1. Mensagem do nosso camarada José Cortes [foto atual, à esquerda,] ex-Fur Mil At Inf da CCAÇ 3549/BCAÇ 3884, Fajonquito, 1972/74 (*), com data de ontem, enviado ao seu camarada José Bebiano (**), com conhecimento ao editor do blogue, Luís Graça
Caro amigo
Ao ler, na Tabanca Grande, o teu comentário à história do Cherno Baldé, tive a alegria de ver o teu nome no fim do mesmo.
Pois por teres um nome um pouco fora do vulgar, é mais dificil de esquecer, mas a tua fisionomia de careca, ou com pouco cabelo, nunca mais esqueci.
Bem, eu sou José Cortes, ex-Furriel da CCAÇ 3549, e tinha na companhia a função de sargento de material.. Estava no gabinete junto com o Furriel Vague Mestre Pina e o Furriel de Transmissões Farraia.
Ainda hoje falei com o Luis Graça sobre o que aconteceu ao Cap Carlos Figueiredo da companhia de Artilharia que nós fomos render, mas como é obvio não sei as razões que levaram o soldado a fazer o que fez. Talvez hoje consigas tu contar o que se passou.
Não sei se te lembras de mim. Mas, caso estejas interessado, gostaria de te contar o que foi a vida da Companhia depois de saires e de te dizer o que aconteceu ao teu substituto.
Para já fico por aqui, conto mais tarde podermos falar sobre tudo.
Um abraço, Jose Cortes.
Ainda hoje falei com o Luis Graça sobre o que aconteceu ao Cap Carlos Figueiredo da companhia de Artilharia que nós fomos render, mas como é obvio não sei as razões que levaram o soldado a fazer o que fez. Talvez hoje consigas tu contar o que se passou.
Não sei se te lembras de mim. Mas, caso estejas interessado, gostaria de te contar o que foi a vida da Companhia depois de saires e de te dizer o que aconteceu ao teu substituto.
Para já fico por aqui, conto mais tarde podermos falar sobre tudo.
Um abraço, Jose Cortes.
2. Comentário de L.G.:
Foi-me contada ontem, de viva voz, ao telefone, uma das versões sobre a tragédia de Fajonquito. Liguei ao José Cortes, que vive em Coimbra, e falámos durante mais de meia hora. O pretexto foi o convívio do pessoal da sua companhia, a realizar no próximo dia 27. Mas também Fajonquito e a história do Cherno Baldé.
O José Cortes falou-me com emoção desses tempos. Ele próprio tem um filho que foi pára-quedista e esteve em missões de paz (por ex.,Timor, Bósnia). Mas, como muitos outros camaradas, queixa-se de que nem sempre a família tem pachorra para ouvir as suas recordações da Guiné. Uma das que está bem presente na sua memória é a da morte do capitão e mais três ou quatro militares da companhia (a CCAÇ 2742, Fajonquito, 1970/72) que eles foram render. Ele tinha prometido contar essa história mas ainda não o fez porque acha que tem fraco talento para a escrita. Eis, pois, a sua versão oral:
(i) Havia um, soldado da CART 2742 que, uma vez terminada a comissão, queria ficar na Guiné como civil;
(ii) Ao que parece o Cap Mil Art Carlos Borges Figueiredo manifestou, desde logo, a sua oposição à ideia, c contrária a todo o bom senso e sobretudo ao RDM;
(iii) Ter-se-á aberto um contencioso entre o soldado e o seu comandante, e envolvendo também o primeiro sargento;
(iv) A mulher do capitão havia mandado, da Metrópole, "dez quilos de amêndoas" para distribuir pelo pessoal da companhia; a distribuição foi feita pelo próprio comandante, no refeitório, no domingo de Páscoa, 2 de Abril de 1972;
(v) Quando chegou a vez do soldado em questão, o capitão terá passado à frente, num acto que aquele interpretou como de intolerável discriminação;
(vi) O soldado levantou-se, sem pedir a licença a ninguém, e saiu do refeitório. Foi ao abrigo (ou à sua caserna) e veio para a parada com "duas granadas já descavilhadas", em cada mão. Dirigiu-se à secretaria. O primeiro sargento ter-se-á apercebido, a tempo, das intenções do soldado, e não se aproximou da secretaria (ou fugiu, não sei);
