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sábado, 27 de julho de 2024

Guiné 61/74 - P25781: Lições de artilharia para os infantes (11): A artilharia portuguesa, até à década de 90, nunca teve condições para efectuar a Preparação Teórica do Tiro (Morais Silva, cor e prof art AM, ref; ex-cap art, instrutor 1ª CCmds Africanos, Fá Mandinga, adjunto COP 6, Mansabá, cmdt CCAÇ 2796, Gadamael, 1970/72)



Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > 1971 > A famosa e feliz foto do ex-alf mil médico Amaral Bernardo, membro da nossa Tabanca Grande desde Fevereiro de 2007: a saída do obus 14, de noite.

"Foi tirada com a máquina rente ao chão. Bedanda tinha três. Uma arma demolidora. Um supositório de 50 quilos lançado a 14 km de distância... Era um pavor quando disparavam os três ao mesmo tempo... Era costume pregar sustos aos periquitos... Eu também tive honras de obus, quando lá cheguei... Guileje não tinha nenhum obus, mas sim três peças de artilharia 11.4. A peça era esteticamente mais elegante do que o obus" - disse-me o Amaral Bernardo, no dia em que o conheci pessoalmente, no Porto, no seu gabinete no Hospital Geral de Santo António, que era então a sua segunda casa, e onde era o director do ensino pré-graduado da licenciatura de medicina do ICBAS - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar/HGSA Ciclo Clínico (ou seja, responsável por mais de meio milhar de alunos, um batalhão; reformou-se, entretanto]...

Foto (e legenda): © Amaral Bernardo (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Mensagem de Morais Silva (cor art ref; foi professor de artilharia e investigação operacional durante duas décadas, na Academia Militar; ex-cap art, cmdt  CCAÇ 2796, Gadamael,  instrutor 1ª CCmds Africanos, Fá Mandinga, adjunto COP 6, Mansabá,1970/72; colabora com o nosso blogue desde 31/5/2010; integra formalmente a nossa Tabanca Grande desde 17/3/2019; tem 142 referências no blogue; página na Net:  https://www.moraissilva.pt/):


Data - 26/07/2024, 21:54
Assunto - 

Caro Luís

Afinal resolvi fazer o seguinte comentário “educativo” (*):

A afirmação de Domingos Robalo "No CTIG, devido à rarefação do ar (pressão atmosférica reduzida), este alcance tabular tem um incremento de 10%" sugere-me um muito breve apontamento teórico sobre o tiro de artilharia. (**)

A trajectória de um projéctil é afectada por:

1. Condições balísticas : "Gastamento do tubo" e "Temperatura da carga" que afectam a Velocidade Inicial da granada e, portanto, o alcance do tiro. Para um obus/peça o efeito conjunto deste dois parâmetros só pode ser conhecido, para cada carga, dispondo de um Velocímetro que na nossa Artilharia só apareceu na década de 90...

2. Condições aerológicas: "Rumo donde sopra o vento" para calcular os efeitos longitudinal e transversal respectivamente nas Distância e Direcção do tiro. "Temperatura e Densidade do ar" para obter correcções na distância de tiro. Para calcular o efeito destes parâmetros é necesssário dispor de uma estação meteo (Meteogramas) e só na década de 80 passamos a dispor desta facilidade.

Resumindo, a Artilharia portuguesa, até à década de 90, nunca teve condições para efectuar a Preparação Teórica do Tiro. E porque assim foi, o atrás referido “incremento de 10%” não tem suporte analítico que eu conheça.

Nos 3 TO a artilharia usava a prancheta topográfica que, na Guiné, dispunha do suporte da preciosa carta totográfica 1:50000.

A distância topográfica e diferença de cota determinavam Carga e Elevação do tubo. Os Rumos Posição-Objectivo e de Vigilância permitiam calcular a Direcção topográfica que era corrigida da Derivação tabular associada ao tempo de voo.

Procedimento simples cuja eficácia era afectada pela localização "estimada" das bocas de fogo do IN...

Ainda hoje não entendo porque não foi prioritária a aquisição de radares contra-morteiro que transformassem a nossa artilharia "barata-tonta" em "barata-inteligente e eficaz".

Última nota para alguns Oficiais artilheiros-infantes que recorreram à observação aéra/terrestre, para obter correcções empíricas para a distância topográfica e assim melhorar as condições balísticas para o "Apoio próximo". Era poucochinho (100, 200 metros) mas melhor do que nada.
Abraço

Morais Silva

(Revisão / fixação de texto, negritos: LG)
__________

Notas do editor:


Vd. também poste de 26 de julho de 2024 > Guiné 61/74 - P25777: Casos: a verdade sobre... (47) "Fogo amigo", Xime, 1/12/1973: o obus 14 cm m/43 usava a granada HE (45 kg) com alcance máximo de 14,8 km... (Morais Silva, cor e prof art AM, ref; ex-cap art, instrutor 1ª CCmds Africanos, Fá Mandinga, adjunto COP 6, Mansabá, cmdt CCAÇ 2796, Gadamael, 1970/72)

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Guiné 61/74 - P25597: O 20º aniversário do nosso blogue (16): quem são os "históricos" da Tabanca Grande...




Monte Real > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca Grande >

Imagens de arquivo do VI Encontro Nacional da Tabanca Gande, Monte Real, o segundo que se realizou no Palace Hotel Monte Real, em 4 de junho de 2011. Em 2012 e em 2015, por e4xemplo, conseguimos fazer o pleno: atingir a lotação da saçla, que eram 200 lugares. Fotos do arquivo do blogue.

