Guiné > Região de Tombali > Guileje > CART 1613 (1967/68) > Imagens do arquartelamento da tabanca e aquartelamento, cinco ou seis anos antes do seu abandono, em 22 de Maio de 1973, uma decisão do comandante do COP 5, o então major Coutinho e Lima, que ainda hoje é objecto de controvérsia. Fotos do nosso saudoso Zé Neto (1929-2007).
Fotos: © Zé Neto / Luís Graça & Camaradas da Guiné (2007). Direitos reservados.
1. O que é prometido, é devido. Limadas algumas arestas (técnicas, comunicacionais e éticas), eis a primeira mensagem (revista e melhorada), enviada, na qualidade de membro da nossa Tabanca Grande (*), pelo camarada
Constantino Costa, que vive em São João da Madeira e que foi um dos bravos de Guileje, tendo pertencido à CCav 8350 (Guileje e Gadamael, 1972/73):
[Fixação / revisão de texto / negritos: L.G.]
Camarada Luís Graça e restantes Camaradas da Guiné,
Nunca foi meu propósito ofender quem quer que fosse (**) e, por isso, considero despropositadas algumas das tuas críticas, bem como a forma, muito pouco educada e deselegante, como os visados reagiram ao teor do meu e-mail (**) .
A razão da sua existência só pretende recordar a alguns dos tertulianos, que
aquilo que se passou em Guileje e Gadamael, foi muito além do que até agora resolveram narrar e que tenho vindo a ler muito atentamente.
Foram omitidos factos importantes que, em meu entender, indirectamente, provocaram a fuga de Guileje. Digo, assumidamente, fuga porque antes mesmo dela ter acontecido, a
actividade operacional do pessoal se limitava, praticamente, ao interior do aquartelamento, registando-se apenas algumas saídas esporádicas.
O tertuliano ex-Alferes
Manuel Reis, mostra algum
esquecimento ao afirmar "não lembrar ao diabo, que eu tivesse elaborado relatórios de patrulhamentos não efectuados e está no
seu pleno direito em tal esquecimento". Mas eu não lhe admito que insinue, que é mentira o que eu afirmo, porque se há alguém que se "esqueceu" não fui eu certamente.
No seguimento, não quero deixar passar em claro a afirmação do ex-Alferes Manuel Reis, de que “essa de elaborar relatórios de patrulhamentos, não efectuados, não lembra ao diabo”, e permito-me dizer que não sou eu de forma alguma responsável pela seu "esquecimento" no que respeita a este assunto. Qualquer pessoa menos atenta no aquartelamento sabia deste facto.
Também não lhe admito a insinuação de que por detrás das minhas afirmações estará alguém a ajustar o tiro. Sou Homem, maior e vacinado, para assumir e me responsabilizar por todos os meus gestos, e por tudo aquilo que afirmo.
Afirma, ainda este tertuliano que em Gadamael, no dia em que o major saiu sob prisão, os soldados o encarregaram, conjuntamente com o ex-Alferes
João Seabra, de falar com ele e
transmitir-lhe a sua solidariedade. E mais, disponibilizando-se para impedir a sua saída o que não corresponde à verdade. É que, caso não saibam, eu também estive em Gadamael.
Mais diz que o major nos convívios é sempre alvo de manifestações de carinho, mas não acrescentou que aos ditos convívios, raramente, comparece mais do que 50% dos efectivos da CCAV 8350.
Apesar desta
declaração de admiração e carinho por parte do ex-Alferes Manuel Reis, este num dos seus e-mails, refere que existem camaradas que discordam da decisão tomada pelo major, em Guilege. Em que ficamos afinal?
Para sua informação (mais uma vez mal informado), estive presente nos convívios efectuados em, Condeixa, Santa Maria da Feira e Pombal. Não são muitos, mas são alguns.
Luís Graça, até aqui creio que as críticas são simples e legítimas!
Num à parte, gostaria de observar que os ex-Alferes João Seabra, Manuel Reis e o ex-Furriel Casimiro de Carvalho, apesar de terem dito que desconhecem a existência da minha pessoa, sabem muito bem a quem se referem mas, por razões óbvias, pretendem fazer crer o contrário o que, diga-se em abono da verdade, pouco me afecta.
O ex-Furriel
Carvalho refere que em relação aos “camaradas mortos em combate eu os devia honrar”.
No meu e-mail, não vejo em parte alguma, qualquer referência menos honrosa aos meus Camaradas mortos em combate. Se o furriel não concorda comigo, terá interpretado mal as minhas palavras, mas isso não lhe concede o direito de insinuar indignamente, que proferi uma única palavra menos correcta para com esses nossos infelizes camaradas e amigos!
Ainda em relação à tão nefasta patrulha, gostaria de saber onde se encontrava o nosso 2º Comandante, que permitiu que os seus homens saíssem para o mato deficientemente armados e só com 12 efectivos.