(vii) Dentro da secretaria, estava o Capitão, um alferes e um furriel. Ninguém sabe o que se passou lá dentro. O soldado deixou cair as duas granadas. O tecto da secretaria foi pelos ares. Lá dentro ficaram 4 cadáveres
Mortos, em 2/4/1972, todos do Exército, por acidente (sic), constam os seguintes nomes, na lista dos Mortos do Ultramar da Liga dos Combatentes:
Intrigam-nos casos como este. O que podia levar um militar português a querer ficar na Guiné, na vida civil ? Podia não ter ninguém à sua espera, na sua terra, não ter família, não ter amigos... Podia, por qualquer razão, querer esquecer a sua origem ou condição. Podia estar perdido de amores por alguma bajuda... Podia estar pura e simplesmente deprimido... Um indivíduo deprimido pode facilmente perder a noção do perigo, ficar indiferente a uma situação de perigo imediato e iminente, e até desejar a sua própria morte. Não nos parece ter sido uma acção premeditada, pensada e amadurecida a frio... Em princípio, foi uma acção precipitada, irreflectida, impulsiva. O tal "acto de loucura" da "vox populi"... A ser verdade que o capitão deliberadamente ou não discriminou o soldado, aquando da distribuição das amêndoas, isso poderá ser sido "a gota de água" que transformou um conflito disciplinar num massacre... No final da comissão de uma companhia, na festa do e,m que se celebravo o dever cumprido, no domingo de Páscoa de 2 de Abril de 1972...
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Notas de L.G.:
(*) Vd. poste de 6 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4145: Tabanca Grande (131): José Cortes, ex-Fur Mil At Inf da CCAÇ 3549/BCAÇ 3884, Fajonquito (1972/74)
6 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P5937: Convívios (111): Convívio Anual da CCAÇ 3549 “DEIXÓS POISAR”, no próximo dia 27 de Março de 2010 em VISEU (José Cortes)
(***) Vd. poste 18 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4550: Tabanca Grande (153): Cherno Baldé (n. 1960), rafeiro de Fajonquito, hoje engenheiro em Bissau...
(...) Conheci muita tropa que passou por Fajonquito entre 1968/74, em especial das companhias 3549 e 4514/72. O rebentamento da(s) granada(s) que vitimara o saudoso Cap Figueiredo e seus companheiros de armas [da CART 2742] (*), apanhou-me a menos de 100 metros do local, quando estávamos a brincar perto da casa dos oficiais. (...)
(...) Companhia de Artilharia n.º 2742, comandada pelo Capitão de Artilharia Carlos Borges de Figueiredo e, posteriormente, pelo Alferes Miliciano de Artilharia Baltazar Gomes da Silva, unidade orgânica do Batalhão de Artilharia n.º 2920, mobilizada em Penafiel no Regimento de Artilharia Ligeira n.º 5, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CCaç 2436, em 13 de Agosto de 1970, vindo a ser substituída pela CCaç 3549 em 21 de Maio de 1972.
Companhia de Caçadores n.º 3549, comandada pelo Capitão Quadro especial de Oficiais José Eduardo Marques Patrocínio e, posteriormente, pelo Capitão Miliciano Graduado de Infantaria Manuel Mendes São Pedro, unidade orgânica do Batalhão de Caçadores n.º 3884, mobilizada em Chaves no Batalhão de Caçadores n.º 10, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CArt 2742, em 27 de Maio de 1972, vindo a ser substituída pela 2.ª Companhia do BCaç 4514/72 em 15 de Junho de 1974. (...)
Foi-me contada ontem, de viva voz, ao telefone, uma das versões sobre a tragédia de Fajonquito. Liguei ao José Cortes, que vive em Coimbra, e falámos durante mais de meia hora. O pretexto foi o convívio do pessoal da sua companhia, a realizar no próximo dia 27. Mas também Fajonquito e a história do Cherno Baldé.
