segunda-feira, 2 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8198: Convívios (322): Pessoal de Bambadinca, 1968/71 (CCS/BCAÇ 2852, CCAÇ 12, Pel Rec Daimler 2046, Pel Rec Daimler 2206, Pel Caç Nat 63, e outras subunidades adidas): Coimbra, 21 de Maio de 2011 (António Damas Murta, ex-1º Cabo Cripto, CCAÇ 12, 1969/71)


1. Por lapso, só agora publicamos a notícia que nos foi enviada, em 25 de Fevereiro último,  pelo organizador do 17º Convívio do  Pessoal de Bambadinca, 1968/71 (CCS/BCAÇ 2852, CCAÇ 12, Pel Caç Nat 63, Pel Rec Daimler 2268, e outras subunidades adidas):

António José Damas Murta
Estrada da Beira, 384
Alto de S. João 3030-173
Coimbra
Telef 239 713055 / Telemóvel 96 4538201
E-mail: Sofia Damas

 

Amigos:

[CCS / BCAÇ 2852 (1968/70)

CCAÇ 12 (1969/71)
Pel Caç Nat 52 (1968/70)
Pel Caç Nat 54 (1969/70)
Pel Caç Nat 63 (1969/71)
Pel Mort 2106 (1969/70)
Pel Mort 2268 (1970/72)
Pel Rec 2046 (1968/70)
Pel Rec 2206 (1970/71)
CCS / BART 2917 (1970/72)]


Venho opor este meio convidar-vos para o nosso encontro anual  [17ª edição] que decorrerá na cidade de Coimbra,  no próximo 21 de Maio de 2011 (*).

António Murta [Ex-1º Cabo Op Cripto, CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71; reformado da Caixa Geral de Depósitos; foto à esquerda].

Programa

10h – Ponto de encontro no Mosteiro de Santa Clara a Nova (Rainha Santa Isabel)
11h – Missa no Mosteiro de Santa Clara a Nova (Rainha Santa Isabel)
13h – Almoço convívio na Quinta da Malhadinha – Cabouco, freguesia de Ceira

Preçário: 40,00 € / pessoa


Crianças 5-10 anos – 15 euros


Confirmação, em princípio,  até 29 de Abril [, e  o mais tardar até 10 de Maio], com cheque ao cuidado de António José Damas Murta, Estrada da Beira, 384, Alto de S. João, 3030-173 Coimbra


Ementa


(i) Entradas


Rissóis – Croquetes
Pasteis de bacalhau
Calamares
Morcela – Negritos
Entremeada
Broa de milho
Sopa lavrador


(ii) Quentes


Bacalhau dourado
Chanfana – prato típico da região de Coimbra


(iii) Sobremesa


Mesa de frutas laminadas
Mesa de doces variados


(iv) Bebidas


Aguas – Sumos
Cerveja – espumante
Vinhos tintos e brancos
Café e digestivo

Como chegar ao local de encontro (Mosteiro de Santa Clara a Nova, Rainha Santa Isabel) e ao restaurante (Quinta da Malhadinha – Cabouco, Ceira) (**)






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Notas do editor

(*) Último convívio: Vd. poste de 23 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6460: Convívios (159): Grande ronco, Óbidos 2010 / Bambadinca 1968/71: CCS/BCAÇ 2852, CCAÇ 12, Pel Rec Daimler 2206, CCS/ BART 2917... (Parte I) (Luís Graça)

(**) Último poste da série > 1 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8193: Convívios (316): O encontro da CCAÇ 3477 - Gringos de Guileje -, vai decorrer em 28 de Maio 2011, na Ericeira (Abílio Delgado)

Guiné 63/74 - P8197: Resumo da actividade do BCAÇ 3833 (1971/73) (1): CCS - Pelundo (Augusto Silva Santos)



1. Começamos hoje a publicação do resumo dos Factos e Feitos do BCAÇ 3833, enviado pelo nosso camarada Augusto Silva Santos (ex-Fur Mil da CCAÇ 3306 / BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73, em mensagem do dia 21 de Abril de 2011:
 

Historial/Resumo do que foi a actividade do BCAÇ 3833 (1)

CCS - Pelundo









OBS:- Clicar nas imagens para ampliar
____________

Nota de CV:

(*) Vd. poste de 10 de Outubro de 2010 > Guiné 63/74 - P7108: Lembrando Vicente Passarinho (Piu), Fur Mil da CCAÇ 3520 (Augusto Silva Santos)

domingo, 1 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8196: As Nossas Mães (14): O Dia da Mãe (Manuel Maia)

1. Mensagem de Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74), com data de 1 de Maio de 2011:

Carlos,
Sei que o abuso é grande pedindo que edites estas sextilhas para hoje, mas se houver alguma réstea de possibilidade...
Para cúmulo ainda terás de corrigir.

abraço
manuelmaia


O DIA DA MÃE

Uns chamam-lhe mamã, outros mãezinha,
Tal qual eu próprio o faço ainda à minha
Alguns, sentiram já sua partida...
Octogenárias vivas, linda idade.
P`raquelas de que resta só saudade,
Foi beijo emocionado/despedida...

Agradecer a vida recebida,
a quem nos carregou, enternecida,
É acto elementar que urge fazer...
Gerados, educados com amor,
com medos, sofrimento, muita dor,
p`los p`rigos que uma guerra fez temer...