Ao ex-Furriel Carvalho quero dizer que não pretendo de forma alguma beliscar a sua actuação em Gadamael Porto, que considero muito corajosa, mas concorde comigo, que a referência a actos de coragem, para uma eventual atribuição de medalhas, ou outras condecorações, deve partir de terceiros e não serem referenciadas pelos próprios candidatos às mesmas.
Não é verdade que não tem tido qualquer contenção em referir os seus actos e a sua indignação pelo facto de não se terem lembrado de si?
Sei que se portou com valentia, mas um pouco de modéstia ficava-lhe bem. Admito que não se recorde do que se passou na tal patrulha efectuada em Colibuia, nos arredores do aquartelamento, mas os factos são um pouco diferentes daquilo que relatou, já que a suposta emboscada do IN aconteceu durante a noite, com o pessoal todo a disparar sem nexo, tendo vindo a verificar-se que, afinal, o tal IN, não passava de um bando de macacos.
O outro suposto ataque aconteceu nos arredores de Gadamael, quando um pelotão se encontrava nos arredores do aquartelamento. Ouviram-se, ao longe, alguns disparos e de imediato todo o pelotão fugiu deixando no solo algumas armas, que logo depois foram recuperadas. Aí sim, eram 4 inimigos.
Quanto ás declarações do ex-Alferes
João Seabra, teço as seguintes considerações:
Este tertuliano tenta irónica e depreciativamente referenciar a minha actividade na secretaria da CCAV 8350 e, sobre isso, tenho a dizer que se me encontrava na secretaria, foi porque alguém, com poderes para isso, assim o tinha decidido. E mais, não necessitei de cunhas para alcançar esse
estatuto, muito menos para ser colocado em Bissau. “Creio que aqui, para bom entendedor meia palavra basta”.
Não quero deixar de referir que, para quem tem uma memória tão viva, se esqueça, que eu fui eleito por unanimidade (oficiais, sargentos e praças) como sendo o representante, junto da CCAV 8350, do (tristemente célebre) Movimento das Forças Armadas, com delegação de poderes conferidos pelo então Capitão António Vieira.
Num exemplar acto de exibicionismo (barato) cultural e linguístico o ex-Alferes João Seabra, refere o verbo
omitir como transativo, complemento directo, fazendo alarde dos seus
conhecimentos como se os outros se tratassem de analfabetos ou ignorantes.
Não lhe fica bem a sua vaidade e sede de protagonismo. Antes fica-lhe mal sinceramente!
Quanto a omissões e outras, permito-me questionar-lhes o seguinte:
- Onde estava o 2º Comandante quando o aquartelamento estava a ser atacado pelo IN e todos se recusavam a fazer serviços nos postos de sentinela?
- Onde estava quando era necessário efectuar obras de segurança nos limites do aquartelamento, para protecção da CCAV 8350 e da respectiva população?
- Onde estava(m) quando foi necessário regular o tiro do obus de 14 cm e do morteiro 10,7 cm?
- Onde estava quando algumas mulheres africanas se deslocaram à bolanha para se abastecerem de água e foram atacadas. Não só não lhes foi efectuada a devida protecção, como após o ataque se recusaram a socorrê-las, de imediato, tendo o major de se colocar à frente dos nossos camaradas para que lhes fosse prestado o devido auxílio.
- Onde estava(m) quando o Bari se deslocava pelo aquartelamento, como se de um amigo se tratasse, tendo a protecção do Capitão Abel Quintas e que, mais tarde, se juntou ao IN prestando-lhe informações de vital importância?
- Onde estava(m) quando a força aérea pediu informações sobre os ataques do IN, lhes foi dito que não sabiam de onde aqueles partiam e para bombardearem tudo á volta do aquartelamento?
- Onde estava(m) quando eram elaborados os relatórios de patrulhamentos que nunca foram efectuados? Recordo-lhes que ao contrário do que dizem os abrigos estavam praticamente
intactos.
- Onde estava(m) e quem se recusou a efectuar a protecção ao major, quando este pretendia deslocar-se de Guileje para Gadamael? Alguém foi responsabilizado? Claro que não!
- Quem permitiu que, aquando da fuga de Guileje, lá tivessem sido deixados 2 morteiros de 60 mm, cerca de 10 G-3 e importantes documentos(?) (cartas geográficas militares), que o IN veio, posteriormente, a utilizar?
-Porque é que nos convívios nunca referiram o que na realidade se passou durante a reunião de oficiais na véspera da fuga? Falem sobre isto!
O major Coutinho e Lima alega que, mesmo que chegassem reforços, estes demorariam entre dois a três dias a chegar, e que não conseguiria aguentar o aquartelamento naquelas condições, mas esta sua tese vai por água abaixo, dado que só passados três dias é que o IN invadiu o aquartelamento. Mais diz, que a fuga teve como objectivo evitar um massacre, porque, dizem, o IN se encontrava nas imediações do aquartelamento.
Nada mais errado como se veio então a verificar.
Passados mais de 35 anos, é por demais evidente que alguns procuram tentar justificar um acto que nada teve de digno, e que apenas enxovalhou a honra e dignidade da CCAV 8350, as Forças Armadas Portuguesas e Portugal.
