quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Guiné 61/74 - P19390: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte IV: Manuel Jorge Mota Costa (Porto, 1937 - Bongo, Angola, 1961)


Lisboa > Academia Militar > Palácio da Bemposta ou Paço da Raínha, na Rua do Paço da Rainha > Festival Todos , 7ª edição, 2015 > 12 de setembro de 2015 > Visita guiada, pelo cor art ref Vitor Marçal Lourenço, professor da Academia Militar.

É aqui a sede da Academia Militar (, antiga Escola do Exército, fundada en 1837), que tem como patrono o general Bernardo de Sá Nogueira, Marquês de Sá da Bandeira. Há também um polo na Amadora.

O seu lema é: "Dulce et decorum est pro Patria mori" (É doce e honroso morrer pela Pátria). Na escadaria de acesso ao piso superior (biblioteca. museu, galeria de comandantes...) estão inscritos os nomes dos antigos alunos mortos durante a guerra colonial (1961/74), nos vários teatros de operações. Na lista, os 3 primeiros são:  (i) Cap Inf  Abílio Eurico Castelo da Silva; (ii) Ten  Inf. Jofre Ferreira dos Prazeres; (iii) Alf Pqd Manuel Jorge Mota da Costa.

Foto (e legendas): © Luís Graça (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].

Guiné 61/74 - P19389: Ser solidário (221): A "ONGD - Afectos com Letras" precisa de material para tratamento de queimaduras para dar resposta a uma solicitação do Hospital Simão Mendes de Bissau



1 . Mensagem de Afectos com Letras - afectoscomletras@gmail.com

Data: 9/01/2019
Assunto: Apelo - angariação de material para tratamento de queimaduras - Bissau

Car@s Amig@s,

Antes de mais, votos de um excelente 2019.
Em fevereiro a ONGD Afectos com Letras organizará uma nova missão solidária à Guiné-Bissau e gostaríamos de contar com o vosso apoio para dar resposta a uma solicitação de material para tratamento de queimaduras que nos foi feita pelos serviços sociais / ONG AIDA do Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau.
 

O material abaixo listado, básico para tratamento de queimaduras, raramente se encontra à disposição no hospital e poderá fazer toda a diferença no tratamento dos doentes ali internados.
 

*Pensos gordos (vários tamanhos);
*Creme à base de Sulfadiazina prata 1% (ex: Silvederma; Flammazine);
*Iodopovidona Dérmica;
*Adesivos;
*Luvas;
*Ligaduras;

Caso queiram participar poderão deixar o vosso contributo num destes locais até ao dia 2 de Fevereiro:
- Lisboa: R. António Albino Machado, 35F - 1600-259 Lisboa
- Pombal: Rua Santa Luzia, 11 - 3100 Pombal
- Sintra: Estrada da Monservia, 45B - 2705-553 S. João das Lampas

A vossa ajuda é crucial pois a falta destes materiais para tratamento dos queimados no hospital tem criado situações de verdadeiro horror e sofrimento.

Com os nossos melhores cumprimentos,

Associação Afectos com Letras, ONGD
Rua Engº Guilherme Santos, 2
Escoural , 3100-336 Pombal
 

NIF 509301878
tel - 91 87 86 792
Venha estar connosco no www.facebook.com/afectoscomletras

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Nota do editor

Último poste da série de 30 de outubro de 2018 > Guiné 61/74 - P19148: Ser solidário (220): Festa para ajudar a Construir uma Escola em Candamã, Guiné-Bissau: Leiria, Teatro Miguel Franco, 3 de novembro, 21h00 ( Luís Branquinho Crespo, Associação Resgatar Sorrisos)

Guiné 61/74 - P19388: Pelotões Independentes em Gadamael: A Memória (Manuel Vaz, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 798) (3): 3 - Os Pelotões de Artilharia que estiveram em Gadamael




1. Terceira parte do trabalho sobre os Pelotões Independentes que estacionaram em Gadamael, da autoria do nosso camarada Manuel Vaz (ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 798, Gadamael Porto, 1965/67).










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Nota do editor

Último poste da série de 20 de dezembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19309: Pelotões Independentes em Gadamael: A Memória (Manuel Vaz, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 798) (2): 2 - Os Pelotões de Reconhecimento que estiveram em Gadamael (continuação)

Guiné 61/74 - P19387: Parabéns a você (1558): Bernardino Parreira, ex-Fur Mil Inf da CCAV 3365 e CCAÇ 16 (Guiné, 1971/73)

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Nota do editor

Último poste da série de 9 de Janeiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19382: Parabéns a você (1557): Manuel Vaz, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 798 (Guiné, 1965/67)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Guiné 61/74 - P19386: Historiografia da presença portuguesa em África (144): Meu Corubal, meu amor (3) (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 6 de Junho de 2018:

Queridos amigos,
Este relatório dos primeiros anos da I República é uma pequena pérola. O Capitão Castro Fernandes dá sobejas provas de que era administrador empenhado, conhecedor do terreno, dos rios e rias, das etnias, das culturas, dos usos e costumes. Vale a pena recordar que nesta época ainda não se tinham visto os resultados das campanhas de pacificação e ocupação, o capitão desloca-se livremente, pratica a justiça com enorme prudência, avalia recursos, está atentíssimo à produção de milho e de arroz e mais nos surpreenderá quando falar do trabalho indígena, dos usos e costumes, do comércio.
É uma grata surpresa, este relatório que foi datilografado em 1931 e está nos Reservados da Biblioteca da Sociedade de Geografia de Lisboa.

Um abraço do
Mário


Meu Corubal, meu amor (3)

Beja Santos

Nos Reservados da Sociedade de Geografia de Lisboa consta um dossiê assim apresentado: Província da Guiné – Relatório de autor ignorado (mas que julgamos ter sido elaborado pelo antigo Administrador de Buba, Capitão José António de Castro Fernandes, natural da Índia, cujo filhos residem, ainda, na Guiné. O original existia em poder do falecido Capitão Alberto Soares, antigo Administrador do Concelho de Bolama, combatente das campanhas de pacificação). Quem datilografou em 1931 diz que faltam as primeiras páginas, o que reproduz inicialmente está cheio de tracejado, é manifestamente incompreensível. O manuscrito, como iremos ver, é da década de 1910.

O documento datilografado (presumivelmente em 1931) começa por dizer tratar-se de Cópia – Extraída de um relatório, feito por autor desconhecido. Quem terá datilografado foi António Pereira Cardoso, funcionário colonial vastamente referido em diferentes relatórios das décadas de 1930 e 1940. O Capitão Castro Fernandes já nos deu um retrato saboroso dos rios da circunscrição de Buba, com ênfase para o Corubal, elencou as etnias da região e fala agora de natalidade, morbilidade e mortalidade. Começa por dizer que é muito raro encontrarem-se indivíduos com mais de 60 anos. O temperamento linfático dos Fulas, acrescido com doenças venéreas, o excesso de bebidas alcoólicas e a insuficiência de alimentação contribui para lhes encurtar a existência, que em média não é superior a 50 anos. Nas crianças, é grande a mortalidade até aos 2 anos, só compensada pela grande natalidade. As doenças mais frequentes são as febres, a bronquite infeciosa, pneumonias, blenorragias e outras manifestações graves de sífilis, nas crianças a enterite é desanimadora. E diz mais, apesar de se encontrar na circunscrição a mosca tsé-tsé, não conhece nenhum caso de doença de sono, já havia um caso de lepra no Forreá e havia uma mulher com elefantíase no Corubal e vários casos nos Beafadas do Quínara.

Interpelado no inquérito acerca dos produtos naturais da região, responde que são a cera bruta e limpa, o coconote, a borracha e a goma copal. O indígena cultiva mancarra, arroz e milho. O arroz é de diversas qualidades. O melhor de entre as variedades de arroz plantado no terreno seco é o Popé e do plantado nas bolanhas é o Iacé. O arroz de sequeiro assegura um bom êxito da sua cultura, quando haja muita frequência de chuvas e calor acompanhado de orvalho, depois de espigar. Fala demoradamente sobre as qualidades de arroz e milho e faz uma exposição sobre o gado existente na circunscrição.

Respondendo ao número de casas comerciais existentes, bem quanto a comerciantes que negoceiam no interior, responde que são 80 as operações comerciais existentes na área da circunscrição, estabelecimentos em Bafatá de Buba, Nachon, Xitole, Cumbidjã, Empada e Fulacunda. Nenhuma dificuldade era posta na concessão de licenças. Fala igualmente de ensaios de culturas, caso de bananeiras, cafezeiros e cajueiros e depois expõe demoradamente o processo adotado pelos indígenas para extrair a borracha, dizendo que toda a borracha da circunscrição de Buba é de primeira qualidade. Adianta que a circunscrição é rica na produção de coconote, designadamente nas margens do rio Corubal e seus afluentes. Se algumas dúvidas ainda subsistissem sobre os largos conhecimentos do administrador acerca da região, tudo fica esclarecido com o que ele observa acerca das áreas cultivadas. Vale a pena citá-lo na íntegra:
“Para a cultura do milho, escolhem terrenos planos, leves e algo areentos. São preferidos os terrenos altos e desafrontados, geralmente no campo um pouco afastados das populações. Preparam o terreno fazendo uma queimada, o que é indispensável não só para adubar o solo como para afugentar a formiga ou a bagabaga. À primeira bátega de água, revolvem a terra à profundidade de 22 ou 25 centímetros, plantando as sementes distanciadas uns 50 centímetros. Durante o crescimento fazem algumas mondas.
Nas proximidades das habitações plantam: batata-doce, baguixe, cabaças e milho tubanho (milho da América ou de Cabo Verde).