P`raquelas cujas lágrimas secaram,
nos rostos de mortalha e ficaram,
sem ver os seus meninos outra vez...
Um beijo colectivo sai de nós,
guineus já veteranos, hoje avós,
p`ra minorar a dor desse revês...
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 4 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8046: Blogpoesia (140): Tabancas e Tabanqueiros (Manuel Maia)

Vd. último poste da série de 1 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8195: As Nossas Mães (13): Porque hoje é o Dia da Mãe (Albino Silva)

Guiné 63/74 - P8195: As Nossas Mães (13): Porque hoje é o Dia da Mãe (Albino Silva)

1. Mensagem do nosso camarada Albino Silva* (ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845, Teixeira Pinto, 1968/70), com data de  1 de Maio de 2011:

Para todas as Mães, em especial para aquelas que estão e visitam a nossa Tabanca.


PORQUE HOJE É DIA DA MÃE

1
Hoje é o Dia da Mãe
E neste dia sim senhor
Vamos dar à nossa Mãe
Mais um pouquinho de amor.

2
Neste dia especial
Para ti ó Mãe Querida
Dou-te beijinhos sem fim
Dou-te toda a minha vida.

3
Ó Mãe que tanto te amo
Tu és tudo para mim
És a flor mais bonita
Que nunca vi em jardim.

4
Todas as flores são puras
Com perfume natural
Mãe és a flor mais pura
Como tu não há igual.

5
Que linda rosa perfeita
Sem espinhos transparente
Minha Mãe és a mais linda
E eu sou a tua semente.

6
Botão aberto em flor
Mãe és para mim tudo isso
O botão mais lindo do mundo
Abres para mim um sorriso.

7
És meiga és carinhosa
E desde a hora que nasci
Aprendi a dizer Mãe
E nunca me esqueço de ti.

8
Não é uma vez por ano
Que nos lembramos de alguém
Pois cada dia que passa
É sempre Dia da Mãe.

9
Mãe meiga, Mãe adorada
Nas horas boas e más
Mesmo que estejas sofrendo
Todo o teu amor me dás.

10
Mesmo que estejas doente
Tentas sempre resistir
E com ternura me olhas
Olhas pra mim a sorrir.

11
Sendo a Mãe pobrezinha
É rica no coração
Ao ver o filho com fome
Ela logo arranja pão.

12
Há tanta frase bonita
Muitos nomes há também
Mas a palavra mais linda
É sempre o nome de Mãe.

13
Ó Mãe me deste à luz
Deste a vida pra viver
Deste amor, deste alegria
Deste todo o meu ser.

14
Ó minha Mãe minha Mãe
Quem me dera ver-te assim
Mesmo sendo tu velhinha
Quero-te sempre pra mim.

15
Sendo assim tão velhinha
O teu coração não gela
Mesmo com rugas no rosto
Ó Mãe tu és a mais bela.

16
E se um dia morreres
Contigo morro também
Não quero ficar sozinho
Leva-me contigo Mãe.

17
De tudo o que temos na vida
Do melhor que a gente tem
Nossa casa está vazia
Se não estiver nossa Mãe.

18
Se hoje te dou beijinhos
Amanhã te dou também
Não só hoje que é teu Dia
Amanhã também és MÃE.

Albino Silva
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 18 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8122: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (6): Que rica é a nossa Tabanca (2) (Albino Silva)

Vd. último poste da série de 1 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8191: As Nossas Mães (12): Sorriso português, de Artur Augusto da Silva (1912-1983)

Guiné 63/74 - P8194: Álbum fotográfico do Florimundo Rocha, ex-sold cond auto (CCAÇ 3546, Piche e Ponte Caium, 1972/74) (Parte III)



Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > Piche > CCAÇ 3546 (Piche, Ponte Caium e Camajabá, 1972 / 1974) > Destacamento da Ponte Caium >  3º Grupo de Combate >  1973 >  Foto nº 6 > "O meu pai só se recorda que teriam ido à água,e também se recorda  apenas de dois camaradas, o Pinto,  sentado na frente, o Silva atrás de Pinto, e o meu pai" (SR)...



Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > Piche > CCAÇ 3546 (Piche, Ponte Caium e Camajabá, 1972 / 1974) > Destacamento da Ponte Caium >  3º Grupo de Combate >  1973 >  Foto nº 4 > "No burrito, Florimundo, Pinto, Furriel Ribeiro, Sobral, Wolkswagen e Serra junto ao  Xerife [, Sherifo,] e Djaló, como eram chamados estes miúdos lá da tabanca [, de Sinchã Tumane],  eram amigos; infelizmente o meu pai não se recorda do nome do resto do pessoal" (SR)...





Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > Piche > CCAÇ 3546 (Piche, Ponte Caium e Camajabá, 1972 / 1974) > Destacamento da Ponte Caium >  3º Grupo de Combate >  1973 >  Foto nº 5> A Ponte Caium



Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > Piche > CCAÇ 3546 (Piche, Ponte Caium e Camajabá, 1972 / 1974) > Destacamento da Ponte Caium >  3º Grupo de Combate >  1973 >  Foto nº 3 > O Rocha, em cima do tabuleiro da ponte, num momento de descontracção.


Fotos: © Florimundo Rocha (2011) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.

