Pieter Bruegel (ou Brueghel), o Velho ) (Breda, c. 1525-1530 - Bruxelas, 1569) > Provérbios flamengos (1559).
Fonte: Wikimedia Commons, com a devia vénia...
Autobiografia: com Bruegel, o Velho, domingo à tarde [em 100 pictogramas]
Texto (inédito):
© Luís Graça (2005). Todos os direitos reservados.
(Continuação) (*)
[...] 1. Domingo à tarde… Sempre detestaste os domingos à tarde: ou chovia ou fazia vento e um cão uivava na vinha vindimada do Senhor. Nada acontecia, no domingo à tarde, e até o tempo parava no relógio, sonolento, da torre da igreja da tua aldeia.[...]
61. Ah!, põe aí na tua petite histoire de vie o bife ao domingo com batatas fritas e ovo a cavalo [1], pequeno luxo da gente remediada, chegaste a ganhá-lo, ao bife, no Chico do talho, e ao lado a tasca onde pontificava a matriarca, a ti Clorinda... que tresandava a iscas com elas, a vinho tinto carrascão, a serradura, a carvão..., em troca de uma pirueta contra a parede, menino com vocação circense, era de pequenino que se torcia o pepino, a espinha cervical, a rabeca e o violino, enquanto o gaiteiro da Atalaia acompanhava o círio do Seixal até ao santuário do Senhor Bom Jesus do Carvalhal, as carroças e os burros engalanados de flores.
Ainda hoje tens um fascínio pelo som encantatório da gaita de foles, pelos círios, pelas romarias, pelos bombos, pelas festas do povo, com exceção dos foguetes, dos cães, dos doidos e do alvoroço do povo… (Não, nunca gostaste de foguetes, de doidos e sobretudo do alvoroço do povo, açaimado pelos mastins dos ricos e poderosos).
Igreja do Santuário do Senhor Bom Jesus do Carvalhal (séc. XIX), Carvalhal, Bombarral. Fonte: Cortesia da página do Facebook. |
62. Mas também havia bruxas, diziam, como, mais tarde, a bruxa de são Bartolomeu dos Galegos, ou Samertlameu, que o povo não falava fino nem esdrúxulo, como o padre, a professora ou o homem de leis: não dizia rapariga mas "priga", não dizia cooperativa, mas "comprativa", nem fêvera mas "fêbra", nem boroa mas "broa" nem chicharro mas "xarro"… nem raia mas "arraia"…nem tuberculoso mas "trabecloso" nem piaçaba mas "piaçá".
O santo, o sã Jorge, que pisava a seus pés um diabo negro como o carvão, que da peste, da fome, e da guerra e do bispo da nossa terra, libera nos, Domine!
Quem não se livrou, da desonra e da desgraça, foi o sacristão, que se mataria num poço, por maldição, diziam os vizinhos, talvez invejosos e maldizentes, depois de roubar ao mafarrico uma nota de vinte paus, um santo antoninho, deixada por um qualquer pagador de promessas, a mando da bruxa da terra. O dinheiro do diabo é sagrado, tanto ou mais que o pão que o diabo amassa e que os pobres comem!... O sacristão tinha a obrigação de saber isso.
63. E no 1º de dezembro,
A defenestração do Miguel de Vasconcelos
em 1/12/1640. Imagem de banda desenhada,
cuja autoria não conseguimos apurar.(M. Gustavo?
|
Sabias lá tu quem era o Franco, o Salazar e os demais grandes deste mundo!...
Fazia frio, de tremer o queixo, nas efemérides do 1º de dezembro de 1640, e ias agarrado ao capote do teu pai, a gritar morte ao traidor Miguel Vasconcelos:
- Vais Com Cuspo e Selo, Vais! Morte a Castela e aos seus serviçais!
Salazar, ilustração de Emérico Nunes. In: Livro de Leitura da 3ª classe (4º edição,Porto Editora, 1958, p. 177) |
"Portugueses, celebremos
O dia da Redenção,
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação."
Nem o comandante de castelo da Mocidade Portuguesa, que era barra em história, nem a "Branca de Neve", a tua catequista, que tinha as maminhas mais lindas das meninas da igreja, nem muito menos os estúpidos do "Brutamontes" e do "Frasco do Veneno", que odiavam a escola.
64. Sabias lá tu, meu menino, quem era a pátria, e o pai e a mãe da pátria?! E os seus heróis, os seus filhos, mais do que homens, menos do que deuses, sabias lá tu quem eram eles, os heróis e os traidores, e os progenitores da pátria, os pais-fundadores!...