A plantação de arroz fazem sempre em locais afastados das povoações, nas várzeas ou lalas.
Para o arroz de sequeiro preferem terrenos altos que pela sua inclinação permitam fácil escoamento da água. O terreno é previamente preparado com queimadas e estrume de curral e só depois revolvida a terra. Divide-se então em leiras, abrindo entre estas valas que estando mais ou menos cheias de água conservam a humidade necessária.
Para o arroz das bolanhas ou de lala, preferem os terrenos junto dos rios, dispostos em planícies, de forma a que possam conservar nelas toda a água das chuvas. O terreno para este arroz requer uma preparação especial. Os Balantas são os únicos que melhor preparam o terreno para este arroz, e são os que fazem importantes trabalhos de irrigação e que consistem no seguinte:
Primeiramente, procede-se à limpeza e ao arranque das raízes de qualquer vegetação e fazem a lavoura profunda. Em seguida forma-se a armação em plano perfeitamente horizontal, de forma que facilmente possam inundar o terreno; dividem-se em tabuleiros quadrados ou rectangulares, conforme a direcção das águas e disposição do terreno”.

Dificilmente se pode duvidar que este administrador era um grande conhecedor da realidade agrícola desta região Sul.

O assunto agora muda de direção, fala-se em justiça, é perguntado como pune os delitos que o indígena mais comumente pratica. É direto e parcimonioso na resposta, dizendo que o Fula geralmente comete poucos delitos. As suas principais e frequentes queixas são sobre vacas em dívida, divórcios e questões de família; todas estas questões são resolvidas ouvindo o régulo e os homens grandes, e nunca com punições. Por delitos, têm sido punidos vários Fulas, por emprego de facas curvas na extração da borracha; corte das plantas de borracha e ainda o das palmeiras de coconote; falta de cumprimento das ordens dos chefes e dos régulos; espancamentos com ou sem ferimentos; ameaças com armas de fogo, etc. Entre os Mancanhas são frequentes os delitos por espancamento e ferimentos. Entre os Balantas é mais frequente o delito por furtos. Qualquer que seja a justiça a resolver, seja por simples questão de família ou seja por delitos cometidos, são sempre resolvidas em pública audiência, com a presença do régulo e homens grandes, ouvindo as testemunhas, o queixoso e o acusado. Os régulos e os homens grandes também são ouvidos, e nunca multa alguma se aplicou sem previamente ouvir a opinião dos régulos e homens grandes, sobre qual ela deve ser, mas, em geral, as multas por mim aplicadas foram sempre reduzidas a metade das indicadas por eles.

Muito há ainda a dizer sobre este relatório, ir-se-á falar de trabalho indígena, população, o grau de civilização dos indígenas, usos e costumes e algo mais – o suficiente para olhar para este documento como prova etnográfica de grande valia. Recorde-se que estamos nos primeiros anos da República, ainda não se fala das grandes campanhas de ocupação e pacificação, este administrador percorria a circunscrição de Buba pelo seu próprio pé ou de canoa, em nenhuma página do relatório fala de riscos para a sua vida ou de tensões no seu relacionamento com os régulos do Forreá e do Quínara.

(Continua)

Não é a primeira vez que se põe esta imagem, faz parte da minha relação muitíssimo íntima com o rio Geba, em Mato de Cão, é aqui que a estação se posiciona, as colunas de cimento e o que resta da estação, mesmo com as marcações para a água existiam há 50 anos atrás, a passadeira em madeira já estava num escombro, tinham caído as guardas, mas eu podia ir até junto do marco da estação e pedir boleia aos barcos civis e militares que seguiam para Bambadinca. Na margem esquerda, segue-se me direção a Ponta Varela, local temível no tráfego fluvial, corria-se o risco de roquetadas.

Ambas estas imagens são extraídas do livro “As comunicações e os aproveitamentos hidráulicos da Guiné, Angola e Moçambique”, Agência-Geral do Ultramar, 1961.

Dançarinos numa festa em Formosa, num documento dedicado ao estuário do rio Buba. 
Imagem retirada do site http://gw.geoview.info/rio_grande_de_buba,2372291, com a devida vénia.
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Nota do editor

Último poste da série de 2 de janeiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19356: Historiografia da presença portuguesa em África (142): Meu Corubal, meu amor (2) (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P19385: Guerra colonial - cronologia(s) - Parte I: 1961, Angola







Diário de Lisboa, 18 de março de 1961

[Fundação Mário Soares > Portal Casa Comum > Pasta: 06541.079.17211 > Título: Diário de Lisboa > Número: 13743 > Ano: 40 > Data: Sábado, 18 de Março de 1961 >  Directores: Director: Norberto Lopes; Director Adjunto: Mário Neves > Edição: 2ª edição > Observações: Inclui supl. "Diário de Lisboa Magazine", "Diário de Lisboa Juvenil" > .Fundo: DRR - Documentos Ruella Ramos. (Com a devida vénia...)