O José Cortes falou-me com emoção desses tempos. Ele próprio tem um filho que foi pára-quedista e esteve em missões de paz (por ex.,Timor, Bósnia). Mas, como muitos outros camaradas, queixa-se de que nem sempre a família tem pachorra para ouvir as suas recordações da Guiné. Uma das que está bem presente na sua memória é a da morte do capitão e mais três ou quatro militares da companhia (a CCAÇ 2742, Fajonquito, 1970/72) que eles foram render. Ele tinha prometido contar essa história mas ainda não o fez porque acha que tem fraco talento para a escrita. Eis, pois, a sua versão oral:
(i) Havia um, soldado da CART 2742 que, uma vez terminada a comissão, queria ficar na Guiné como civil;
(ii) Ao que parece o Cap Mil Art Carlos Borges Figueiredo manifestou, desde logo, a sua oposição à ideia, c contrária a todo o bom senso e sobretudo ao RDM;
(iii) Ter-se-á aberto um contencioso entre o soldado e o seu comandante, e envolvendo também o primeiro sargento;
(iv) A mulher do capitão havia mandado, da Metrópole, "dez quilos de amêndoas" para distribuir pelo pessoal da companhia; a distribuição foi feita pelo próprio comandante, no refeitório, no domingo de Páscoa, 2 de Abril de 1972;
(v) Quando chegou a vez do soldado em questão, o capitão terá passado à frente, num acto que aquele interpretou como de intolerável discriminação;
(vi) O soldado levantou-se, sem pedir a licença a ninguém, e saiu do refeitório. Foi ao abrigo (ou à sua caserna) e veio para a parada com "duas granadas já descavilhadas", em cada mão. Dirigiu-se à secretaria. O primeiro sargento ter-se-á apercebido, a tempo, das intenções do soldado, e não se aproximou da secretaria (ou fugiu, não sei);
(vii) Dentro da secretaria, estava o Capitão, um alferes e um furriel. Ninguém sabe o que se passou lá dentro. O soldado deixou cair as duas granadas. O tecto da secretaria foi pelos ares. Lá dentro ficaram 4 cadáveres
Mortos, em 2/4/1972, todos do Exército, por acidente (sic), constam os seguintes nomes, na lista dos Mortos do Ultramar da Liga dos Combatentes:
- Alcino Franco Jorge da Silva, Fur
- Carlos Borges de Figueiredo, Cap
- José Fernando Rodrigues Félix, Alf
- Pedro José Aleixo de Almeida, Sold
Sabemos que o Sold Básico Pedro José Aleixo de Almeida era natural de Portel, em cujo cemitério local repousam os seus restos mortais. Presumimos que se trate do protagonista desta trágica história. O Alf Mil Art Op Esp José Fernando Rodrigues Félix era de Moimenta da Beira. O Cap Mil Art Carlos Borges de Figueiredo era natural de Vila Pouca de Aguiar. A sua última morada é Meadela, Viana do Castelo, possivelmente a terra da sua esposa. Por sua vez, o Fur Mil Alcino Franco Jorge da Silva também era de Op Esp, mas desconhecemos a terra da sua naturalidade. Não sabemos o que faziam os dois rangers na secretaria, possivelmente terão vindo em auxílio do capitão com a intenção de desarmar o militar que trazia as duas granadas descavilhadas. O José Cortes fala em cinco mortos, mas tudo indica que sejam apenas os quatro que constam da lista da Liga dos Combatentes.
Julgo que o caso foi também utilizado pelo serviço de propaganda do PAIGC (nomeadamente a Rádio Libertação) para desmoralizar as tropas portuguesas: Há um documento do PAIGC, no Arquivo Amílcar Cabral, na Fundação Mário Soares (FMS), que faz referência ao sucedido; de momento, não consigo ter acesso a ele, uma vez que a página da FMS foi reestruturada.
O facto de o insólito caso ter ocorrido em Fajonquito, na fronteira com o Senegal, significa que foi de imediato conhecido da população local, das autoridades do Senegal e do PAIGC. O nosso Cherno Baldé, na altura com 12 ou 13 anos, faz referência, num dos seus postes a este trágico "acidente", que ocorreu a 100 metros, quando ele estava a brincar com outros putos na parada (***).