Em boa verdade, nunca tinhas visto a pátria, ao vivo, em carne e osso. E só saberias do traidor Miguel de Vasconcelos, mais tarde, da lições de História de Portugal, resumidas, ilustradas e explicadas às crianças.
65. Sabias lá tu quem era o senhor, professor, doutor, Salazar, o salvador da pátria, só conhecias o rapa-tudo, a espátula, o salazar, que a tua mãe usava na cozinha quando fazia bolos!
Não sabias, pois claro, mas tinhas-lhe medo, ao cara de pau, de nariz aquilino, especado na parede da tua escola do Conde de Ferreira, olhando-te de soslaio, vigiando-te e punindo-te, que os símbolos do poder eram como o código de barras da zebra: ou memorizas ou morres, logo à primeira, mal nasças, ó zebrinha!
De um lado, o Craveiro Lopes, que irá a marechal de opereta, e do outro o Salazar, (ou era ainda o Óscar Carmona, esse sim, o marechal de bigodes farfalhudos ?!)
66. Não te esqueças dos nomes dos altos magistrados da Nação que te podem perguntar, lá em Lisboa, no exame da admissão, algum senhor professor de óculos de aros de casca de tartaruga!
Madruga, meu rapaz, madruga, para um dia chegares a ser homem, homem com H grande!
Não te perguntaram por eles, os altos magistrados, no liceu Dom João de Castro, no exame de admissão ao liceu, mas pelos reis de Portugal, nomes, cognomes e moradas: desde o Dom Afonso Henriques, o Conquistador, que morava no castelo de Guimarães, ao Dom Manuel II, o Desaventurado, que vivia em Lisboa, no Palácio das Necessidades, e que depois seguiu para o exílio, coitado, tão novo. Passou um dia pela terra, em 1908, no 1º centenário da batalha do Vimeiro, mas não dormiu lá, na tua aldeia, que era um perigoso coito, diziam, de republicanos.
E tu sabias tudo isso na ponta da língua, os nomes dos reis, cognomes e moradas! Tal como os rios de Portugal, e todos os seus afluentes, e as linhas e estações de caminho de ferro, coisa que nunca tinhas visto, a estação mais próxima era no Outeiro da Cabeça. E todas as serras de Portugal, por ordem decrescente de altura.
67. Naquele tempo não havia fax, nem correio azul, nem internet, e o telefone era um luxo, e o tempo era uma eternidade, e a eternidade, nesse tempo, não tinha história, muito menos no domingo à tarde, em que nada acontecia e um cão gania na vinha vindimada do Senhor, e até o tempo parava no relógio, sonolento, da na torre sineira da igreja da tua aldeia.
Havia o telégrafo… Mas, se calhar nunca souberam, lá na tua terra, que o Carmona tinha morrido em 1951, e que no palácio cor de rosa, em Belém, na capital, a três horas de camioneta, ronceira, a do João Henriques, de Torres Vedras, sucedera-lhe um tal Craveiro Lopes, legionário e aviador, mais tarde substituído por um marinheiro, a quem o povo chamará otário…
68. Na tua terra, só conhecias um carteiro, de resto teu amigo, mais tarde, na tua juventude, velho jarreta, monárquico dos quatro costados, ou não fora ele afilhado da Viscondezinha, filha do Visconde, senhor deputado da Nação, nobilitado, seguramente o senhor mais importante da tua aldeia, dono de terras que trepavam por montes e vales, até aos cabeços dos moinhos e às falésias do mar, no tempo em que el-rei de Portugal, dos Algarves e de Além-Mar, ainda tinha trono e coroa e cabeça e bigode façanhudo e sabre e império e palácio e rainha e real amante e tudo, e uma ninhada de infantes, legítimos e ilegítimos.
69. E, havendo um só carteiro, como é que se poderiam distribuir, a tempo e horas, todas as notícias do mundo, as boas e as más, pelas casas e casebres das pessoas, boas e más, do Estado Novo e do reviralho, incluindo malhados, pedreiros livres, jacobinos, republicanos, ateus, anarquistas, maçónicos e comunistas, sobretudo estes, que eram gentalha que na tua terra não existia (ou nunca poderia existir, vá-se lá a saber porquê) ?!
No tempo em que a falta de notícias já era uma boa notícia, que as más, essas, corriam depressa, tal como a doença, que vinha a cavalo, e ia a pé.