1. Mensagem da Susana Rocha, com data de ontem, em nome de seu pai, Florimundo Rocha:




Olá, senhor Luís, espero que se encontre bem, tenho andado sem dar notícias,  venho aqui identificar os companheiros do meu pai nas fotos que o senhor ainda não pôs no blogue:




(i) na foto nº 2 [, já reproduzida, vd miniatura à esquerda],  o meu pai disse me que estavam de chegada à  Ponte Caium: condutor, ele, Florimundo; atrás do condutor,  o Silva, em último de pé em cima da lenha o Chaves; sé esses ele conseguiu identificar;

[Confronte-se com a legendagem do Carlos Alexandre, o Peniche: (...)  temos o Rocha a conduzir. A seu lado o Ribeiro (o companheiro que desventrava e tratava a carne das caçadas ). Atrás do Rocha está o Silva, que na altura era sonâmbulo. Atrás do Silva,  o Cristina, claro o nosso padeiro (...).  A seu lado,  o Pereira, que é natural de uma aldeia perto do Pinhão, foi identificado pelo Barbeiro (...). Atrás do Silva e de bigode, o Gordinho. Atrás do Gordinho,  o José Alberto, de que só se vê a cabeça (...). O companheiro no cimo da lenha, [no atrelado,] onde a foto está em piores condições, tenho mais dificuldade em identificar, mas é concerteza o Chaves, companheiro que não vejo desde África].

(ii) o meu pai na seguinte [foto nº 3, vd. acima], num momento de descontração,

(iii) na foto nº 4 [vd. acima),  no burrito, Florimundo, Pinto, Furriel Ribeiro, Sobral, Wolkswagen e Serra junto a "xerife" e Djaló  (como eram chamados estes miúdos lá da tabanca, eram amigos); infelizmente o meu pai não se recorda do nome do resto do pessoal:

(iv) na foto nº 5 [vd. acima], a famosa Ponte Caium;

(v) no foto no 6 [, já reproduzida anteriormente, miniatura à esquerda], "Florimundo, Sobral no meio,  e Alexandre, de Peniche, num momento de descontraçao na Ponte Caium"... [ Há aqui um lapso, na identificação do último elemento, que não é o Carlos Alexandre, mas sim o Jacinto Cristina].



(vi) a foto nº 6: o meu pai só se recorda que teriam ido à água,e tambem recorda-se apenas de dois camaradas, o Pinto,  sentado na frente, o Silva atrás de Pinto, e o meu pai;

(vii) a foto nº 7 [, já reproduzida anteriormente, vd. miniatura à esquerda]: antes duma partidinha de futebol, Furriel Ribeiro de blusa branca, Santiago, Furriel Barroca, o Barbeiro, o Pinto, o Florimundo. [A legenda do Carlos Alexandre é mais completa: (...) Temos  o Rocha ao centro, à direita o José Alberto, à esquerda o Pinto. Em cima,  à direita, o Barbeiro, o furriel Barroca, o Santiago que tem a fita na cabeça, e o furriel Ribeiro].

(vii) por último [,foto nº 9 ] o meu pai e o Alexandre junto a uma máquina da TECNIL, alvo de uma emboscada. [Já reproduzida anteriormente, vd. miniatura à direita].

Peço desculpa pela demora, aguardo notícias suas e o meu pai também ,todos os dias me pergunta por noticias. Um Abraço. Susana Rocha

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Nota do editor:

Vd. Postes anteriores:


Guiné 63/74 - P8193: Convívios (321): O encontro da CCAÇ 3477 - Gringos de Guileje -, vai decorrer em 28 de Maio 2011, na Ericeira (Abílio Delgado)




1. O nosso Camarada Abílio Delgado, ex-Cap Mil da CCAÇ 3477 “Gringos de Guileje”, Guileje, 1971/73, enviou ao Luís Graça, com pedido de publicação, o programa da festa anual da sua companhia.

ENCONTRO DA CCAÇ 3477 “GRINGOS DE GUILEJE”
DIA 28 de MAIO NA ERICEIRA


O encontro da CCAÇ 3477 - Gringos de Guileje -, vai decorrer no dia 28 de Maio 2011, no Restaurante "Estrela do Mar"- em Ribamar -, na Ericeira, com o seguinte programa:
10H30 - Concentração frente o Convento de Mafra;
11H00 - Passeio em comboio turístico pela Tapada Real de Mafra;
13H00 – Almoço.

Se nos quiseres honrar com a tua presença, será um enorme prazer.

Abraço
Abílio Delgado Cap Mil da CCAÇ 3477
___________
Nota de M.R.:
Vd. último poste da série em:
1 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8192: Convívios (315): Lampreiada e visita ao aproveitamento hidroeléctrico de Crestuma-Lever, 30 de Abril (Magalhães Ribeiro)

Guiné 63/74 - P8192: Convívios (320): Lampreiada e visita ao aproveitamento hidroeléctrico de Crestuma-Lever, 30 de Abril (Magalhães Ribeiro)

Cumpriu-se ontem, num agradabilíssimo ambiente de boa disposição, alegria e satisfação geral das pessosas presentes, a iniciativa do nosso camarada António Carvalho, ex-Fur Mil Enf da CART 6250, Mampatá, 1972/74, que contava levar cerca de três dezenas de convivas a “devorarem” um bom prato de lampreia no restaurante “Freitas”, localizado na margem direita do Rio Douro, mesmo junto ao aproveitamento hidroeléctrico de Crestuma-Lever e que incluiu uma visita à central deste empreendimento.