Gostaríamos de ter outras versões deste acontecimento. Espero que o José Bebiano aceite o repto do José Cortes. Infelizmente não temos ninguém, na nossa Tabanca Grande, da CART 2742. Temos apenas duas referências a esta subunidade do BART 2920. Julgo que seja difícil, ainda hoje, aos camaradas da CART 2742 abordar esta história, tão trágica quanto absurda... Infelizmente, este caso não foi único no TO da Guiné. O acesso fácil a armas de guerra e a usura física e mental da guerra ajudam também a explicar estes surtos de violência patológica que, de tempos a tempos, ocorriam nas nossas fileiras. Quantos suicídios terão havido ? Quantos homícídios terão ocorrido, dentro das NT ? Na lógica da hierarquia militar, eram tratados como "acidentes".... E assim ficarão - como acidentes, inexplicáveis - para a história, se não houver parte dos contemporâneas e das testemunhas presenciais destes casos a vontade de contribuir, com depoimentos em primeira mão, para o seu esclarecimento...
Intrigam-nos casos como este. O que podia levar um militar português a querer ficar na Guiné, na vida civil ? Podia não ter ninguém à sua espera, na sua terra, não ter família, não ter amigos... Podia, por qualquer razão, querer esquecer a sua origem ou condição. Podia estar perdido de amores por alguma bajuda... Podia estar pura e simplesmente deprimido... Um indivíduo deprimido pode facilmente perder a noção do perigo, ficar indiferente a uma situação de perigo imediato e iminente, e até desejar a sua própria morte. Não nos parece ter sido uma acção premeditada, pensada e amadurecida a frio... Em princípio, foi uma acção precipitada, irreflectida, impulsiva. O tal "acto de loucura" da "vox populi"... A ser verdade que o capitão deliberadamente ou não discriminou o soldado, aquando da distribuição das amêndoas, isso poderá ser sido "a gota de água" que transformou um conflito disciplinar num massacre... No final da comissão de uma companhia, na festa do e,m que se celebravo o dever cumprido, no domingo de Páscoa de 2 de Abril de 1972...
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Notas de L.G.:
(..) Desembarcámos no aeroporto de Bissalanca no dia 26 de Março de 1972, fomos fazer o IAO, ao Cumeré, de onde seguimos em LDG, para o Xime e daí em viaturas cívis e militares, para Fajonquito.
Rendemos a CART 2742, que no dia de Páscoa desse ano, 2 de Abril de 1972, perdeu o Capitão Borges Figueiredo, e mais quatro militares (...) (**)
Foi uma comissão que correu com alguns sobressaltos, desde termos 3 Comandantes de Companhia, 3 Primeiros Sargentos, 2 camaradas mortos e dois feridos graves. (...)
(...) Na Guiné não exerci a minha especialidade (, Atirador de Infantaria, ] por contingência de serviço da Companhia, que não tinha Sargento que fosse reponsável, pelo Material de Guerra. Eu, como Furriel Atirador com melhor nota, fiquei responsável pelo mesmo.
Mesmo assim não deixei de estar ligado a dois acontecimentos graves da Companhia, um acidente com um lança-granadas de 6,5 no qual perdeu a vida o nosso soldado António Manuel, mais 4 soldados da Milícia, numa acção de Reordenamento no Sumbundo. Outro, uma mina que provocou a morte do soldado José Jubilado dos Santos. Estas histórias são para contar mais tarde.
(...) Sou José Augusto Cortes, ex-Furriel Miliciano da Companhia de Caçadores 3549, cumpri missão em Fajonquito, Leste da Guiné e pertencemos ao BCAÇ 3884, sediado em Bafatá. Sou nascido e criado em Coimbra, onde resido na Freguesia de Santa Clara, lugar de Bordalo. Ainda trabalho, sou funcionário do SUCH (Serviço de Utilização Comum dos HospitaIs), faço serviço no Hospital da Universidade de Coimbra como Técnico de Manutenção. (...)