É uma vã tentativa tentar ilibar o major de uma decisão que, essa sim, foi irresponsável e perigosíssima, porque se pensarem bem poderia ter originado um massacre, caso o IN tivesse detectado o nosso movimento de fuga e atacado em força.
O que dirão aqueles que abnegadamente e corajosamente sofreram (e continuam a sofrer), tendo-se mantido nos seus postos e cumprido o seu dever até ao fim? Bem sabem que nem todos fugiram!
O que diriam hoje aqueles que, involuntariamente, perderam a vida em vão, em Guileje e Gadamael? Alguém lhes concedeu uma oportunidade para fugirem também? Que vergonha!
Não critiquem negativa e depreciativamente aqueles que tentam dar as suas visões e pareceres diferentes, nem omitam e deturpem os factos sobre o que aconteceu em Guileje e
Gadamael, adulterando situações como se fossem os únicos donos da verdade, ignorando a lealdade, a realidade e o rigor.
Nunca foi minha intenção ofender ou humilhar quem quer que seja, mas não posso estar calado ouvindo, ou lendo, sobre acontecimentos ocorridos em Guileje e, ou, Gadamael sem dar a minha modesta contribuição no sentido de revelar e esclarecer algumas situações, direi para não ferir susceptibilidades, algo obscuras e confusas.
Não aceito que os ex-Alferes João Seabra e Manuel Reis, cheguem ao ponto de criticarem a actuação dos (então) seus superiores hierárquicos, casos dos Generais António Spínola e Almeida Bruno, do Coronel Rafael Durão, Capitão Ferreira da Silva e outros, como se estes tivessem contribuído de alguma forma para o descalabro de Guileje ou Gadamael. “Convém sacudir a água do capote”.
Antes pelo contrário, o Major Coutinho e Lima, Capitão Abel Quintas, Alferes João Seabra e Manuel Reis (2ºs. Cmdts) agem como Pilatos, lavando as mãos e atribuindo as culpas a terceiros. Não é digno!
O camarada
Luís Graça, entre outras coisas, diz que estranha o teor da minha primeira mensagem, porque eu não me apresentei como devia ser.
Convém esclarecer que além do meu nome, Constantino Costa, indiquei a minha CCAV 8350, como tendo estado ao seu serviço e, ainda mais, que tinha estado em Guileje e Gadamael.Não referi os
Piratas de Guileje apenas devido ao facto da minha aversão à palavra
piratas e a tudo o que ela significa.
Mais diz Luís Graça que fiz acusações gratuitas e graves a antigos camaradas, Major Coutinho e Lima, Cap Abel Quintas, Alferes João Seabra, Alf Manuel Reis e Fur Casimiro de Carvalho, e a isso vou tentar responder a seguir com clareza:
1º. No presente texto continuo a afirmar que foram omitidos, alterados e distorcidos alguns dos factos narrados pelos visados.
2º. Na minha opinião pessoal o Major
Coutinho e Lima nunca esteve à altura do cargo e bem mereceu a punição que lhe foi aplicada, embora eu admita que talvez tenha exagerado, porque, pensando bem, nem tudo o que o Major fez foi mal feito.
Mas convém não esquecer que o Major Coutinho e Lima infringiu gravemente regulamentos militares de então. Não está em causa se tinha ou não motivos para o fazer, é facto que ele desobedeceu a uma ordem legítima do Comandante-Chefe do CTIG.
O Major, e volto a frisar que estas são as minhas opiniões pessoais, não só não tinha o direito de desobedecer, como sequer de questionar essa mesma ordem. “O Cor Rafael Durão é que era o mau da fita”.
3º. Em boa verdade, reafirmo que elaborei relatórios de patrulhamentos, que nunca foram efectuados, sendo assinados pelos comandantes e, posteriormente, enviados para Bissau.
4º. Nas frases por mim proferidas, só falo em oportunismo porque nos vários textos publicados, pelos visados, abundam as referências a actos de heroísmo dos próprios, como se eles tivessem sido os únicos intervenientes nos tão trágicos acontecimentos. Então o resto da Companhia, não estava lá? Se duvidam, releiam os vossos textos.
Não é verdade que a CCAV, tivesse sofrido nove mortos em combate, dado que houve quem morresse afogado, quando tentavam fugir para Cacine. Quem omitiu este facto?
5º. O Fur Casimiro de Carvalho refere que, antes da emboscada fatal disse a dois colegas muito novos, que não partissem juntamente com os 12 colegas para o tal patrulhamento por ter pena dos mesmos.
Compreendo a sua intenção, mas convém sublinhar que mais 2 homens poderiam ter feito diferença que bastasse. Dos 12 homens que saíram, voltaram 8, um deles gravemente
ferido. Isto vem demonstrar, mais uma vez, que na CCAV não havia nem rei nem roque.
Ao contrário do que diz o ex-Alferes João Seabra eu recordo-me muito bem dele, e sempre pensei que fosse uma pessoa recatada e inimiga de protagonismo mas, pelos vistos, enganei-me. É por demais evidente que tem o dom da palavra, da qual usa e abusa, em proveito das suas façanhas descritas.