Eclusagem de um barco, de jusante para montante do aproveitamento

Tal como o programado, pelas 11H00, o pessoal começou a concentrar-se no parque de estacionamento do restaurante e, passados uns minutos, deu-se início à visita das instalações da central de Crestuma, guiadas pelos Sr. Engº Costa e Silva e Sr. Engº Alfredo Cerqueira.


Explicações prévias aos visitantes, no hall de entrada e na sala de comando, sobre as características fundamentais, o funcionamento e a exploração do aproveitamento


Pelas 13H30, juntaram-se no almoço 44 convivas, excedendo assim as melhoras expectativas do nosso dinâmico e entusiasta organizador.


O convívio contou também com uma breve e amigável presença do nosso Camarada Aníbal Couto, que além de ser um dos sócios-gerentes do restaurante, também foi combatente na Guiné - CCS do BART 6523/73 -, Nova Lamego, 1973/74, e que deixou um convite a todos nós para aparecermos no seu estabelecimento, onde além da promessa de nos saciar com uma boa refeição nos oferece um digestivozinho.

Aníbal Couto da CCS do BART 6523/73

___________
Nota de M.R.:

Vd. último poste da série em:




Guiné 63/74 - P8191: As Nossas Mães (12): Sorriso português, de Artur Augusto da Silva (1912-1983)

1. Em homenagem a todas as mães, de todos os homens e mulheres, do mundo  lusófono, em geral, e à Mulher Grande da nossa Tabanca Grande, que é a Clara Schwarz, 96 anos, em particular (vendo nela também todas as nossas mães):


SORRISO PORTUGUÊS


A Ribeiro Couto
Gentil homem do Brasil




Lanço os olhos para o Norte
e vejo Lisboa, a mais pequena cidade do mundo,
porque cabe inteira no meu coração;
lanço os olhos para o Sul
e vejo as terras de Angola,
tão grandes, que meu coração teve de crescer
para que elas nele pudessem caber;
lanço os olhos para o Ocidente
e vejo o Mundo - Novo - Brasileiro,
tão vasto, que só Deus nos altos céus,
o pode ver;
lanço os olhos para o Oriente
e vejo a grande babel de Macau
nascer das águas como uma flor de lótus.


E por todas essas terras que meus olhos vêem,
por todos os oceanos que as banham,
por todos os sóis que as cobrem,
vejo pairar o doce sorriso português
— O terno sorriso de minha mãe...


Artur Augusto da Silva 


In: Artur Augusto da Silva -  E o poeta pegou num pedaço de papel e escreveu:  Poemas.


Bissau, Instituto Camões: Centro Culturtal Português.


1997. p.29


(Com a devida vénia...)

Guiné 63/74 - P8190: As Nossas Mães (11): Mãe Querida (Luís Graça)

1. Mensagem enviada hoje mesmo à tertúlia pelo nosso tertuliano-chefe Luís Graça:

Amigos/as, camaradas, camarigos/as:
No dia mãe, peguem nestes versos, singelos, quadras de 7 sílabas, ao gosto popular, que eu acabei de fazer esta manhã a pensar em todas as nossas queridas mães, as que estão vivas e as que morreram, bem como as mães dos nossos filhos...

Usem-nos, os versinhos, como quiserem, tirem uma cópia, juntem ao vosso ramo de flores... São vossos...

Um bom Dia da Mãe.
Luís Graça


Mãe querida!

Não há dia como este,
O Dia das Nossas Mães,
Pela vida, Mãe, que me deste,
Obrigado, parabéns!

Obrigado, parabéns,
Um beijinho com ternura,
Pelo amor que me tens,
E que foi sempre com fartura.

Que foi sempre com fartura,
Nada me tendo faltado,
Foste mãe, sempre à altura,
Minha mãe, muito obrigado!

Minha mãe, muito obrigado,
Por me teres deitado ao mundo,
Pago-te com amor redobrado,
Teu admirador profundo.

Teu admirador profundo,
Nas sete vidas da vida,
Do coração, do mais fundo,
Te digo que és mãe querida!
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 1 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8189: As Nossas Mães (10): Domingo, 1 de Maio de 2011 - Dia da Mãe (Joaquim Mexia Alves)

Guiné 63/74 - P8189: As Nossas Mães (10): Domingo, 1 de Maio de 2011 - Dia da Mãe (Joaquim Mexia Alves)

1. Mensagem do nosso camarigo Joaquim Mexia Alves, com data de 1 de Maio de 2011:

Caros camarigos
Para vosso conhecimento, anexo texto que escrevi sobre o Dia da Mãe, na minha perspectiva e vivência cristã católica.

Publiquei-o no meu blogue (http://queeaverdade.blogspot.com/2011/05/dia-da-mae.html).

Podê-lo-eis divulgar, obviamente, se assim achares oportuno.

Um abraço amigo do
Joaquim


Domingo, 1 de Maio de 2011
DIA DA MÃE


Evangelho segundo S. Mateus 28,1-10.