Citação:
(1961), "Diário de Lisboa", nº 13743, Ano 40, Sábado, 18 de Março de 1961, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_16336 (2019-1-9)


Guerra Colonial > Cronologia > Angola > 1961

Camaradas: muitos de nós éramos adolescentes quando começou a guerra colonial.  Eu tinha 14 anos, e os terríveis acontecimentos do Norte de Angola, meio percebidos nos títulos e entrelinhas dos jornais, e nas lacónicas notícias da Rádio e da Televisão,  perturbaram-me profundamente. Senti que "aquela guerra" ia sobrar para mim e para toda a minha geração... (Outros eram ainda muito mais novos: 13, 12, 11, 10, 9 anos..., não tinham consciência da gravidade do momento, até à altura dos seus irmãos mais velhos serem mobilizados para Angola, respondendo à célebre ordem, tardia, de Salazar, de 14 de abril de 1961: "Para Angola, rapidamente e em força"...; na véspera, tinha havido a tentativa de golpe de Estado palaciano do gen Botelho Moniz, ministro da defesa... Salazar antecipou-se, remodelou o Governo, autonomeou-se ministro da Defesa e "decapitou" as chefias das forças armadas; estava traçado o destino da "guerra do ultramar", que se iria prolongar por 13  dolorosos e inúteis anos até 25 de Abril de 1974.)

Em 31 de maio de 1969, oito depois, com 22 anos, eu estou a desembarcar em Bissau e vou integrar uma das companhias da "nova força africana" do general Spínola... Muitos de nós  (para não falar dos nossos filhos e entos, e da generalidade dos portugueses) ainda hoje sabemos pouco do que se passou em Angola, em 1961... Daí a a oportunidade desta síntese cronológica. Não será a única, é a que estava mais à mão... Mas temos alguns camaradas, mais velhos, que são contemporâneos dos acontecimentos, e que têm o privilégio de poder falar na primeira pessoa do singular... Eles que nos contem as suas histórias. LG



1961-02-04

Revolta em Luanda, com ataques à Casa de Reclusão, ao quartel da PSP e à Emissora Nacional, acção considerada como o início da luta armada em Angola, de iniciativa de (, ou atribuída a ou, mais tarde, reivindicada por) o MPLA - Movimento Para a Libertação de Angola.

1961-02-07

Primeira aterragem na pistam construção, do Negaje, em Angola. Esta data passou a ser o Dia da Unidade do AB3 - Aeródromo Base 3.

1961-03-15

Partida de Lisboa de quatro companhias de caçadores para reforço da guarnição de Angola: CCAÇ 66 / 5ª CCE, R 10, Aveiro; CCAÇ 67 / 6ª CCE, RI 10, Aveiro; CCAÇ 78 / 7ª CCE, BC 5, Lisboa; CCAÇ 82 / 9ª CCEm RI 14, Faro.

1961-03-15

["O Dia do Terror".] Início de uma rebelião, planeada e/ou coordenada pela UPA - União dos Povos de Angola, de Holden Roberto (1923-2007), no Norte de Angola, na região dos Dembos, que levou ao massacre indiscriminado de colonos portugueses e de populações negras, causando centenas de vítimas (em termos de vítimas mortais desta barbárie, fala-se em 800 europeus e 6000 africanos, mas os números ainda hoje são controversos). Dias antes, a 7 de março, os EUA tinham informado o Ministério da Defesa sobre a decisão da UPA em desencadear o terror na noite de 15 de março, instrumentalizando as populações locais,   informação que o comando militar de Angola terá menosprezado. Holden Roberto (1923-2007), o histórico dirigente da UPA, tinha na altura o apoio público e notório da administração Kennedy.


1961-03-16

Ataques dos elementos sublevados do Norte de Angola a algumas povoações, como Carmona, Aldeia Viçosa e Bessa Monteiro


1961-03-16

Chegada a Luanda da primeira companhia de pára-quedistas

1961-03-17

Primeiro comunicado oficial sobre os acontecimentos do Norte de Angola. Versão "soft"... Em 15 de março Salazar tinha decidido o "blackout" noticioso, mas acabou por ser completamente ultrapassado pelos acontecimentos: os jornais e as rádios de Angola não paravam de dar grande cobertura aos acontecimentos que dilaceravam o território...