Com alguma ironia diz que eu fazia alguns biscates como "dactilógrafo" de confiança, mas o que é verdade, é que sempre estive no local dos acontecimentos, não necessitando de uma qualquer cunha para ser colocado em Bissau.
Também se esquece de referir que dada a recusa de alguns (muitos), a efectuarem postos de sentinela durante os cerrados ataques do IN, recorriam ao tal "dactilógrafo" para o fazer.
Mais ignora que visto ninguém querer fazer fogo com o morteiro de 60 mm, o colocaram nas mãos do tal "dactilógrafo". Mais esquece que, quando quase todos abandonavam Gadamael Porto, esse "dactilógrafo" conseguiu convencer alguns a regressar e não o viu no local.
Quanto às omissões creio que, quem se der ao trabalho de ler o meu texto, comprovará que são muitas.
É claro que não fazia parte do seu pelotão (ainda bem), mas como não sou surdo e os seus homens não eram mudos. As notícias espalhavam-se e por isso se sabia que os patrulhamentos não eram efectuados até ao local indicado. Por favor, não queira "tapar o sol com uma peneira".
Também é facto que o ex-alf João Seabra não fugiu de Gadamael, mas a verdade é que raramente era visto juntos dos subordinados.
Em 1 de Junho de 1973, o ex-Alferes Manuel Reis encontrava-se em Gadamael e também é verdade que, nessa data, aí estava colocada uma Companhia de Pára-quedistas. Creio
que as datas a que se refere são de pouca relevância.
Quem tivesse estado próximo do rio de Gadamael, facilmente se teria apercebido que aí se encontravam oficias e sargentos das duas companhias, e alguns deles acabaram por atravessar o rio em direcção a Cacine.
Um último comentário me merece a sua narrativa sobre a emboscada tida a cerca de 2 quilómetros do aquartelamento, onde diz que chegou a fazer fogo com um LGF, apanhou
um morteiro de 60 mm e ainda quebrou a G-3 ao atirar-se para um buraco. Desculpe-me, mas aqui está uma cena para dizer que não se tratava de um simples militar, mas de um autêntico
Rambo.
Com actos como e descrito, bastavam meia dúzia de militares do calibre do ex-Alf João Seabra para, em pouco tempo, termos derrotado o IN e só foi pena que não tivesse agido assim, quando podia e devia tê-lo feito.
O que penso do Major
Coutinho e Lima tem a ver essencialmente com o facto de ter sido o autor do primeiro e único abandono das tropas portuguesas de um quartel militar, desgraçando o bom nome (constantemente enxovalhada) da Companhia de Cavalaria 8350, e por conseguinte o dos seus sacrificados militares.
Desobedeceu a uma ordem legítima dada pelo seu superior directo, desonrou as forças armadas e, agora, tem tentado captar a simpatia e colaboração daqueles que não mereceu comandar. Pode o major Coutinho e Lima dizer o que disser, mas muitos sabem, e jamais esquecerão, o que se passou em Guileje, apesar de todas as tentativas orquestradas nesse sentido.
O major Coutinho e Lima acusa-me de pretender protagonismo, mas não sou eu que tenho andado de convívio em convívio e a publicar em livro a versão, para si mais conveniente, numa vã tentativa de convencer tudo e todos de que na verdade a decisão de fugir de Guileje foi uma atitude heróica (como já li), e que dignificou, assim, não só os militares da CCAV 8350, como as Forças Armadas Portuguesas.
Porque é que o major Coutinho e Lima não relata no seu livro que uma parte da população de Guileje não queria abandoná-la? O major sabe que isto é verdade!
O major Coutinho e Lima acha que tomou a atitude correcta sabendo que em breve iria ser substituído?
Se tivesse acontecido um massacre o major assumiria a responsabilidade?
O major afirma que foi o Capitão Abel Quintas, que proferiu a tristemente célebre frase: “O aquartelamento está cercada por todos os lados”. Onde se encontrava então o Capitão Abel Quintas?
O major Coutinho e Lima pode reunir inúmeras qualidades pessoais, mas eu considero que, como militar, não cumpriu. Peço-lhe, humilde e sensatamente, que se remeta ao silêncio.
O major fala em propaganda que eu talvez não mereça, no entanto quero dizer-lhe que por três vezes estive presente em almoços convívios da CCAV 8350 e estive tentado a
cumprimentá-lo, mas tê-lo-ia feito pela pessoa, não como militar.
Com toda a franqueza lhe digo que tenho muito orgulho por ter sido militar (soldado), em serviço na Guiné. O mesmo não diria se tivesse sido Comandante do COP. Também é verdade que nunca o senhor foi ilibado, mas sim amnistiado, o que é bem diferente.
Porque é que noutras zonas, os militares altamente massacradas pelo IN, diariamente, não abandonaram as suas instalações e se mantiveram firmes nas suas posições, apesar de terem sofrido um elevado número de feridos e mortos?