Terminado o sábado, ao romper do primeiro dia da semana, Maria de Magdala e a outra Maria foram visitar o sepulcro.
Nisto, houve um grande terramoto: o anjo do Senhor, descendo do Céu, aproximou-se e removeu a pedra, sentando-se sobre ela.
O seu aspecto era como o de um relâmpago; e a sua túnica, branca como a neve.
Os guardas, com medo dele, puseram-se a tremer e ficaram como mortos.
Mas o anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado; não está aqui, pois ressuscitou, como tinha dito. Vinde, vede o lugar onde jazia e ide depressa dizer aos seus discípulos: 'Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis.’ Eis o que tinha para vos dizer.»

Afastando-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e de grande alegria, as mulheres correram a dar a notícia aos discípulos.
Jesus saiu ao seu encontro e disse-lhes: «Salve!» Elas aproximaram-se, estreitaram-lhe os pés e prostraram-se diante dele.
Jesus disse-lhes: «Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão.»

Ao ouvir proclamar este Evangelho na Vigília Pascal e depois durante a homilia, lembrei-me das mães, lembrei-me da minha mãe.

Porque me veio ao coração o facto de ter sido dada às mulheres essa primeiríssima missão, de anunciar aos próprios Apóstolos a Ressurreição de Jesus.

Foram as mulheres que tiveram a primeiríssima missão de avisar os Apóstolos que se deviam encontrar com Jesus Cristo Ressuscitado.

Foram as mulheres, sem dúvida, que pressurosamente e sem duvidarem, fizeram o primeiro anúncio àqueles que nasciam para uma vida nova, a vida que haviam de receber do Espírito Santo, depois do seu encontro com Jesus Cristo Ressuscitado.

E então lembrei-me, (por associação de pensamentos do coração), dessas mulheres que são mães, e que acreditando em Jesus Cristo, são sempre as primeiras a d’Ele falarem aos seus filhos.

Ainda com os seus filhos no ventre, e já as mães falam deles a Jesus, e Lhe pedem protecção e amparo para essas vidas que hão-de vir ao mundo.

Pequeninos, bebés frágeis ao seu colo, e essas mulheres, as mães, vão falando com eles, numa linguagem que só eles entendem, falando-lhes em surdina de Jesus, apresentando-os, entregando-os à sua protecção.

Assim que eles vêem, andam, falam e podem entender alguma coisa, logo no primeiro Natal explicam aos seus filhos pequeninos, quem foi Aquele outro Menino que nasceu num presépio em Belém.

E depois … depois, continuam pela vida fora, levando-os aos primeiros encontros com Jesus na catequese familiar e depois na catequese na Igreja.

E não cessam de por eles rezarem e de os exortarem ao encontro pessoal e decisivo com Jesus Cristo Senhor.

Colocam até como maior o amor que os filhos devem ter a Jesus, do que a si próprias, pois sabem que é nesse amor que os filhos podem encontrar a verdadeira felicidade.

E não cessam de fazer sacrifícios, de desistirem do que para si desejam, de darem tudo de si, para que os seus filhos cresçam e sejam felizes e bons.

E sabem, oh se sabem, que o melhor que podem dar aos seus filhos, é um amor forte e fiel a Jesus Cristo, pois reconhecem que é nesse amor que uma boa vida, que uma vida boa, se constrói e edifica.

E como elas, as mães, se desempenham bem desta missão!

Como elas, as mães, têm as palavras e os gestos certos para falarem de Jesus aos seus filhos.

E se não os alcançam para Jesus pelas palavras que lhes dizem, não desistem e oram constantemente, para que Jesus vá ao encontro daqueles que elas tanto amam.

Terá sido por isto, que Deus deu aquela primeiríssima missão de anúncio da Ressurreição às mulheres?

Sem pretensões de interpretação teológica, (pobre de mim, que para tal não tenho conhecimentos), deixo “apenas” o meu coração dizer-me que sim, que foi essa a razão, porque Deus sabe que uma mãe nunca desiste de dar aos seus filhos o melhor de si, o melhor de tudo, e para uma mãe que acredita, o melhor de si que pode dar ao seu filho, é sem dúvida, Jesus Cristo Nosso Senhor, vivo e constantemente presente na vida dele.

Hoje, Dia da Mãe, homenageio assim todas as mães, rezando por elas, as que já o são, as que estão para o ser, e as que ainda o vão ser.

E dou graças infindas a Deus pela mãe que me deu, que tão bem me apresentou a Jesus.

De tal modo O colocou em mim e me apresentou a Ele, que mesmo tendo-me afastado tanto tempo d’Ele, a Ele tive que regressar, sem dúvida para colocar um sorriso de felicidade no rosto da minha mãe, a quem Jesus, (que a tem no seu regaço), diz agora com certeza:
«Conheço esse teu sorriso, mulher!»

Monte Real, 1 de Maio de 2011
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 23 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8160: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (17): Parabéns, Camarigos, dia 23 é o “Dia do Amor” sentados na Tabanca Grande (Joaquim Mexia Alves)

Vd. último poste da série de 1 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8188: As Nossas Mães (9): À minha Mãe, lembrada a cada momento (Felismina Costa)

Guiné 63/74 - P8188: As Nossas Mães (9): À minha Mãe, lembrada a cada momento (Felismina Costa)

1. Mensagem da nossa tertuliana Felismina Costa , com data de 26 de Abril de 2011:

Caro Editor e Amigo Carlos Vinhal, muito Boa-tarde!

Domingo, dia 1 de Maio, é dia da MÃE!