1961-03-18

Início da actuação da Força Aérea, que dispunha poucos meios,  no Norte de Angola

1961-03-21

Chegada, a Luanda, do almirante Lopes Alves, ministro do Ultramar

1961-03-21

Evacuação de mais de 3500 portugueses residentes no Norte de Angola para Luanda, através de ponte aérea


1961-03-28

Constituição, em Angola, do primeiro corpo de voluntários civis armados, para actuação no Norte de Angola, dando origem mais tarde à OPVDCA - Organização Provincial de Voluntários de Defesa Civil de Angola.
  

1961-04-02

Emboscada, na sanzala de  Cólua, Aldeia Vicosa,  Uíge, a uma coluna militar portuguesa, sendo mortos nove militares, dos quais dois oficiais, capitão de infantaria Abílio Eurico Castelo da Silva (1925-1961) e tenente de infantaria Jofre Ferreira Prazeres (1932-1961), ambos naturais de Chaves. (*)


1961-04-10

Ataque à povoação de Úcua, na estrada Luanda-Carmona, com o massacre de 13 brancos

1961-04-10

Primeiro ataque a trabalhadores bailundos de uma fazenda na área do Quitexe

1961-04-11

Ataque a uma patrulha portuguesa próximo de Tando Zinge, Cabinda


1961-04-12

Ataque à povoação de Lucunga, com massacre da maior parte dos seus habitantes brancos


1961-04-13

Ataque de guerrilheiros provenientes do Congo-Brazzaville a Bucanzau, em Cabinda


1961-04-15

Reunião do primeiro Conselho Superior Militar, presidido por Salazar, para tratar do envio de reforços militares para Angola


1961-04-16

Partida dos primeiros contingentes militares, para Angola, formados por pára-quedistas, por via aérea: a 1ª CCP, seguindo-se em abril, a 2ª CCP, e em maio a 3ª CCP [futuro BCP nº 21, criado em 8 de maio]


1961-04-21

Partida dos primeiros contingentes militares para Angola (via marítima)


1961-04-23

Partida de uma companhia de legionários para Angola [A Legião Portuguesa acabou por se limitar à defesa de instalações de uma empresa...]


1961-04-30

Fim do cerco à povoação de Mucaba, depois da intervenção da Força Aérea, que utilizou bombas de napalme de 90 kg.


1961-05-01

Chegada a Luanda dos primeiros contingentes transportados por via marítima [BCAÇ 88, BCAÇ 92, CART 85, CART 86, CART 87, CART 100].


1961-05-02

Ataque a Sanza Pombo e novos ataques a Mucaba e à Damba, no Norte de Angola


1961-05-04

Ataque ao Songo, a norte de Carmona


1961-05-08

Ataques a Sanza Pombo, Úcua, Santa Cruz, Macocola e Bungo, com utilização de novas armas


1961-05-21

Ataque frustrado ao nó de comunicações do Toto, a sul de Bembe


1961-05-24

Ataque a Quimbele durante treze horas consecutivas


1961-05-24

Ataque ao posto de Porto Rico, próximo de Santo António do Zaire, com utilização de armas automáticas

1961-05-26

Ataque a Quimbele, durante 13 horas consecutivas, um dos mais violentos na altura.

1961-05-31

Chegada do Batalhão de Caçadores 88 à Damba. Em 14 de maio, o BCAÇ 96 já tinha seguido para Úcua e o BCAÇ 109 para Ambrizete.


1961-06-02

Ataques a várias fazendas em torno de Carmona, Negaje e Ambriz


1961-06-08

Primeiro avião da Força Aérea, um PV-2,  desaparecido em Angola, com três tripulantes a bordo


1961-06-14

Reocupação do Tomboco por uma força da Marinha


1961-06-19

Ataque dos guerrilheiros da UPA à vila de Ambriz, com utilização de armas automáticas

1961-06-24

Reocupação de Cuimba, a este de São Salvador do Congo


1961-06-30

Primeiro comunicado oficial das Forças Armadas, referindo a morte de 50 militares entre 4 de Fevereiro e 30 de Junho em Angola


1961-07-01

Operações do Exército e Força Aérea na serra da Canda, para reabertura da chamada 'estrada do café'


1961-07-07

Comunicado das Forças Armadas sobre as actividades dos meses de Maio e Junho, no Norte de Angola

1961-07-15

Morte de seis militares em Quicabo, na sequência da operação de reocupação de Nambuangongo.


1961-07-18

Início da operação, pelo BCAÇ 96,  de cerco a Nambuangongo, ocupada pelos rebeldes desde o início da sublevação em Angola. Prolonga-se até 9 de agosto (Operação Viriato, uma das mais emblemáticas da guerra do Ultramar.)


