 618 e 619

Recorde-se, resumidamente, o historial do BCAÇ 619 (Catió, 1964/66)

Carlos Alberto Cruz: Lisboa, Cais da Rocha
Conde de Óbidos, 8/1/1964

(i) Mobilizado pelo Regimento de Infantaria nº 1, Amadora;

(ii) sob o comando do Tenente-coronel de Infantaria Narsélio Fernandes Matias; 2º Comandante o Major de Infantaria Manuel de Jesus Correia; e como Oficial de Informações e Operações/adjunto o Capitão de Infantaria Rogério Jorge Vale de Andrade; comandante da Companhia de Comando e Serviços (CCS)  era o Capitã SGE José Francisco Galaricha;

(iii) dvisa: “Sentinela do Sul”;

(iv) embarca em Lisboa no dia 8 e desembarca em Bissau a 15 de Janeiro de 1964;

(v) em 17 de janeiro de 1964 assume a responsabilidade do Sector F, substituindo o Batalhão de Caçadores nº 356;

(vi) tem a sede em Catió e os subsetores de Catió, Empada, Bedanda e Cabedú;

(vii) integrou a  Operação Tridente (Ilha do Como, de 5 de Janeiro a 24 de Março de 1964);

(viii) passou a integrar na sua zona de acção o subsetor de Cachil;

(ix) entre as operações que coordenou destacam-se as operações “Broca”, “Campo”, “Razia” e “Satan”, tendo apreendido 1 metralhadora pesada, 4 ligeiras, cerca de meia centena de espingardas e   pistolas metralhadoras, 30 minas e 59 granadas de armas pesadas;

(x) no  dia 11 janeiro 1965 o setor passa a ser designado por Setor S 3 e em 17 de janeiro de 1965 passa a incluir o subsetor de Cufar, então criado na sua zona;

(xi) com as populações dispersas, a 17 de março de 1965 iniciou a experiência de reagrupamento de populações, sendo criada a tabanca de Ualala, para o efeito;

(xii) é rendido em 21 de janeiro de 1966, pelo BCAÇ 1858, seguindo para Bissau w ficando a aguardar embarque.


quinta-feira, 16 de julho de 2015

Guiné 63/74 - P14883: Nas férias do verão de 2015, mandem-nos um bate-estradas (5): Somos cada vez menos, mas bons... Convívio anual do pessaol da CCAÇ 617, a que se juntou a CCAÇ 619 e o Pel Mort 942., Azeitão, Setúbal, 30/5/2015 (João Sacôto)


XII Encontro anual do "veteraníssimo" pessoal da CCAÇ 617, a que se juntou a CCAÇ 619 e o Pel Mort 942 (CatióIlha do Como e Cachil, 1964/66), > Vila Nova de Azeitão, Setúbal, 30 de maio de 2015... Sentados, em primeiro plano, dois camaradas da Tabanca Grande: o Carlos Alberto Cruz (à esquerda) e o João Sacôto (à direita)


Foto: © João Sacôto (2015). Todos os direitos reservados.


1. Foto enviada pelo João Sacôto, ex-alf mil da CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66), com o seguinte comentário: 

Luis: Se for viável, gostaria que publicasses esta fotografia, tirada no almoço deste ano de pessoal que chegou à Guiné em Janeiro de 1964 (51 anos passados, somos cada vez menos). Foi o o XXII almoço da CCaç 617. Como somos poucos, juntamo-nos cada vez mais. [O convívio foi para os lados de Azeitão, Setúbal],

Um abraço,
JS

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14546: Estórias avulsas (81): Em cuecas debaixo de fogo (Carlos Alberto Cruz)

1. No seguimento de uma troca de mensagens, recebemos, no dia 24 de Abril de 2015, esta pequena estória do nosso camarada Carlos Alberto Cruz (ex-Fur Mil da CCAÇ 617/BCAÇ 619, Catió e Cachil, 1964/66):

Meu caríssimo Carlos Vinhal, 
Uma vez que me foi concedida licença para narrar a estória que intitulei de "EM CUECAS DEBAIXO DE FOGO" então aí vai ela:

Talvez tenha sido na primeira vez que saí para o mato comandando os homens da minha secção (já não me recordo bem)... mas se não foi na primeira foi numa das primeiras.

Saímos do aquartelamento de Catió na direcção de Cufar, pela estrada de terra batida que ligava as duas localidades.
Depois de passarmos a tabanca dos fulas (onde pontificava o nosso João Bacar Djaló), seguimos estrada fora quando fomos emboscados pelos homens do PAIGC que, instalados no cimo das palmeiras nos metralhavam de cima para baixo.