Mais uma vez aqui estou, para realçar outra efeméride, (se de efeméride se trata, uma vez que não tem data fixa).

Desta vez pretendo prestar a minha homenagem às nossas mães, mães, que de uma forma ou de outra, foram e são, modo geral, a base da família e por conseguinte da sociedade.

Muitas foram e são, grandes heroínas!
Lutaram e lutam contra diversas adversidades: incompreensão, miséria, mãos tratos, injustiça, doenças e guerras.

Homenageio na minha, todas as mães que, contra todas as adversidades, souberam e sabem proteger os seus filhos, e que, com o seu amor, são capazes de semear a esperança, e o gosto pela vida.

Carlos, se entender publicar... o meu obrigada.
Felismina Costa



(…À minha MÃE, lembrada a cada momento, lembrada ao longo do tempo, porque há muito que partiu, à minha Mãe, doce Mãe, que escondia o mal sofrido, e nos mostrava sorrindo, a alegria e o bem...)


Felismina Costa


(As flores, que ora te ofereço, minha mãe, são flores desta Primavera, da varanda do teu neto João, que se encanta nelas, como tu te encantavas).

Mãe!

Na véspera do fim
Disseste-nos um poema
Que começava assim:

(…Um ósculo de sol amanhecente
Raio de luz tremulante, feito vidas
Arrebatou, gota a gota, a fonte querida
Emula de força transcendente!

Agora, caí em pranto sobre a terra.
Fecunda a semente e a árvore robustece!
É sopro de vigor que se engrandece,
Cada vez mais, no mistério que encerra… etc, etc, etc…)

Desconheço o autor, mas… para ti o escreveu, pois te define, melhor do que eu!

PORQUE…

Um ósculo de sol, tu foste sempre
Iluminando as nossas pequenas vidas
E um raio de sol tremulante
Que esteve sempre à nossa beira,
Acarinhando, educando, formando,
Misteriosamente doce… e guerreira!

Emula de força transcendente?
Quem dúvida?
Ninguém! Creio…
Quem mais corajosamente
Fez o Natal estar presente em cada dia de vida?
Quem digeriu frustrações, doenças, dificuldades?
Quem trabalhou noite e dia
Sem olhar ao que fazia
Mas, ao que faltava fazer?
Quem fez a noite ser dia
Tantos dias, tantos anos?
Quem nos guardou os desenganos
Fechados a sete chaves?
Quem fez as dores suaves?
Quem rezou e fez promessas?
(promessas, que não cumpriu,
Porque a vida não lhe deu
O tempo para as cumprir)!

Quem benzia, as minhas dores de cabeça
Em nome de Santa Teresa?
E as minhas dores de barriga
Em nome de Santa Margarida?

Quem fazia os meus vestidos, dos tecidos,
Que a minha tia trazia,
Das terras por onde ia, dar aulas a outras crianças?

Quem me penteava os cabelos e punha uma fita
Todos os dias de manhã, quando ia para a escola?
E depois, quando eu chegava, olhava para mim e dizia:
Felismina! A tua fita?
E eu jogava a mão à cabeça… e não encontrava a dita…
Tinha ficado perdida, em qualquer sítio… no chão!
Mas… isso não tinha importância
- mais fita, ou menos fita!

E eu corria, e eu saltava, na minha liberdade infinda!
Pintei de oiro as flores!
Porque, apesar das muitas cores, que a Natureza lhes deu,
Eu via-as, mais belas ainda!

E à noite, quando cansada, eu chegava da jornada
Deste doce labutar,
Tinha em ti, o doce bálsamo…
Prontinha, para me tratar.
E eu dormia a noite inteira
Porque à minha cabeceira
Um anjo, estava a guardar!

E, no trabalho árduo,
Ao longo da vida, fecundaste as sementes!
(para além das carnais)
Fecundaste mais, mais e muitas mais
Sementes reais, que com a tua força
Se transformaram na nossa medrança
Que fez crescer segura, a nossa infância!

Tu própria, transformaste-te numa árvore robusta
E o teu vigor te engrandeceu!

Mas, chegaste ao fim!
Ao fim da jornada!
Doente, cansada.
Frustrada?
Não creio!
Tiveste os filhos,
Plantaste as árvores,
E o livro, MÃE… escrevo-to eu!

Orgulhosamente… sou a tua filha… Felismina.

Felismina Costa
Agualva 2005
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 21 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8147: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (12): Quero felicitar todos os 490 amigos desta cadeia, ligados por um denominador comum, a Guerra da Guiné (Felismina Costa)

Vd. último poste da série de 8 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7911: As Nossas Mães (8): O tempo passa depressa - Homenagem à Mulher, à Mãe (Juvenal Amado)

Guiné 63/74 - P8187: Parabéns a você (253): José Carlos Neves, ex-Soldado Radiotelegrafista do STM (Tertúlia / Editores)


PARABÉNS A VOCÊ

01 DE MAIO DE 2011


NESTE DIA DE FESTA, A TERTÚLIA E OS EDITORES VÊM DESEJAR AO NOSSO CAMARADA ANIVERSARIANTE AS MAIORES FELICIDADES E UMA LONGA VIDA COM SAÚDE JUNTO DE SUA ESPOSA, FILHA, DEMAIS FAMILIARES E AMIGOS.