70. Ah!, o terrível dilema da salvação da alma, e o pai-patrão de todos nós, e a feira anual, e a barraca onde só iam os homens feitos, ó freguês, vai um tirinho!, e as virtuosas mães que, por engano, por ali passavam, persignavam-se, como se tivessem visto o diabo em figura de gente, coravam, murmuravam, cochichavam, benziam-se, tapavam a cara e, por entre as frestas das mãos, lançavam olhares de fogo, como os dragões, sobre a cortina do pecado.
Um dia irias descobrir o terrível mistério que escondia a barraquinha da feira, no tempo em que ainda havia casas de passe no teu país, com letreiro à porta: A puta não putes, e a ladrão não furtes. Ou então: gado e lazeira andam de feira e feira. Gado bravo, dizia a tua mãezinha, horrorizada, arrastando-nos rapidamente dali para fora...
__________
Nota do editor:
Em boa verdade, nunca tinhas visto a pátria, ao vivo, em carne e osso. E só saberias do traidor Miguel de Vasconcelos, mais tarde, da lições de História de Portugal, resumidas, ilustradas e explicadas às crianças.
65. Sabias lá tu quem era o senhor, professor, doutor, Salazar, o salvador da pátria, só conhecias o rapa-tudo, a espátula, o salazar, que a tua mãe usava na cozinha quando fazia bolos!
Não sabias, pois claro, mas tinhas-lhe medo, ao cara de pau, de nariz aquilino, especado na parede da tua escola do Conde de Ferreira, olhando-te de soslaio, vigiando-te e punindo-te, que os símbolos do poder eram como o código de barras da zebra: ou memorizas ou morres, logo à primeira, mal nasças, ó zebrinha!
De um lado, o Craveiro Lopes, que irá a marechal de opereta, e do outro o Salazar, (ou era ainda o Óscar Carmona, esse sim, o marechal de bigodes farfalhudos ?!)
66. Não te esqueças dos nomes dos altos magistrados da Nação que te podem perguntar, lá em Lisboa, no exame da admissão, algum senhor professor de óculos de aros de casca de tartaruga!
Madruga, meu rapaz, madruga, para um dia chegares a ser homem, homem com H grande!
Não te perguntaram por eles, os altos magistrados, no liceu Dom João de Castro, no exame de admissão ao liceu, mas pelos reis de Portugal, nomes, cognomes e moradas: desde o Dom Afonso Henriques, o Conquistador, que morava no castelo de Guimarães, ao Dom Manuel II, o Desaventurado, que vivia em Lisboa, no Palácio das Necessidades, e que depois seguiu para o exílio, coitado, tão novo. Passou um dia pela terra, em 1908, no 1º centenário da batalha do Vimeiro, mas não dormiu lá, na tua aldeia, que era um perigoso coito, diziam, de republicanos.
E tu sabias tudo isso na ponta da língua, os nomes dos reis, cognomes e moradas! Tal como os rios de Portugal, e todos os seus afluentes, e as linhas e estações de caminho de ferro, coisa que nunca tinhas visto, a estação mais próxima era no Outeiro da Cabeça. E todas as serras de Portugal, por ordem decrescente de altura.
67. Naquele tempo não havia fax, nem correio azul, nem internet, e o telefone era um luxo, e o tempo era uma eternidade, e a eternidade, nesse tempo, não tinha história, muito menos no domingo à tarde, em que nada acontecia e um cão gania na vinha vindimada do Senhor, e até o tempo parava no relógio, sonolento, da na torre sineira da igreja da tua aldeia.
Havia o telégrafo… Mas, se calhar nunca souberam, lá na tua terra, que o Carmona tinha morrido em 1951, e que no palácio cor de rosa, em Belém, na capital, a três horas de camioneta, ronceira, a do João Henriques, de Torres Vedras, sucedera-lhe um tal Craveiro Lopes, legionário e aviador, mais tarde substituído por um marinheiro, a quem o povo chamará otário…
68. Na tua terra, só conhecias um carteiro, de resto teu amigo, mais tarde, na tua juventude, velho jarreta, monárquico dos quatro costados, ou não fora ele afilhado da Viscondezinha, filha do Visconde, senhor deputado da Nação, nobilitado, seguramente o senhor mais importante da tua aldeia, dono de terras que trepavam por montes e vales, até aos cabeços dos moinhos e às falésias do mar, no tempo em que el-rei de Portugal, dos Algarves e de Além-Mar, ainda tinha trono e coroa e cabeça e bigode façanhudo e sabre e império e palácio e rainha e real amante e tudo, e uma ninhada de infantes, legítimos e ilegítimos.