Como facilmente se adivinha tratámos de nos atirar para o chão e eu, concretamente para um pequeno morro de baga-baga que apanhei à minha direita.
Tratei de orientar os meus soldados para se protegerem o melhor possível e julguei vislumbrar um vulto no cimo de uma palmeira. Depois de me certificar que o meu pessoal estava bem protegido fiz o que mais gostava de fazer naquela situação: encostei a G3 ao tronco de uma palmeira e fiz pontaria ao vulto que me parecia disparar sobre nós com a temível PPSH (a "costureirinha" como lhe chamávamos - 75 tiros de uma assentada).

Entretanto comecei por ir sentindo uma comichão danada na zona do pescoço e quando passava os dedos no mesmo para me coçar só trazia cabeças de formigas agarradas aos dedos. Só então me dei conta de estar literalmente inundado de formigas que me ferravam forte e feio.(*)
Não tive outra alternativa que não fosse despir-me, começando pelo casaco camuflado e acabando por ficar em cuecas, perante a risota incontida dos homens da minha secção que viam o seu comandante pela primeira vez em trajes menores.

Um bagabaga nas imediações de Bambadinca. No topo vê-se o Humberto Reis (ex-Fur Mil Op Esp da CCAÇ 12
Foto: © Humberto Reis (2006). Direitos reservados.
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Notas do editor

(*) Vd. poste de 26 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7342: Doenças e outros problemas de saúde que nos afectavam (3): Formiga baga-baga (Rui Silva)

Último poste da série de 5 de outubro de 2014 > Guiné 63/74 - P13695: Estórias avulsas (80): Hojé, há pássaros! (João Rebola)

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14493: X Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 18 de abril de 2015 (13): Obrigado pela gentileza, cordialidade e camaradagem (Carlos Alberto Rodrigues Cruz, Paço de Arcos, Oeiras; ex-fur mil, CCAÇ 617/BCAÇ 619, Catió e Cachil, 1964/66)



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > O numeroso grupo de malta da Tabanca da Linha, que é devidamente comandado pelo Jorge Rosales, tendo como eterno ajunto o Zé Manel Dinis... O Carlos Alberto [Rodrigues da] Cruz aparece aqui no lado esquerdo, é o primeiro da sgunda fila, e esta acompanhado pela esposa, Irene... É de Paço de Arcos / Oeiras... Veio também com o seu filho, Paulo Jorge. É frequentador da Tabanca da Linha e nosso grã-tabanqueiro.

Foto: © Manuel Resende (2015). Todos os direitos reservados.


1. Mernsagem de Carlos Alberto Rodrigues Cruz [foto à esquerda, na Tabanca da Linha, coma  esposa Irene, em 19/3/2015, foto de Manuel Resende;  foi fur mil da CCAÇ 617/BCAÇ 619, Catió e Cachil, 1964/66]


Data: 19 de abril de 2015 às 17:15
Assunto: Ponto de situação no regresso da festa-18/04/15



Caríssimos camaradas e amigos,

Tem este por finalidade dar-vos conta de que eram precisamente 16.30, retornei à minha residência, em Paço de Arcos, após viagem sem incidentes de maior.

Creio em boa verdade ser esta a forma correcta de corresponder à vossa gentileza e cordialidade que, como era de esperar, foram inexcedíveis e verdadeiramente dignas de ex-camaradas que pisaram as mesmas bolanhas, tarrafes e outros caminhos difíceis à força de muito sangue, suor e lágrimas, para conseguir destilar as "bazookas"que nos retemperavam as forças até quando nos aproximávamos do balcão da cantina. Aí agradecíamos aos deuses por não sermos maometanos e não estarmos sujeitos á lei do não álcool. Pior que isso só se nos enfiassem uma burka pela cabeça abaixo e nos mandassem para o Afeganistão. Lagarto, lagarto - que me desculpe o Bruno de Carvalho e o seu delfim Marco Silva a quem desejo as maiores felicidades desde que o seu clube fique à devida distância das "Papoilas Saltitantes do meu querido Luis Piçarra que Deus haja.

Mas para quê tanta divagação, dirão os meus queridos amigos e camaradas ?! Que se pode fazer se eu já nasci assim com esta veia de prosador inato (ou será que é nato ?).

Já estou mesmo baralhado, pelo que peço me desculpem se puderem que eu pra próxima vou espremer-me (ou exprimir-me) melhor.

Sorry, but I did my best.