UM ABRAÇO ESPECIAL DO COLEGA DE TRABALHO, CAMARADA E AMIGO CARLOS VINHAL
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Notas de CV:

José Carlos Neves foi Soldado Radiotelegrafista do STM, Cufar, 1974.

Vd. último poste da série de 29 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8180: Parabéns a você (252 ): Giselda Pessoa, ex-2.º Srgt Enf.ª Pára-quedista, Guiné 1972/74 (Tertúlia / Editores)

sábado, 30 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8186: Missão na Guiné no século XXI (José Teixeira)

1. Mensagem de José Teixeira* (ex-1.º Cabo Enf.º da CCAÇ 2381, Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70), membro da Direcção da Tabanca Pequena, Grupo de Amigos da Guiné-Bissau (ONGD), com data de 28 de Abril de 2011:

Caríssimos editores.
Na sequência da minha recente viagem à Guiné-Bissau, junto um artigo sobre mais uma aventura.

Abraços
Zé Teixeira


Missão na Guiné no século XXI

Cinco horas da manhã. Como combinado na noite anterior, as pessoas que voluntariamente se dispuseram a avançar para a operação, aproximaram-se do local da formatura.

O primeiro a aparecer foi o guia. Feitas as saudações matinais, explicados os objectivos, e verificadas as máquinas, deu-se o sinal de partida com o guia à frente. Seguiam-no de perto, os periquitos que não conhecendo o terreno que pisavam tinham receio de se perderem.

Em silêncio e passo rápido lá fomos mata dentro por trilhos e picadas que há muito tempo não se sentiam pisados por gente de pele tão branca.

O Caminho

 Os aventureiros

Entramos numa tabanca amiga, ainda adormecida. Uma ou outra mulher preparava o mata-bicho para um acordar saudável. Aqui, esperava-nos um segundo guia. Este, tinha andado na noite anterior a vigiar as andanças do numeroso inimigo e sabia, mais ou menos, onde este se acoitou para passar a noite e gozar de merecido descanso.

Uma pausa, para reunir com os guias e definir a estratégia a seguir, face à possibilidade de planificações de última hora tenham levado o “terrível” adversário a mudar de poiso durante a noite.

É pedido silêncio absoluto durante a lenta marcha que se segue de olhos apontados ao escuro da noite e ouvidos atentos. Uma simples folha seca ao queixar-se do pé periquito que a pisou pode ser factor para assustar quem procuramos tão afincadamente, que nos fez saltar da tarimba, alta madrugada.

O guia ia apontando para a dianteira como quem diz, estão ali, mesmo à frente no nosso nariz e nós, lá o seguíamos com o máximo de cuidado, sem conseguirmos descortinar absolutamente nada.

Devem estar ainda a dormir, cogitava eu, de máquina aperrada e dedo no gatilho, pronta a disparar um flash.

Emboscamos temporariamente numa clareira. Olhos e ouvidos bem abertos, comunicávamos uns com os outros através do olhar que o sol renascido da noite foi denunciando.

Por ordem dos guias fomos avançando pelo mangal dentro, tendo muito cuidado com o chap-chap que nossos passos provocavam na tarrafo.

Eis que surge a notícia há muito esperada. Estão ali! Estão ali!

 O posto de observação

 Lá estão eles

Máquinas apontadas. Olhar centrado nas copas do palmeiral. As ramagens abanam, sem que haja a mais leve brisa. Sinal de presenças estranhas.

Lá vai um… outro ali…

clic, clic. Os primeiros disparos que não apanharam ninguém, penso eu.


Durante cerca de meia hora, eles saltavam de árvore em árvore e nós corríamos atrás deles com a esperança de sacar uma foto inédita.

Os famosos chimpanzés da mata do Cantanhez que vivem nas imediações de Iemberém, acordados pelo radioso sol daquela manhã, depois de umas saudáveis espreguiçadelas, decidiram pôr-se em marcha, à procura do mata-bicho, deixando-nos a olhar para o lindo sol que espreitava por entre a ramagem da densa floresta.

Que belos momentos de diálogo com a natureza se viveram naquela madrugada de Abril de 2011!

Para mim, foi uma esplêndida oportunidade de voltar aos tempos em que com a bolsa de enfermeiro às costas, rodeado de homens bem armados e dispostos a tudo para salvar a vida, trilhava caminhos idênticos, em madrugadas tiradas a papel químico, em que não se via nada, mas mesmo nada, à frente do nariz. O inimigo era outro e bem real.

Tempos que já lá vão, mas não se conseguem esquecer, pelo que tiveram de bom e de menos bom. Uns belos momentos revividos agora para ajudar à catarse que continuamos a precisar de fazer.

Presentes nesta aventura estiveram o Eduardo Moutinho Santos, o Jorge Cruz, o Tiago, a Joana e o Zé Teixeira, acompanhados dos dois simpáticos guias que se prontificaram a levar-nos até ao local onde se previa estivesse acoitados os chimpanzés.