Admitam que a avaliação da situação em Guileje foi prematura e que o IN não concentrava a maior parte das suas forças nas proximidades do quartel, assim como admitam também, era possível resistir durante mais alguns dias até á chegada de reforços.
A aviação não sabia para onde havia de fazer fogo ou largar as bombas, porque não tinha as necessárias indicações precisas de quem as havia de ter.
Ninguém saia do quartel excepto um grupo de africanas, para se abastecer de água sem que lhe fosse concedida a devida protecção.
Quase todos se recusavam a fazer turnos de sentinela e tiveram de recorrer ao "dactilógrafo biscateiro”.
Ao
General Spínola são feitas acusações gratuitas e covardes. Deixem a sua memória em paz, por favor.
Em 21/Maio/1973, o major Coutinho e Lima, regressou de Gadamael, salvo erro, com a protecção de 2 grupos de combate e chegou ileso a Guileje, isto apesar de dizerem que Guileje estava cercada.
Durante a fuga de Guileje um africano bateu com um pau numa colmeia de abelhas e alguns gritaram que era o IN, sendo o suficiente para que grande número de militares fugissem em debandada largando as armas no meio de um grande alarido. Onde estava o IN então?
Quantas vezes o grupo de serviço ao abastecimento de água se deslocava entre 3 a 4 km e, apesar do que afirmam, apenas alguns iam armados. Agora alguns dizem que o
abastecimento de água se efectuava sob fortes medidas de segurança. Nada mais falso!
Todos sabemos que o Cor
Rafael Durão recebeu ordens para comandar o COP em substituição do Major Coutinho e Lima. O Cor Rafael Durão já se encontrava em Gadamael quando lá chegámos, pronto para seguir viagem para Guileje. Alguém acredita que um homem de confiança, e braço direito do Gen Spínola, após analisar a situação em Guileje, não informaria de imediato o Comando-Chefe e este rapidamente não enviaria reforços ?! No mínimo, peço menos leviandade na análise da situação de Guileje.
Haja a humildade de reconhecer que não haviam reais motivos, para se abandonar Guileje e que este reconhecimento mais dignificaria aqueles que contribuíram para o enxovalhamento da Ccav 8350 e das Forças Armadas Portuguesas, contribuindo para humilhação e total desrespeito daqueles que deram o seu melhor em prol dos seus camaradas e amigos, e população.
A ausência de evacuações dos feridos foi um mau pretexto para se anularem as saídas para o mato em acções de patrulhamento, o que permitiu ao IN efectuar incursões esporádicas nas imediações do aquartelamento. Se, anteriormente, as acções de patrulhamento eram reduzidas, então a partir de determinada data foram pura e simplesmente anuladas.
Como já antes referi não é verdade que Guileje estivesse reduzida a escombros dado que de todos os abrigos só um foi atingido, sem que daí resultasse qualquer vítima.
Gostaria de salientar que durante o 1º. trimestre de 1973 as nossas tropas sofreram 135 mortos em combate e só Guileje foi abandonado. Em Guidage morreram 39 militares, mas os sobreviventes continuaram no seu posto, contrariados ou não.
Em Gadamael, apesar das baixas mortais e das deploráveis condições de sobrevivência, alguns (bravos) permaneceram no seu posto.
O Major Coutinho e Lima sabia que o COP tinha como objectivo fazer face ao previsível agravamento da guerra no sul da Guiné. Que medidas tomou?
O Cap
Manuel Monge também pediu autorização para abandonar Gadamael, mas como lhe foi negada autorização, não deu ordem de retirada. Fraco ?
Permitam-me que relembre que, quando o IN fazia fogo para o aquartelamento, daí se recusavam a fazer fogo para não denunciarem as suas posições. Tínhamos potentes obuses de 14 cm (?) e não respondíamos ao fogo IN (isto não lembraria ao próprio diabo).
Em 22-02-1973,
Casimiro de Carvalho, escreve que tem “havido poucas saídas para o mato”.
Em 21-03-1973, Casimiro de Carvalho, escreve que “cada vez há menos patrulhas e que é quase só dormir e efectuar tarefas dentro do quartel”.
Em 25-03-1973, novamente, Casimiro de Carvalho, diz haver ordem de saída que foi anulada talvez porque estivesse marcado algum jogo de futebol.
Durante os bombardeamentos a Guileje os artilheiros raramente se atreviam a sair dos abrigos. Entre 19 e 21-05-1973, foram efectuadas 14 missões pela força aérea sem que o major as refira no seu livro.
No seu livro o major refere que em Guileje só houve uma baixa em combate, o que não é verdade.
Num aparte permito-me observar camarada Luís Graça, que sobre as minhas palavras teceste algumas considerações menos correctas, mas não te vi tão interessado em questionar os visados pelas suas declarações, que não passam de
filmes para não admitir o cabal esclarecimento sobre os factos na reconstituição da história de Guilege.
As afirmações do ex-Alf Manuel Reis roçam o insulto e em nada dignificam o seu autor. Ele não admite que se discorde da "sua" verdade?