69. E, havendo um só carteiro, como é que se poderiam distribuir, a tempo e horas, todas as notícias do mundo, as boas e as más, pelas casas e casebres das pessoas, boas e más, do Estado Novo e do reviralho, incluindo malhados, pedreiros livres, jacobinos, republicanos, ateus, anarquistas, maçónicos e comunistas, sobretudo estes, que eram gentalha que na tua terra não existia (ou nunca poderia existir, vá-se lá a saber porquê) ?!
No tempo em que a falta de notícias já era uma boa notícia, que as más, essas, corriam depressa, tal como a doença, que vinha a cavalo, e ia a pé.
70. Ah!, o terrível dilema da salvação da alma, e o pai-patrão de todos nós, e a feira anual, e a barraca onde só iam os homens feitos, ó freguês, vai um tirinho!, e as virtuosas mães que, por engano, por ali passavam, persignavam-se, como se tivessem visto o diabo em figura de gente, coravam, murmuravam, cochichavam, benziam-se, tapavam a cara e, por entre as frestas das mãos, lançavam olhares de fogo, como os dragões, sobre a cortina do pecado.
Um dia irias descobrir o terrível mistério que escondia a barraquinha da feira, no tempo em que ainda havia casas de passe no teu país, com letreiro à porta: A puta não putes, e a ladrão não furtes. Ou então: gado e lazeira andam de feira e feira. Gado bravo, dizia a tua mãezinha, horrorizada, arrastando-nos rapidamente dali para fora...
(Continua)
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[1] Nunca mais voltaste a comer um bife com batatas fritas e ovo a cavalo, que te soubesse tão bem, como aquele que ganhavas, com o "suor do teu rosto", aos domingos. a fazer o pino, no talho do Chico, a não ser talvez na Guiné, em Bafatá, no restaurante Transmontana, entre 1969 e 1971... mas aqui era pago com o patacão (sujo) da guerra...
[2] Letra do Hino da Restauração:
Portugueses, celebremos
O dia da Redenção,
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação.
A Fé dos Campos de Ourique
Coragem deu e valor
Aos famosos de Quarenta
Que lutaram com ardor.
P'rá frente! P'rá frente!
Repetir saberemos
As proezas portuguesas.
Avante! Avante!
É voz que soará triunfal
Vá avante, mocidade de Portugal!
Vá avante, mocidade de Portugal!
[Diz o blogue Avenida da Liberdade: "A autoria do hino, com data de 1861, é de Eugénio Ricardo Monteiro de Almeida (música) e de Francisco Duarte de Almeida Araújo e Francisco Joaquim da Costa Braga (poema original). Monteiro de Almeida era um compositor e professor do Conservatório Nacional (1826 - 1898). Almeida Araújo e Costa Braga eram os autores da peça de teatro musical em que o hino se incluía."...
A letra inicial, que fazia parte da peça "1640 ou a Restauração de Portugal”, estreada e publicada em 1861, já não é a mesma, sofreu alterações, no tempo da República, para se tornar "politicamente correta"... O hino (patriótico) tornou-se "viral", como díríamos hoje, e sobreviveu até agora, a 4 regimes...
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[1] Nunca mais voltaste a comer um bife com batatas fritas e ovo a cavalo, que te soubesse tão bem, como aquele que ganhavas, com o "suor do teu rosto", aos domingos. a fazer o pino, no talho do Chico, a não ser talvez na Guiné, em Bafatá, no restaurante Transmontana, entre 1969 e 1971... mas aqui era pago com o patacão (sujo) da guerra...
[2] Letra do Hino da Restauração:
Portugueses, celebremos
O dia da Redenção,
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação.
A Fé dos Campos de Ourique
Coragem deu e valor
Aos famosos de Quarenta
Que lutaram com ardor.
P'rá frente! P'rá frente!
Repetir saberemos
As proezas portuguesas.
Avante! Avante!
É voz que soará triunfal
Vá avante, mocidade de Portugal!
Vá avante, mocidade de Portugal!
[Diz o blogue Avenida da Liberdade: "A autoria do hino, com data de 1861, é de Eugénio Ricardo Monteiro de Almeida (música) e de Francisco Duarte de Almeida Araújo e Francisco Joaquim da Costa Braga (poema original). Monteiro de Almeida era um compositor e professor do Conservatório Nacional (1826 - 1898). Almeida Araújo e Costa Braga eram os autores da peça de teatro musical em que o hino se incluía."...
