Foto nº 1 > Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1974 > CCAÇ 4152/73 (Gadamael e Cufar, 1974 > O alf mil Carlos Milheirão (*), depois, no obus 14, e por detrás, assinalados por seta e legenda, o depósito de géneros e a enfermaria
Foto nº 2 > Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1974 > CCAÇ 4152/73 (Gadamael e Cufar, 1974 > Em primeiro plano, o autor das fotos, o alf mil Carlos Milheirão, que esteve em Gadamael entre fevereiro e julho de 1974.
Foto nº 3 > Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1974 > CCAÇ 4152/73 (Gadamael e Cufar, 1974 > Legendas, em primeiro plano, o Carlos Milheirão... À volta, da direita para a esquerda (i) portadas da messe; (ii) depósito de géneros e enfermaria; (iii) canhão sem recuo; e (iv) geradores elétricos (?).
Foto nº 4 > Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1974 > CCAÇ 4152/73 (Gadamael e Cufar, 1974 > O Carlos Milheirão no espalddão do obus 14. Legendas: da esquerda para a direita: (i) aqui provavelmente estava uma das metralhadoras; (ii) obus 14; (iii) algures por aqui havia um canhão sem recuo; e (iv) depósito de géneros e enfermaria.
Foto nº 5 > Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1974 > CCAÇ 4152/73 (Gadamael e Cufar, 1974 > Crianças... Legendas: (i) direção da bolanha /cais; (ii) depósito de géneros e enfermaria; e (iii) enfermaria / abrigo.
Foto nº 6 > Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1974 > CCAÇ 4152/73 (Gadamael e Cufar, 1974 > Aspeto geral do aquartelamento... Legendas, da esquerda para a direita: (i) abrigo; (ii) bandeira; (iii) padaria (?); (iv) cozinha e messe de sargentos; (v) messe e bar de oficiais; (vi) estas telhas certamente "voaram" com um disparo de obus para a mata do Cantanhez (Jemberém); e (v) espaldão de obus 14
Foto nº 6A> Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1974 > CCAÇ 4152/73 (Gadamael e Cufar, 1974 > Foto anterior, mais detalhada.
Foto nº 7> Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1974 > CCAÇ 4152/73 (Gadamael e Cufar, 1974 > Legendas: (i) abrigo; (ii) geradores elétricos (?); e (iii) bandeira (quando se içava ou arriava, os cães vinham para ali e uivavam ao toque do clarim)
Foto nº 8 > Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1974 > CCAÇ 4152/73 (Gadamael e Cufar, 1974 > Da esquerda para a direita: (i) bolanha; (ii) algures por aqui havia um canhão sem recuo; (iii) obus 14; (iv) depósito de géneros e enfermaria; (v) bolanha/cais; e (vi) tabanca.
1. Continuação da publicação da esta nova série "Guidaje, Guileje, Gadamael, maio/junho de 1973: foi há meio século... Alguém ainda se lembra?" (**).
Felizmente que ainda temos muitos camaradas vivos, que podem falar "de cátedra" sobre os 3 G, Guidaje, Guileje e Gadamael... Outros, entretanto, já não estão cá, que "da lei da morte já se foram libertando"... Do lado do PAIGC, por seu turno, é cada vez mais difícil poder-se contar com testemunhos, orais ou escritos, sobre os acontecimentos de então.
Após a retirada da guarnição de Guileje (22Mai73), a guarnição de Gadamael Porto tinha a seguinte constituição:
CCaç 4743/72,
O Cmdt do CAOP 1, Cor Para Rafael Ferreira Durão, esteve no aquartelamento de 22 a 31Mai73.
O Capitão Inf 'Cmd' Manuel Ferreira da Silva assumiu o Comando do COP 5 em 31 de Maio de 1973.
"[ ... ] No dia 29, no Comando-Chefe das FAG, foi-me comunicado que no dia seguinte seguiria para Gadamael Porto, para comandar o Comando Operacional n" 5, substituindo o Major Coutinho e Lima, entretanto preso em Bissau. No dia 30, segui de helicóptero para Cacine, e em 31 de barco "sintex", para Gadamael Porto onde cheguei cerca das 11h00n depois de 2 horas de viagem [... ]
Após a partida do coronel Rafael Durão, nesse mesmo dia, reuni com os dois Comandantes de Companhia, Cap Mil Inf Manuel Maia Rodrigues (CCaç 4743/72) e Cap Mil Art Abel Quelhas Quintas (CCav 8350/72), para me inteirar da situação. Após o almoço, quando iniciávamos uma visita ao aquartelamento, começaram as flagelações contínuas, com artilharia, morteiros, canhão sem recuo e mísseis. No início os impactos verificavam-se fora das instalações, mas gradualmente foram-se aproximando, e no final do dia já caiam dentro do aquartelamento.
O aquartelamento de Gadamael Porto, onde se encontravam as instalações militares tinha uma área de cerca de um hectare, com uma avenida central em terra batida que do cais, onde na maré cheia acostavam os pequenos barcos, passava junto à enfermaria, comando, depósito de géneros, arrecadação de material de guerra, posto de rádio, etc. e seguia para a pista de aviação. Os alojamentos estavam dispersos, e alguns junto ao arame farpado, que protegia a parte por onde o ln podia atacar. Do lado oposto existia a tabanca
da população com cerca de 500 habitantes. [... ]
Gadamael Porto face à sua localização, normalmente não era atacado, pelo que os abrigos existentes eram reduzidos, e as valas à volta do aquartelamentonnão ofereciam qualquer protecção às granadas do lN.
Ao amanhecer do dia 1 de Junho, o 2°dia da minha permanência, iniciou--se aquele que seria o dia mais crítico de toda a batalha de Gadamael Porto,mcom as flagelações quase permanentes particularmente de artilharia e morteiros 120 mm. Num espaço de tempo de 3 minutos chegaram a cair 18 granadas dentro do Quartel.
Fonte: Excertos de: Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 6.º Volume; Aspectos da Actividade Operacional; Tomo II; Guiné; Livro III; 1.ª Edição; Lisboa (2015), pp. 325-333.
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