Em que pensava o ex-Alf João Seabra, ao entregar alguns documentos ao Nuno Rubim, e lhe disse, “para não dar como bom tudo o que lhe contou sem exame crítico e confronto com outras fontes”. Contradição?
Quem afirmou que a sua amizade com o Major Coutinho e Lima poderia prejudicar a sua real análise sobre os acontecimentos de Guileje?
Chegam ao cúmulo de afirmar que o IN acertou em quase todas as instalações de Guileje o que está longe da verdade. Só um abrigo foi ligeiramente atingido.
O ex-Alf João Seabra afirma que o aquartelamento de Guileje praticamente não tinha valas, mas o quê, ou quem, o impediu que tais valas fossem previamente executadas, não foi ele 2º. Cmdt?
Em caso de assalto ao quartel de onde é que se ripostaria, dado que os abrigos só possuíam entrada/saída?
Lamento que toda a sua argúcia, discernimento, capacidade de análise e poder de decisão, não tivessem sido utilizadas em Guileje.
Dizem que raramente tinham o apoio da força aérea, mas ao mesmo tempo afirmam que durante as colunas de abastecimento se encontrava, na pista de Guileje, uma DO-27 armada com roquetes e foguetes. Palavras do ex-alferes João Seabra.
Durante a emboscada sofrida pelo 2º Grupo do quartel fizeram fogo com o morteiro 10,7 cm, mas de imediato foi mandado suspender o fogo dado que as granadas caíram muito próximo dos homens emboscados. O seu especialista (Furriel Neves) encontrava-se entre o grupo emboscado. Como se compreende que tenha saído para o mato? Regular o tiro? Não foi efectuada a regulação de tiro do morteiro 10,7 cm? De quem foi a (ir)responsabilidade de ordenar a sua saída?
Infelizmente o passeio acabou em tragédia, com vítimas mortais. Foram atribuídas responsabilidades? É claro que não!
O obus de 14 cm também não fez fogo porque, também, ainda não tinha sido efectuada a sua regulação de tiro.
O protagonismo (?) do ex-Alf João Seabra vai ao ponto de, na sua narrativa sobre a referida emboscada, já ter tido o discernimento de poder constatar (deduzir) que o IN não praticou um grande feito de armas dado que, com um pouco de mais de 12 homens (o que demonstra que não sabia quantos homens tinha o seu grupo), sem esquecer que também se encontrava no local o grupo de combate do ex-Alf Manuel Reis (comandados por um alferes), que o IN (nas suas palavras) tinha a obrigação de os abater a todos. O mesmo afirma que apesar de não ter avistado o IN, aqueles deviam ser entre 40 a 70(57%).
O major Coutinho e Lima, no seu livro, refere que na dita emboscada participaram cerca de 100 elementos do IN. Porque não 1.000?
Ainda diz que se tivesse avançado teria sido uma carnificina. A que documentos recorreram para afirmarem que a artilharia de Guileje estava inoperacional?
Ao longo de mais de 35 anos tenho estado em contacto com alguns camaradas de Guilege e Gadamael (CCAV 8350 / Pel Art / Comp Pára-quedistas) e todos aceitam como verídica a minha versão dos factos ocorridos naqueles locais.
É indecente insinuar que estou a mando de alguém, quando só pretendo corrigir e acrescentar alguns factos, o que não teria feito se a vossa narração tivesse sido mais rigorosa.
Chegou-se ao ponto de, irresponsavelmente, se deixar de efectuar patrulhamentos pelo facto de não estarem reunidas condições de garantia, para evacuação de feridos e, com
isso, se permitiu que o IN se aproximasse do aquartelamento em pequenos grupos. Houve aqui sensatez?
Por conveniência, também se têm socorrido de relatórios referentes a operações que não passaram do papel.
Continuo a afirmar que foram inúmeras as vezes que as patrulhas ficarem aquém do local indicado, e tanto é verdade que ligavam para o quartel a indicarem o local onde estavam, para que dali não fizessem fogo (bater a zona) para o local indicado.
Um dos intervenientes em Gadamael (Sarg pára
Carmo Vicente), também tece considerações nada elogiosas para a CCAV 8350, assim como sobre muitos dos intervenientes na guerra travada na Guiné.
Carmo Vicente, entre outras coisas, afirma que todos os militares apoiaram o Major Coutinho e Lima, o que não corresponde à verdade. Só pode ser um reflexo das suas ideias infectadas por alinhamentos político-partidários com certeza.
Na sua análise sobre a guerra na Guiné a sua
cegueira política em relação a diversos intervenientes retirou-lhe o discernimento, para efectuar comentários justos e imparciais.
Carmo Vicente é um homem cheio de ódio e amargura, o que não lhe permite distinguir os bons dos maus, atacando tudo e todos.
Numa das suas crónicas (1985) refere que os botes servidos para evacuar feridos, foram assaltados por uma avalanche de desertores. Sugiro-lhe que tenha a hombridade de mencionar o número de desertores das Companhias de Pára-quedistas instaladas em Gadamael. Ou nega a sua existência?
Não posso deixar de referir os filmes e documentários ultimamente exibidos, tão plenos de falsidade que me causa revolta e repugnância.