(Texto, fotos e legendas de José Teixeira)
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Nota de CV:

Vd. último poste de 14 de Fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7783: Ser solidário (102): Sementes e água potável - Um projecto inovador (José Teixeira)

Guiné 63/74 - P8185: Viagem à volta das minhas memórias (Luís Faria) (41): De volta a Bula - Destacamentos





1. Mais uma viagem à volta das memórias de Luís Faria (ex-Fur Mil Inf MA da CCAÇ 2791, Bula e Teixeira Pinto, 1970/72), enviada em mensagem com data de 26 de Abril de 2011:





Viagem à volta das minhas memórias (41)

De volta a Bula
Destacamentos


Teixeira Pinto e a sede do CAOP 1 ficavam para trás juntamente com uma actividade operacional interventiva de relevo, seja no plano de esforço físico e psicológico ou, ao que sei, no estritamente operacional e a prová-lo há os vários louvores determinados pelo Cor Pára R. Durão, Comandante desse CAOP 1, com que variada rapaziada foi distinguida, para além de Prémios Governador e Cruz de Guerra.

Luís Faria > Augusto Barros em fundo

Também para trás ficara há já muito, se assim se pode dizer, a nossa “periquitice” e a “meia-idade” começava a dar lugar a uma “velhice” já bem merecedora de “sopas e descanso” enquanto os dias corressem para Julho de 1972, altura falada para o regresso a casa. Era de crer que o pior estaria passado e a partir dessa altura iríamos resolver o resto da comissão sem problemas de maior e da melhor forma possível que conseguíssemos. Pelo menos era o que esperávamos e acidentes eram de evitar.

No entanto e para alguns onde me incluíram, tal acabaria por não acontecer por terem sido “bafejados” com surpresas menos agradáveis e de índoles diferenciadas, durante períodos dessa “velhice” que, julgava eu, deveria (?) ser sossegada.

Retornados ao sector de Bula, onde novamente ficamos na dependência do BCAÇ 2928, os GCOMB foram distribuídos pelos destacamentos, cabendo o de João Landim ao 1.º GCOMB, Mato Dingal ao 4.º e Augusto Barros ao 2.º e Comando. Neste último já se encontrava instalado e ambientado o 3.º GCOMB, regressado de Bissum pelos meados de Novembro, comandado pelo Alf Mil Aires Ornelas (Goês?) coadjuvado pelos Fur Mil Almeida e Ferreira.

Destes destacamentos que conheci e por onde também acabei por assentar arraiais em substituições, para mim o mais simpático e digamos acolhedor, era o de Mato Dingal, segundo no sentido de Bula a partir da travessia do Mansoa.

Não recordo porque razão, a “FORÇA” sofre nova alteração, tendo o Capitão Branco ido para a CCAÇ 3328 por troca de comando com o Capitão Silva Rolão (de que não fiquei com as melhores recordações como militar e comandante).


Augusto Barros > Luís Faria e a metralhadora Breda(?)

Tirado o “azimute” ao cantos das novas e belas instalações e às defesas daquele meio - “burako”, por comparação com Capó, há que começar a organizar a vidinha de molde a passá-la o mais agradavelmente possível, de preferência evitando atritos com a população local, pouco confiável e ao que se suspeitava, infiltrada em noites por “passeantes” das matas. Ao que julgo recordar e por via das dúvidas, uma das metralhadoras pesadas Breda(?) estava virada para as bandas da tabanca, não fosse o diabo tecê-las.


Augusto Barros > Luís Faria > Sopas, descanso e banhos se sol
Ao fundo algumas das instalações

Os dias iam-se somando e a breve prazo começou a instalar-se uma espécie de rotina a que estávamos pouco habituados e que se ia processando no dia-a-dia, sinal de uma nova vida diferente em variadíssimos aspectos e onde o “trabalho” era de certo modo na razão inversa das “sopas e descanso” que marcavam presença a par dos banhos de sol com o corpo besuntado de coca-cola - na tentativa de dar mais “bronze”… (dizia-se ?!!) – e dos litros e mais litros de cerveja, vinho e vinho de caju (adorava este vinho) bebidos com ou sem acompanhamento petisqueiro.

Logo ali à beira existia um pequeno aglomerado de cajueiros, onde passava bastante do tempo em sornas à sombra, ouvindo a algaraviada dos pássaros, ao mesmo tempo que ia comendo daqueles frutos de que também muito gostava e muitas vezes escrevinhando uns “bate-estradas”. Bastantes por sinal.

Engraçado, eficaz e grátis, este meio de comunicação de sentimentos, amores, saudades e novas, onde todo o milímetro de espaço era aproveitado para desenhar mais umas letras construtoras de algumas frases que para serem lidas obrigavam ao voltear do papel e a certa perspicácia de observação sequencial, que chegava a pôr os olhos em bico. Tenho para mim, que esses aerogramas tiveram um papel de muito relevo nessa nossa guerra, ainda que muitas vezes criticados mas sempre bem aparecidos e ansiados.

Aproximando as minhas férias os dias iam-se sucedendo entremeando trabalho, descanso e lazer, por essa altura mais descanso e lazer, com excepção para uma Secção, creio que do 3.º GCOMB que foi para Bula alinhar na segurança da construção da estrada Bula-Binar e mais tarde, por finais de Maio72, um GCOMB seguiu o mesmo caminho, abandonando o bem-bom e entrando em várias Operações.

Assim se foi escoando o tempo até final de Junho altura em que toda a CCAÇ 2791 se viria a reunir de novo em Bula, recomeçando a actividade operacional interventiva.

Texto, fotos e legendas: Luís Faria
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 9 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7918: Viagem à volta das minhas memórias (Luís Faria) (40): Teixeira Pinto - Lusco-fusco em Capó