A letra inicial, que fazia parte da peça "1640 ou a Restauração de Portugal”, estreada e publicada em 1861, já não é a mesma, sofreu alterações, no tempo da República, para se tornar "politicamente correta"... O hino (patriótico) tornou-se "viral", como díríamos hoje, e sobreviveu até agora, a 4 regimes...
Quanto ao Miguel de Vasconcelos (1590-1640):
(i) foi nomeado escrivão da Fazenda do Reino em 1634 pelo Conde-Duque de Olivares;
(i) foi nomeado escrivão da Fazenda do Reino em 1634 pelo Conde-Duque de Olivares;
(ii) um ano depois, a vice-rainha Margarida de Saboia (Duquesa de Mântua) nomeia-o Secretário de Estado [, equivalente a 1º ministro];
(iii) a deficitária economia do país e o constante favorecimento de Castela em detrimento dos interesses portugueses, fizeram eclodir em várias localidades do país revoltas e motins populares: o desprestígio das ações de Miguel de Vasconcelos neste contexto levou ao levantamento das massas em Évora e no Algarve em 1637, com ecos noutras zonas do país;
(iv) o culminar desses distúrbios deu-se a 1 de dezembro de 1640 (Restauração da Independência), quando um grupo de fidalgos invade o palácio real de Lisboa e mata a tiro o Secretário de Estado, lançando em seguida o seu corpo pela janela, para junto da multidão que se aglomerava no Paço da Ribeira.
Fonte: Adaptado de AR - Assembleia da República
Fonte: Adaptado de AR - Assembleia da República
__________
Nota do editor:
(*) Vd. postes anteriores da série >
11 de agosto de 2019 > Guiné 61/74 - P20052: Manuscrito(s) (Luís Graça) (159): Autobiografia: com Bruegel, o Velho, domingo à tarde (Parte I - De 1 a 10 de 100 pictogramas)
13 de agosto de 2019 > Guiné 61/74 - P20056: Manuscrito(s) (Luís Graça) (160): Autobiografia: com Bruegel, o Velho, domingo à tarde (Parte II - De 11 a 20 de 100 pictogramas)
14 de agosto de 2019 > Guiné 61/74 - P20058: Manuscrito(s) (Luís Graça) (161): Autobiografia: com Bruegel, o Velho, domingo à tarde (Parte III - De 21 a 30 de 100 pictogramas)
15 de agosto de 2019 > Guiné 61/74 - P20060: Manuscrito(s) (Luís Graça) (162): Autobiografia: com Bruegel, o Velho, domingo à tarde (Parte IV - De 31 a 40 de 100 pictogramas)
16 de agosto de 2019 > Guiné 61/74 - P20064: Manuscrito(s) (Luís Graça) (163): Autobiografia: com Bruegel, o Velho, domingo à tarde (Parte V - De 41 a 50 de 100 pictogramas)
17 de agosto de 2019 > Guiné 61/74 - P20068 Manuscrito(s) (Luís Graça) (164): Autobiografia: com Bruegel, o Velho, domingo à tarde (Parte VI - De 51 a 60 de 100 pictogramas)
11 de agosto de 2019 > Guiné 61/74 - P20052: Manuscrito(s) (Luís Graça) (159): Autobiografia: com Bruegel, o Velho, domingo à tarde (Parte I - De 1 a 10 de 100 pictogramas)
13 de agosto de 2019 > Guiné 61/74 - P20056: Manuscrito(s) (Luís Graça) (160): Autobiografia: com Bruegel, o Velho, domingo à tarde (Parte II - De 11 a 20 de 100 pictogramas)
14 de agosto de 2019 > Guiné 61/74 - P20058: Manuscrito(s) (Luís Graça) (161): Autobiografia: com Bruegel, o Velho, domingo à tarde (Parte III - De 21 a 30 de 100 pictogramas)
15 de agosto de 2019 > Guiné 61/74 - P20060: Manuscrito(s) (Luís Graça) (162): Autobiografia: com Bruegel, o Velho, domingo à tarde (Parte IV - De 31 a 40 de 100 pictogramas)
16 de agosto de 2019 > Guiné 61/74 - P20064: Manuscrito(s) (Luís Graça) (163): Autobiografia: com Bruegel, o Velho, domingo à tarde (Parte V - De 41 a 50 de 100 pictogramas)
17 de agosto de 2019 > Guiné 61/74 - P20068 Manuscrito(s) (Luís Graça) (164): Autobiografia: com Bruegel, o Velho, domingo à tarde (Parte VI - De 51 a 60 de 100 pictogramas)