Rendemos a CART 2742, que no dia de Páscoa desse ano, 2 de Abril de 1972, perdeu o Capitão Borges Figueiredo, e mais quatro militares (...) (**)
Foi uma comissão que correu com alguns sobressaltos, desde termos 3 Comandantes de Companhia, 3 Primeiros Sargentos, 2 camaradas mortos e dois feridos graves. (...)
(...) Na Guiné não exerci a minha especialidade (, Atirador de Infantaria, ] por contingência de serviço da Companhia, que não tinha Sargento que fosse reponsável, pelo Material de Guerra. Eu, como Furriel Atirador com melhor nota, fiquei responsável pelo mesmo.
Mesmo assim não deixei de estar ligado a dois acontecimentos graves da Companhia, um acidente com um lança-granadas de 6,5 no qual perdeu a vida o nosso soldado António Manuel, mais 4 soldados da Milícia, numa acção de Reordenamento no Sumbundo. Outro, uma mina que provocou a morte do soldado José Jubilado dos Santos. Estas histórias são para contar mais tarde.
(...) Sou José Augusto Cortes, ex-Furriel Miliciano da Companhia de Caçadores 3549, cumpri missão em Fajonquito, Leste da Guiné e pertencemos ao BCAÇ 3884, sediado em Bafatá. Sou nascido e criado em Coimbra, onde resido na Freguesia de Santa Clara, lugar de Bordalo. Ainda trabalho, sou funcionário do SUCH (Serviço de Utilização Comum dos HospitaIs), faço serviço no Hospital da Universidade de Coimbra como Técnico de Manutenção. (...)
(**) Comentário do José Bebiano ao poste 18 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4550: Tabanca Grande (153): Cherno Baldé (n. 1960), rafeiro de Fajonquito, hoje engenheiro em Bissau...
(...) Estive presente como Furriel Rec Info (Rendição Individual), entre Nov/70 a Out/72. Conheci bem de perto os 2 Capitães (Borges Figueiredo e J. Eduardo Patrocínio). (***)
Guardo bem presente o tempo que por lá passei. Hoje, professor de Educação Física, em Moura, estou à espera da aposentação, e por acaso passei por este blog. Bom trabalho para vós. Vou procurar fotos e depois de digitalizadas, vou inseri-las. Contar-vos-ei a história da morte trágica do Cap Figueiredo e 1 Alf, 1 Fur e do Soldado que fez deflagrar a granada. José Bebiano - email: jbebiano@gmail.com
6 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P5937: Convívios (111): Convívio Anual da CCAÇ 3549 “DEIXÓS POISAR”, no próximo dia 27 de Março de 2010 em VISEU (José Cortes)
(***) Vd. poste 18 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4550: Tabanca Grande (153): Cherno Baldé (n. 1960), rafeiro de Fajonquito, hoje engenheiro em Bissau...
(...) Conheci muita tropa que passou por Fajonquito entre 1968/74, em especial das companhias 3549 e 4514/72. O rebentamento da(s) granada(s) que vitimara o saudoso Cap Figueiredo e seus companheiros de armas [da CART 2742] (*), apanhou-me a menos de 100 metros do local, quando estávamos a brincar perto da casa dos oficiais. (...)
(...) Companhia de Artilharia n.º 2742, comandada pelo Capitão de Artilharia Carlos Borges de Figueiredo e, posteriormente, pelo Alferes Miliciano de Artilharia Baltazar Gomes da Silva, unidade orgânica do Batalhão de Artilharia n.º 2920, mobilizada em Penafiel no Regimento de Artilharia Ligeira n.º 5, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CCaç 2436, em 13 de Agosto de 1970, vindo a ser substituída pela CCaç 3549 em 21 de Maio de 1972.
Companhia de Caçadores n.º 3549, comandada pelo Capitão Quadro especial de Oficiais José Eduardo Marques Patrocínio e, posteriormente, pelo Capitão Miliciano Graduado de Infantaria Manuel Mendes São Pedro, unidade orgânica do Batalhão de Caçadores n.º 3884, mobilizada em Chaves no Batalhão de Caçadores n.º 10, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CArt 2742, em 27 de Maio de 1972, vindo a ser substituída pela 2.ª Companhia do BCaç 4514/72 em 15 de Junho de 1974. (...)