1961-08-04

Ocupação de Zala e Quicunzo pelas forças portuguesas, que progridem para Nambuangongo


1961-08-07

Declaração do ministro do Exército à emissora oficial de Angola, onde afirma que aos 'terroristas' se colocava apenas um dilema: 'Rendição incondicional ou aniquilamento total'


1961-08-11

Primeira operação militar com lançamento de pára-quedistas, efectuado sobre a região de Quipedro, em Angola


1961-08-17

Primeira utilização operacional dos aviões caças-bombardeiros F84, a partir da Base Aérea de Luanda


1961-08-24

Início de uma operação conjunta, com aviação, pára-quedistas e forças terrestres, na serra da Canda


1961-09-10

Início da operação militar conjunta que conduz à reocupação da 'Pedra Verde'


1961-09-16

Desordem entre militares pára-quedistas e elementos da polícia, em Luanda, de que resultou um morto e vários feridos, e que ficou conhecido como 'Incidente da Versalhes'


1961-09-16

Entrada das tropas portuguesas na Pedra Verde


1961-10-07

Discurso de Venâncio Deslandes, a dar por findas as operações militares no Norte de Angola, passando-se à fase das operações de polícia


1961-11-10

Desastre de aviação do Chitado, em que morreu o general Silva Freire, comandante da Região Militar de Angola, e mais 14 militares do Exército e da Força Aérea


1961-11-14

Partida do primeiro destacamento de fuzileiros especiais para Angola


1961-11-27

Anúncio, pelo governador-geral de Angola, de 'nova actividade terrorista' no Norte do território

1961-12-02

Expulsão de Portugal de quatro missionários norte-americanos, acusados de apoio aos movimentos angolanos

1961-12-31

No final do ano de 1961, havia cerca de 33 mil homens no território, enquanto se reforçavam também as guarnições militares da Guiné e de Moçambique.


Fonte: Excerto de  Guerra Colonial 1961-1974 > Cronologia, com a devida vénia...

Para mais detalhe e cronologia nacional, vd. Carlos Matos Gomes e Aniceto Afonso - Os Anos da Guerra Colonial, vol. 2 - 1961: o princípio do fim do império. Lisboa: Quidnovi, 2009.

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Nota do editor:

(*) Vd. postes de:

8 de janeiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19381: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte II: Abílio Eurico Castelo da Silva, cap inf (Chaves, 1925 - Cólua, Angola, 1961)

Guiné 61/74 - P19384: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte III: Jofre Ferreira Prazeres, ten inf (Vidago, Chaves, 1932 - Cólua, Angola, 1961)






1. Continuação da publicação série respeitante biografia (breve) de cada um dos 47 Oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar que morreram em combate no período 1961-1975..


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Nota do editor:

Postes anteriores da série > 


8 de janeiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19381: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte II: Abílio Eurico Castelo da Silva, cap inf (Chaves, 1925 - Cólua, Angola, 1961)

Guiné 61/74 - P19383: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (64): história da faca de sobrevivência / combate dos Fuzileiros na Guiné... (Luís 'Saci' Pereira, filho de um camarada da CCAV 1662, Nova Lamego e Piche, 1967/68)






Faca de sobrevivência / combate dos Fuzileiros na Guiné


Fotos (e legendas): © Luís Pereira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do nosso leitor Luís Pereira, filho de um camarada da CCAV 1662 (Nova Lamego e Piche, 1967/68), que se reproduz a seguir, esperando que alguém possa responder à sua pergunta:


Date: terça, 11/12/2018 à(s) 11:05

Subject: Faca de sobrevivência/combate dos Fuzileiros na Guiné


Bom dia,


Sou um pequeno coleccionador de militaria do tempo da nossa guerra colonial (talvez por ter sido
privado do meu pai durante uma boa parte da minha infância, enquanto ele esteve na Guiné, na zona de Nova Lamego, com a CCav 1662, "Os Piriquitos", Nova Lamego e Piche, 1967/68.)

Durante o meu serviço militar, por meados de 1984, vi pela primeira vez no cinto do um SAJU  [srgt ajudante] Fuzileiro uma faca de combate com o cabo em alumínio, que me deixou completamente encantado.

Após muito procurar, nunca consegui encontrar qualquer referência aquela faca em lado nenhum, tendo visto somente uma no Museu dos Fuzileiros, em Vale de Zebro, mas mesmo aí, a única coisa que me souberam dizer é que era designada por "faca de combate" ou "faca de sobrevivência", e que eventualmente teria sido uma aquisição local na Guiné para suprir uma eventual falta das facas de mato da Icel.

Na semana passada, ao fim de mais de 34 anos, consegui realizar o sonho e comprar a das fotografias que junto, mas continuo sem saber nada sobre ela, excepto o que disse e que tem gravado no punho a palavra "SALDANHA"...

Têm alguma ideia da história desta faca? Como e quando é que entrou para os Fuzileiros? Onde é que foram compradas ?