Carlos Alberto Cruz
_________________

Nota do editor:

sexta-feira, 21 de março de 2014

Guiné 63/74 - P12866: Blogpoesia (374): O Dia Mundial da Poesia, 21 de março de 2014, na nossa Tabanca Grande (V): Carlos Alberto Cruz (Catió e Cachil, 194/66) / Joaquim Mexia Alves (Xitole, Mato Cão, Mansoa, 1971/73)

1. Repto lançado ontem pelo nosso editor L.G.:

Amigos e camaradas, filhos, netos, bisnetos e por aí fora de Camões e dos nossos maiores bardos (e bardas)... Amanhã é dia mundial da poesia... E a gente não celebra ? Não há para aí uma cantiga de amigo, escondida no baú ? Ou uma cantiga de escárnio e maldizer ? Um soneto ? Uma simples quadra ?

Poetas da guerra, da paz, do amor, acordai!... Vamos lá mostarr esses talentos... Desculpem se o lembrete vem muito em cima da hora... Um alfabravo fraterno. Luís Graça



2. Carlos Alberto Cruz

[ex-Fur Mil da CCAÇ 617/BCAÇ 619, Catió e Cachil, 1964/66]

Meu caro Luis,Já que fui desafiado, atrevo-me a enviar-te algumas quadras que abrem o meu Álbum fotográfico e que rezam assim:

Tendes aqui retratado
Tudo o que foi bom momento.
Dos maus nada foi focado,
São presa do esquecimento.

Horas boas foram breves,
Mereceram ser ilustradas,
Tornaram muito mais leves
As más, longas e pesadas!

A juventude abnegada
Que era a desta geração,
P´las vitórias se afirmou.

Venceu, por margem folgada,
Toda a má disposição
Que nunca, nunca vingou!


Espero ter correspondido às expectativas neste dia em que estive presente no convívio da Magnífica Tabanca da LInha.

O Grã tabanqueiro n º 638, Cruz
CCAÇ 617, Catió, Cufar e Ilha de Como (1964/66)



Joaquim Mexia Alves, Monte Real, 1/9/2013,
homenagem aos antigos combatentes
da vila de Monte Real
Foto: Tabanca do Centro

3. Joaquim Mexia Alves

[ex-Alf Mil Op Esp/Ranger da CART 3492/BART 3873, (Xitole/Ponte dos Fulas); Pel Caç Nat 52, (Ponte Rio Udunduma, Mato Cão) e CCAÇ 15 (Mansoa), 1971/73]

"Prontos", toma lá Luís, com um abraço
Joaquim


DIA DA POESIA


Tenho uma rima em cada dedo
ou melhor,
em cada mão!

Quando escrevo tenho medo
de não passar ao papel,
o que me vai no coração!

Mas escrevo sem "parança"
quer de noite,
quer de dia,
na tristeza e na dor,
na alegria e no amor,
sempre cheio de esperança,
por isso escrevo estes versos
para o Dia da Poesia.


Monte Real, 20 de Março de 2014
__________________

Nota do editor:

Último poste da série > 21 de março de  2014 > Guiné 63/74 - P12865: Blogpoesia (373): O Dia Mundial da Poesia, 21 de março de 2014, na nossa Tabanca Grande (IV):Revolta (José Brás)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Guiné 63/74 - P12612: Tabanca Grande (418): Carlos Alberto Rodrigues Cruz, ex-Fur Mil da CCAÇ 617/BCAÇ 619 (Catió e Cachil, 1964/66)

1. Mensagem do nosso camarada e novo tertuliano Carlos Alberto Rodrigues Cruz, ex-Fur Mil da CCAÇ 617/BCAÇ 619, Catió e Cachil, 1964/66, com data de 8 de Janeiro de 2014:

Caro Luís Graça,
Permita-me que nesta data particularmente relevante para mim pessoalmente, bem como para todo o pessoal que fez parte do BC 619, CC 616, CC 617 e CC 618, ou seja, a comemoração dos 50 anos da partida destas unidades para a Guiné (08.01.1964), lhe venha manifestar a minha vontade de fazer parte da denominada Tabanca Grande, pelo que envio as duas fotos da praxe bem como 3 fotos (a preto e branco como era habitual na altura) e que foram tiradas naquele frio janeiro do ano de 1964, no cais de Alcântara, onde embarcámos no velho navio "Quanza", rangendo por tudo quanto era chapa e que se fez ao mar para nos levar até aquelas paragens.

As fotos que junto a estas representam, pela ordem em que são apresentadas:

Foto da despedida oficial 

Os últimos acenos de despedida já a bordo 

O nascimento do pilar norte da ponte sobre o rio Tejo que estava emergindo das águas. 

N/M "Quanza" - Com a devida vénia a Navios Mercantes Portugueses

Mas agora passemos a factos:

- Quem sou eu?
Sou o ex-Furriel Miliciano Atirador de Infª (vulgo Caçador) Carlos Alberto Rodrigues Cruz, tenho 72 anos de idade feitos em 26 de Maio de 2013, sou casado há quase 47 anos, tenho dois filhos, um rapaz com 45 e uma filha com 43.