Luís Graça, dizes que tenho dificuldade em lidar com o contraditório, mas permite-me corrigir-te dizendo-te que, o que me custa, é lidar com omissões, ou versões imprecisas e incorrectas, criadas por pessoas que não admitem que estão erradas.
A verdade dos acontecimentos não pode ser exclusiva do ex-Major Coutinho e Lima, ex-Cap Abel Quintas e ex-Alferes João Seabra e Manuel Reis.
No meio de tudo isto o Casimiro de Carvalho (que foi um valente), tem sofrido uma
lavagem ao cérebro. Esse sim, lutou com valentia!
Luis Graça, o meu acompanhamento da evolução do blogue, permite-me dizer-te que denotei alguns sinais teus de
proteccionismo e parcialidade, para com alguns elementos da tabanca e as suas versões. Não pode ser assim. Tens que ser 100% imparcial, de modo a criar admiração, confiança e condições, que motivem a aderência de outros camaradas nossos ao blogue.
Estranho que no teu e-mail aludas ao facto de não seres obrigado a reproduzir os meus esclarecimentos e por isso permito-me reparar que também não creio seres obrigado a publicar qualquer outro esclarecimento, venha ele de quem vier. Enfim, critérios!
Ao visitar o teu blogue qualquer pessoa mais atenta notará que muitos dos tertulianos ainda não enviaram as respectivas fotografias e por isso me surpreende tanta insistência.
Tenho falado com camaradas que manifestam interesse em participar no blogue, mas eles temem sentir-se diferenciados dos restantes camaradas bloguistas.
Repito que para demonstrar que estou de amizade e boa fé, peço para aderir como novo camarada tertuliano, para o que enviarei as fotos solicitadas.
Termino esta mensagem reservando-me ao direito de nunca mais tornar a
incomodar o pessoal com este assunto. Pela minha parte, sobre esta negra fase da guerra relativa a Guileje e Gadamael, está tudo dito.
Agradeço a publicação deste meu e-mail.
Mais agradeço a atenção dispensada, desejando a todos os Camaradas da Guiné felicidades e boa sorte.
Constantino Costa
2. Comentário de L.G.:
Troquei com o Constantino alguns mails e falámos ao telefone, antes de chegarmos até aqui, até ao dia de hoje. Passámos a conhecermo-nos melhor e sobretudo a comunicar melhor. Ainda ontem lhe telefonei para reforçar os meus votos de boas vindas à nossa Tabanca Grande.
Não vou aqui dar conta das nossas conversas privadas (ou de bastidores). Ele tinha evocado, inicialmente, o seu direito de resposta (aos comentários que lhe foram feitos no bogue) e eu pus-lhe algumas condições prévias. Primeiro, reiterei o meu convite para ele integrar, de pleno direito, a nossa Tabanca Grande, o que significava também respeitar as nossas regras de convívio. O que ele aceitou, mau grado algumas reservas iniciais. Por minha parte, procurei esforçar-me por convencê-lo de que aqui, no blogue, não sou (nem posso ser) o advogado de defesa de ninguém. Claro que
os amigos e camaradas da Guiné também são meus amigos e camaradas.
Por outro lado, também era importante que o Constantino percebesse que o nosso blogue não pode transformar-se num tribunal em que se julgam os veteranos de guerra, e em que há uns que são os juízes, os outros os acusadores e um terceiro grupo os réus…
Aqui não há juízes, nem acusadores nem réus. O que não quer dizer que a gente não possa discordar, uns dos outros, na apreciação e até no relato dos factos que respeitam à Guiné e à guerra no período de 1963/74…
Ficou, claro, para nós, que uma das regras de ouro do nosso blogue (mas também mais difíceis de cumprir por todos nós) é a manifestação serena mas franca dos nossos pontos de vista, evitando deliberadamente as picardias, as polémicas acaloradas, as interpelações pessoais, os insultos, a violência verbal...
Voltando ao discurso directo:
Meu caro Constantino, Guileje / Gadamael é, para ti e para todos nós, um dossiê doloroso… (Chamaste-lhe a
fase negra da guerra...). Sobre Guileje temos, no nosso blogue, mais de 220 referências (postes com a palavra-chave Guileje), contra pouco mais de 60 sobre Guidage e 70 sobre Gadamael (***)... Estamos à beira da saturação do tema. E dificilmente chegaremos a um consenso sobre alguns dos pontos mais controversos da resposta das NT à ofensiva desencadeada pelo PAIGC, em Maio / Junho de 1973 (Op Amílcar Cabral).
O teu depoimento é mais uma peça importante de um protagonista dos acontecimentos… Agradeço o esforço (notável) que fizeste por o tornar aceitável, para efeitos de publicação no nosso blogue, eliminando ou corrigindo imprecisões e excessos de linguagem.