Muito obrigado

Luís

Luís "Saci" Pereira

"Para onde quer que vá, estarei na minha terra; nenhuma terra será para mim exílio ou país estrangeiro, pois o bem estar pertence ao homem e não ao lugar" (Brunetto Latini in Li Livres dou Tresor)

"Se um dia te encontrares numa luta justa, é porque não te preparaste convenientemente" (Gary F. Bradburn)

"Quem viaja acrescenta à vida" (Provérbio árabe)

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Guiné 61/74 - P19382: Parabéns a você (1557): Manuel Vaz, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 798 (Guiné, 1965/67)

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Nota do editor

Último poste da série de 8 de Janeiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19379: Parabéns a você (1556): António Murta, ex-Alf Mil Inf MA do BCAÇ 4513 (Guiné, 1973/74)

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Guiné 61/74 - P19381: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte II: Abílio Eurico Castelo da Silva, cap inf (Chaves, 1925 - Cólua, Angola, 1961)




1. Continuação da publicação série respeitante biografia (breve) de cada um dos 47 Oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar que morreram em combate no período 1961-1975. Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972. 

Sobre o "massacre de Cólua", de 2 de abril de 1961, no norte de Angola,  vd. aqui mais informação. Sobre a posição atual de Cólua, na província do Uíge,  vd. aqui.

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Nota do editor:

Último poste da série  >  7 de janeiro de  2019 > Guiné 61/74 - P19378: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte I: Apresentação

Guiné 61/74 - P19380: Em busca de... (292): Rui Manuel Soares de Campos Pessoa de Amorim, nascido em 1939, na Beira, Sofala, Moçambique, e jogagdor dos Juniores da AA Coimbra nas épocas de 1956 / 1958... Vamos realizar um próximo convivio, em data e local a marcar, de ex-jogadores da AA Coimbra (Fernando Natividade, Coimbra)

1. Mensagem do nosso leitor Fernando Natividade, a viver em Coimbra:


Date: domingo, 23/12/2018 à(s) 22:38

Subject: Convívio de ex-jogadores da A A Coimbra


Boa noite, caro Prof. Luís Graça.

As minhas desculpas por tomar a liberdade de utilizar o seu e-mail e tempo, mas faço-o porque tento localizar um colega futebolista que jogou também nas camadas jovens da Académica de Coimbra.

Esse "craque " chama-se Rui Manuel Soares de Campos Pessoa de Amorim, nascido em 18-03-1939 e natural de Beira, Sofala, Moçambique e jogou nos Juniores nas épocas de 1956 / 1958.

Assim e se lhe fôr possível, agradecia imenso que lhe fizesse chegar esta situação, já que vamos realizar um convívio com todos os " sobreviventes " em 2019 em local e data a marcar oportunamente.

Sou Fernando Natividade
Telem 912216783
f-natividad@hotmail.com

Coimbra

Obrigado

Boas Festas

Um abraço    

2. Comentário do editor LG:

Meu caro Fernando: não sei se é a  mesma pessoa que procura, mas encontrei na Net um a referência a Rui Manuel Soares de Campos Pessoa Amorim, e ao louvor que lhe foi atribuído pelo Ministro das Finanças... É uma pista, espero que seja útil. Bom encontro, bom convíviio em 2019.

Louvor 205/2007, de 15 de maio

O Dr. Rui Manuel Soares de Campos Pessoa Amorim deixou de exercer as funções de inspector-geral da Administração Pública por ter passado à situação de aposentação.

Assim, cessou funções na Administração Pública um dos mais brilhantes, dedicados e marcantes funcionários públicos das últimas décadas.

O seu contributo para a evolução da Administração Pública portuguesa é dificilmente igualável.

Exerceu funções dirigentes ininterruptamente desde 1971, sempre em departamentos relacionados com a definição e execução das políticas de administração e emprego públicos.

Foi director-geral do Serviço Central de Pessoal, num período em que liderou, com assinalável êxito, o processo de integração de funcionários regressados das ex-colónias, director-geral do Recrutamento e Formação da Administração Pública, do Emprego e da Formação e finalmente director-geral da Administração Pública. Foi secretário-geral do conselho superior da administração e da função pública e do conselho superior da reforma do Estado e da Administração Pública. Foi membro do conselho de administração do Instituto Europeu de Administração Pública.

Interveio activamente em inúmeros processos de reforma da Administração Pública, no plano legislativo e no executivo, em domínios relacionados com o regime jurídico dos funcionários e agentes da Administração Pública, a organização e dinâmica de quadros e carreiras de pessoal e a política e medidas de emprego público. Destacou-se nomeadamente a sua participação na concepção do novo sistema remuneratório, no desenvolvimento das técnicas de recrutamento e na formação dos funcionários públicos.

Por este brilhantíssimo percurso profissional e pelos relevantíssimos serviços prestados às administrações públicas, quase sempre com prejuízo da sua vida pessoal e, em alguns momentos, pondo em causa a sua própria saúde, é de justiça prestar-lhe este público louvor.