Como disse anteriormente era comandante de secção do 1.º Pelotão da Companhia de Caçadores 617 (companhia operacional) tendo estado, primeiramente, em Catió e nos últimos 4 a 5 meses de comissão na ilha de Como, por troca com a CC 728 (os Palmeirins de Catió) onde conheci o malogrado Alferes Mário Sasso (que vim a saber mais tarde ter sido morto no decorrer de uma operação.

Conheci e participei em imensas operações onde o famoso João Bacar Djaló era o comandante dos milícias fulas, homem por quem tinha e tenho grande admiração e posso garantir ter sido para nós uma verdadeira bênção pois sem a sua sábia orientação a minha companhia teria tido grandes complicações, pois como deve saber a mata do Cantanhez não é para brincadeiras e na altura para irmos de Catió para Cufar era um "Deus nos acuda".
Por isso todos os 10 de Junho não dispenso ir até à sua lápide rezar uma breve oração pelo seu descanso eterno.

Quero também dizer que sou amigo do já tabanqueiro João Gabriel Sacôto Martins Fernandes, ex-Alferes Miliciano da minha Companhia, que me tem incentivado a escrever para o Blogue e com quem quero partilhar um próximo convívio com os Tabanqueiros da Linha, tendo já solicitado ao José Manuel Matos Dinis a devida autorização para nos juntarmos no próximo 16 de Janeiro em Alcabideche.

Gostaria, pois, que me fosse permitido juntar-me ao pessoal da grande família da Tabanca Grande, independentemente de poder vir igualmente a fazer parte da Tabanca da Linha.

Quanto ao relato de uma pequena história no decorrer da minha comissão (como nos é sugerido) penso que terá que ficar adiada para mais tarde, porquanto tenho de rebobinar velhas lembranças que os meus quase 73 já não ajudam muito a concretizar e até porque esta mensagem já vai longa talvez pela nostalgia que nos assalta quando nos damos conta da passagem de 50 anos sobre as nossas vidas.

Camarada Luís, vou ficar-me por aqui agora visto o relambório já ir longo e não pretender monopolizar a sua atenção para o meu caso já que deve ter muitos mais afazeres.

Despeço-me, pois, com amizade e se tiver o prazer de o encontrar no convívio da Tabanca da Linha no próximo dia 16, ficarei encantado e poder-lhe-ei então dar um abraço do tamanho do Cumbidjã.


2. Comentário do editor:

Caro camarada e amigo Carlos Alberto Cruz, bem-vindo à tertúlia da Tabanca Grande, mãe das muitas Tabancas de ex-combatentes da Guiné que proliferam de norte a sul do país, exemplo da Tabanca da Linha, que referes.
Os fundadores destas Tabancas "pequenas" são tertulianos do Blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné e não pretendem de modo nenhum concorrer, se o termo é aqui permitido, com a Tabanca Mãe.
O nosso Blogue, ou Tabanca Grande, tem como missão principal o registo de memórias escritas e fotográficas, fruto da contribuição da tertúlia, enquanto que as mais "Pequenas" visam essencialmente o são convívio entre camaradas da Guiné, a nível regional, havendo o caso emblemático da "Tabanca Pequena" de Matosinhos que se transformou em ONGD, visando ajudar o povo da Guiné-Bissau.
Temos um caso inverso, de uma ONG que se dedica também a ajudar a Guiné-Bissau, que se transformou numa Tabanca, a "Ajuda Amiga".

É saudável o convívio e a catarse que se pode fazer ao escrever memórias, trocar impressões, desfazer equívocos, recordar acontecimentos já esquecidos, etc.
A Tabanca Grande serve para tudo isto e ainda promove o Convívio Anual, onde se podem encontrar todos os ex-combatentes da Guiné de norte a sul de Portugal, independentemente de pertencerem ou não formalmente à tertúlia.

Caro Carlos, falta só realçar a particularidade de o nosso relacionamento ser o mais informal possível, começando pelo tratamento por tu, independentemente da idade, antigo (ou actual) posto militar, formação académica, etc. Somos camaradas de armas, passamos pelas mesmas dificuldades, calcorreamos aqueles chãos, umas vezes alagados outras secos como pólvora, deixámos o nosso suor, alguns até o sangue naquele pequeno pais que nos marcou para sempre.

Antes de terminar, deixo-te o tradicional abraço de boas-vindas em nome da tertúlia e dos editores.
Pessoalmente fico ao teu dispor para qualquer dúvida que te possa surgir.

O teu camarada e novo amigo
Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 29 DE DEZEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12519: Tabanca Grande (417): Joaquim Luís Fernandes (ex-Alf Mil da CCAÇ 3461/BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, 1973 e Depósito de Adidos, Brá, 1974) (2): Informações complementares