Todos nós - tu, na CCav 8350, eu, na CCaç 12 - em épocas diferentes, em sítios diferentes temos boas e más recordações, dos sítios, das gentes, dos camaradas, dos superiores hierárquicos... Tínhamos e temos (ainda) hoje diferentes versões da guerra e da sua legitimidade... Mais: não temos que ter a mesma leitura da história, nem dos acontecimentos, nem do antes em do depois... Se calhar temos ainda contas para ajustar do tempo da guerra... Eu tinha, já perdoei, mas não esqueci...
Não te pedi (nem peço) para ser
politicamente correcto. Nem a ti nem a ninguém, seria matar o blogue... Peço apenas aos meus camaradas da Guiné que contem a sua história, a sua versão dos acontecimentos de que foram protagonistas ou testemunhas, com objectividade, assertividade, autenticidade, honestidade intelectual, etc., valorizando os factos e recusando fazer juízos de valor sobre o comportamento (humano e operacional) dos camaradas que estão vivos...
Meu caro Constantino, estamos hoje de acordo sobre este e outros pontos: a entrada pela via da polémica da insinuação e da interpelação pessoal (na tua mensagem original, dirigias-te várias vezes aos teus camaradas, nestes termos:
o senhor isto, o senhor aquilo) também não era a melhor maneira de darmos início a uma relação que se queria(quer) no mínimo civilizada, e se possível amistosa.
Como o mundo é pequeno e o nosso blogue é grande, dir-te-ei apenas: até logo, camarada!
__________
Notas de L.G.:
(*) 2 de Julho de 2009 >
Guiné 63/74 - P4625: Tabanca Grande (157): Constantino Costa (CCAV 8350, Guileje e Gadamael, 1972/74)
(**) Vd. 5 de Maio de 2009 >
Guiné 63/74 - P4282: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (11): Heróis... (Constantino Costa, Sold CCav 8350, 1972/74)
[Inclui comentários de: Coutinho e Lima, J. Casimiro Carvalho, João Seabra, Manuel Reis]
Vd. postes anteriores desta série:
14 de Maio de 2009 >
Guiné 63/74 - P4344: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (12): Homenagem dos Homens Grandes de Guiledje a Coutinho e Lima (Camisa Mara / TV Klelé)
1 de Maio de 2009 >
Guiné 63/74 - P4271: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (10): Respondendo ao João Seabra (António Martins de Matos)
23 de Abril de 2009 >
Guiné 63/74 - P4239: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (9): Eu, a FAP, o BCP 12 e a emboscada de 18 de Maio (João Seabra)
24 de Janeiro de 2009 >
Guiné 63/74 - P3788: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (1): Depoimento de Manuel Reis (ex-Alf Mil, CCav 8350)
24 de Janeiro de 2009 >
Guiné 63/74 - P3789: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (2): Esclarecimento adicional de Manuel Reis (ex-Alf Mil, CCav 8350)
25 de Janeiro de 2009 >
Guiné 63/74 - P3790: Dossiê Guileje / Gadamael (3): "Um precedente grave" (Diário, Mansoa, 28 de Maio de 1973) ... (António Graça de Abreu)
27 de Janeiro de 2009 >
Guiné 63/74 - P3801: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (4): Cobarde num dia, herói no outro (João Seabra, ex-Alf Mil, CCav 8350)
29 de Janeiro de 2009 >
Guiné 63/74 - P3816: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (5): Strellado nos céus de Guileje, em 25 de Março de 1973 (Miguel Pessoa, ex-Ten Pilav)
1 de Março de 2009 >
Guiné 63/74 - P3954: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (6): A posição, mais difícil do que a minha, do Cap Cmd Ferreira da Silva (João Seabra)
4 de Março de 2009 >
Guiné 63/74 - P3982: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (7): Ferreira da Silva, ex-Capitão Comando, novo comandante do COP 5 a partir de 31/5/1973
15 de Março de 2009 >
Guiné 63/74 - P4035: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (8): Amigo Paiva, confirmas que fomos vítimas de ameaças e pressões (Manuel Reis)
23 de Abril de 2009 >
Guiné 63/74 - P4239: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (9): Eu, a FAP, o BCP 12 e a emboscada de 18 de Maio (João Seabra)
1 de Maio de 2009 >
Guiné 63/74 - P4271: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (10): Respondendo ao João Seabra (António Martins de Matos)
14 de Maio de 2009 >
Guiné 63/74 - P4344: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (12): Homenagem dos Homens Grandes de Guiledje a Coutinho e Lima (Camisa Mara / TV Klelé)
(***) Já agora, para além de Guileje (220), Gadamael (70) e Guidaje, aqui vão os outros sítios mais citados no nosso blogue (não se inclui a I Série, de Abril de 2005 a Maio de 2006):
Bambadinca: 200
Bissau: 136
Missirá: 88
Mampatá: 85
Gandembel: 84
Cufar: 83
Catió: 63
Bafatá: 60
Nhacra não conta: as 200 citações que vêm nas estatísticas, referem-se a rascunhos, postes não publicados; resulta de um erro de sistema, que lentamentre tem vindo a ser corrigido. A seguir a a Guileje e a Bambadinca, o marcador do nosso
top ten é Tabanca Grande, com 156 referências...