16 de Fevereiro de 2007. - O Ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos.

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Nota do editor:

Último poste da série > 14 de novembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19194: Em busca de... (291): Fotocines que tenham feito a guerra do ultramar,,,Contactos, precisam-se, de António Heleno (Lisboa) e Vicente Batalha (Pernes, Santarém) (Marisa Marinho, telem 969 321 386)

Guiné 61/74 - P19379: Parabéns a você (1556): António Murta, ex-Alf Mil Inf MA do BCAÇ 4513 (Guiné, 1973/74)

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Nota do editor

Último poste da série de 7 de Janeiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19375: Parabéns a você (1555): Mário Lourenço, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista da CCAV 2639 (Guiné, 1969/71)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Guiné 61/74 - P19378: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte I: Apresentação



1. Mensagem do cor inf ref Morais [da] Silva

Data: 16 de dezembro de 2018 11:59

Assunto: Biografia (breve) de cada um dos 47 Oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar que morreram em combate no período 1961-1975.

Caro Dr. Luís Graça

Anexo um documento que, finalmente, deu à luz em Novembro de 2018.

Trata-se da biografia (breve) de cada um dos 47 Oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar que morreram em combate no período 1961-1975.

Se entender de interesse dá-lo a conhecer no seu blog (que continuo a acompanhar) faça o favor de o publicar.

Os meus cumprimentos

Morais Silva

Coronel António Carlos Morais da Silva
Amadora
www.moraissilva.pt


2. Comentário do editor Luís Graça:

Meu caro camarada, professor e vizinho:

Folgo em saber de si. Estou-lhe grato pelo seu trabalho de pesquisa, sobre os oficiais, oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar, que morreram nos TO de Angola, Guiné e Moçambique, durante a guerra do ultramar, ou guerra colonial ou guerra de África, 1961/75...

Todos temos um dever de memória. enquanto militares ou ex-militares que serviram a sua Pátria. Muito me honra a sua distinção, oferecendo o seu trabalho para publicação no nosso blogue. Fico feliz por saber que, ao fim destes anos todos, ainda cointinua a "visitar-nos".

E,  já agora,  fica a saber que tem no nosso blogue 24 (!) referências com o descritor ou marcador cor Morais da Silva. E, no entanto, não integra a lista dos 783 membros da Tabanca Grande... 

Não é preciso lembrar que o ex-cap art António Carlos Morais da Silva tem um brilhante currículo militar no TO da Guiné, como  instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972. 

Por todas estas razões e mais algumas, seria imperdoável não o convidar para integrar, de pleno direito, o blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné... Temos tudo para o apresentar, formalmente, ao resto da Tabanca Grande: só nos falta o seu consentimento (informado...) e uma foto... mais recente!...

A partir de hoje, damos início à publicação,  na integra, do seu valioso trabalho.  Para que os nosso bravos não fiquem na "vala comum do esquecimento"... LG
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Nota do editor:

(*) Vd. poste de 8 de julho de  2010 > Guiné 63/74 - P6690: O Nosso Livro de Visitas (93): Morais da Silva, de Fá a Gadamael (1970/72): Instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá, adjunto do COP 6, em Mansabá, comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael

(...) (i) Combati em Angola como Alferes (Lucusse e Ninda) e onde frequentei o curso de Comandos;

(ii) Regressei a Lamego onde fui instrutor de tropas Comando;

(iii) Parti para a Guiné em Setembro de 1970;

(iv) Fui instrutor da 1ª Comp Cmds Africana sobre combate de rua (Fá, Setembro/Outubro de 1970;

(v) Fui adjunto do COP 6 em Mansabá (estrada Mansabá-Farim) em Nov/Dez 70 e Janeiro de 71;

(vi) Avancei no fim de Janeiro de 1971 para o comando da CCaç 2796, em Gadamael, quando da morte em combate do seu comandante, meu camarada de curso e amigo Capitão de Infantaria Assunção Silva;

(vii) Fiquei, a meu pedido, no comando desta companhia até ao final da comissão em Outubro de 72.

Regressado à Metrópole...

(viii) Fui Comandante da 1ª Companhia de Alunos da AM [, Academia Militar];

(ix) A partir de 1978, com interrupções para fazer tempo de comando, tempo de guarnição e cursos (no IAEM e EUA), fui professor, na AM, de Tiro de Artilharia, Táctica de Artilharia, Geometria Descritiva e Investigação Operacional.

(x) A partir de 1991 mantive a cadeira de Investigação  Operacional  na AM e passei a colaborar com o Instituto Superior de Gestão onde regi a disciplina até 2005;

(xi) Por algum tempo, regi esta disciplina na Universidade Moderna e na UAL.


(xii) (...) divirto-me a manter o meu site de Investigação Operacional, em www.moraissilva.com (...)