 
Fotos:  © Manuel Resende  (2014).
Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real >X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > "Foto de família"... Um dos encontros até agora realizados em que se consguir fazer o pleno: 200 participantes...Na "foto de família", porém,  não estavam todos... A disciplina já não é o que era,,,

Foto (e legenda): © Miguel Pessoa (2015). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complemenetar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Apontamentos para a história do nosso blogue, no 20º aniversário (*):

Foi a partir de 1 de junho de 2006 que o nosso blogue "mudou de instalações", passou a designar-se "Luís Graça & Camaradas da Guiné" e abandonou a numeração romana na postagem... 

O poste DCCCXXV (ou poste P825) foi o último da "Série I" e o primeiro da "Série II". Mais tarde as duas séries foram fundidas, a numeração dos postes começa no nº 1 (23 de abril de 2004) (**).

Até hoje, em 20 anos, publicaram-se 25597 postes, todos eles pesquisáveis "on line" (pelo nº de poste ou pela data).


2. O que é dizia orginalmente o cabeçalho do blogue da I Série (https://blogueforanada.blogspot.com/)

blogue-fora-nada. homo socius ergo blogus [sum]. homem social logo blogador. em sociobloguês nos entendemos. o port(ug)al dos (por)tugas. a prova dos blogue-fora-nada. a guerra colonial. a guiné. do chacheu ao boe. de bissau a bambadinca. os cacimbados. o geba. o corubal. os rios. o macaréu da nossa revolta. o humor nosso de cada dia nos dai hoje. lá vamos blogando e rindo. e venham mais cinco (camaradas). e vieram tantos que isto se transformou numa caserna. a maior caserna virtual da Net!

Nessa altura, em em 1 de junho de 2006,  já éramos 111:

A. Marques Lopes, 
A. Mendes, 
Abel Maria Rodrigues, 
Afonso M.F. Sousa, 
Aires Ferreira, 
Albano Costa, 
Amaro Samúdio, 
Américo Marques, 
Ana Ferreira, 
Antero F. C. Santos, 
António Baia,
 António Duarte, 
António J. Serradas Pereira, 
António (ou Tony) Levezinho, 
António Rosinha, 
António Santos, 
António Santos Almeida, 
Armindo Batata, 
Artur Ramos, 
Belmiro Vaqueiro, 
Carlos Fortunato, 
Carlos Marques dos Santos, 
Carlos Schwarz (Pepito), 
Carlos Vinhal, 
Carvalhido da Ponte, 
David Guimarães, 
Eduardo Magalhães Ribeiro, 
Ernesto Ribeiro, 
Fernando Chapouto, 
Fernando Franco, 
Fernando Gomes de Carvalho, 
Hernani Acácio Figueiredo, 
Hugo Costa, 
Hugo Moura Ferreira, 
Humberto Reis,
Idálio Reis, 
J. C. Mussá Biai, 
J. L. Mendes Gomes,
 J. L. Vacas de Carvalho, 
João Carvalho, 
João S. Parreira,
 João Santiago, 
João Tunes, 
João Varanda, 
Joaquim Fernandes, 
Joaquim Guimarães, 
Joaquim Mexia Alves, 
Jorge Cabral, 
Jorge Rijo, 
Jorge Rosmaninho,
Jorge Santos, 
Jorge Tavares,
 José Barreto Pires, 
José Bastos,
 José Casimiro Caravalho, 
José Luís de Sousa, 
José Manuel Samouco, 
José Martins, 
José (ou Zé) Neto , 
José (ou Zé) Teixeira,
Júlio Benavente
Leopoldo Amado, 
Luis Carvalhido, 
Luís Graça, 
Luís Moreira (V. Castelo),
Luís Moreira (Lisboa), 
Manuel Carvalhido, 
Manuel Castro, 
Manuel Correia Bastos, 
Manuel Cruz, 
Manuel Domingues, 
Manuel G. Ferreira, 
Manuel Lema Santos, 
Manuel Mata, 
Manuel Melo, 
Manuel Oliveira Pereira, 
Manuel Rebocho, 
Manuela Gonçalves (Nela), 
Mário Armas de Sousa, 
Mário Beja Santos, 
Mário Cruz, 
Mário de Oliveira (Padre), 
Mário Dias (ou Mário Roseira Dias), 
Mário Migueis, 
Martins Julião, 
Maurício Nunes Vieira,
Nuno Rubim, 
Orlando Figueiredo, 
Paula Salgado, 
Paulo Lage Raposo, 
Paulo & Conceição Salgado, 
Paulo Santiago, 
Pedro Lauret, 
Raul Albino, 
Renato Monteiro, 
Rogério Freire, 
Rui Esteves, 
Rui Felício, 
Sadibo Dabo, 
Sérgio Pereira, 
Sousa de Castro, 
Tino (ou Constantino) Neves,
Tomás Oliveira, 
Torcato Mendonça, 
Victor David, 
Victor Tavares, 
Virgínio Briote,
Vitor Junqueira, 
Xico Allen, 
Zélia Neno
(Total=111)


3. E progressivamente alargámos o arco temporal da guerra da Guiné: começou por ser 1969/71 (o tempo da comissão do fundador do blogue,  Contuboel e Bambadinca, junho 69/mar 71), depois 1963/74 (a partir do início "oficial" da guerra) e finalmente 1961/74 (em rigor, o início e o fim desta guerra).

(...) Por razões de espaço e de tráfego, tivemos que mudar de instalações. O nosso senhorio, o Blogger.com, só nos dá 300 MB para alojar o nosso álbum de fotografias, o que é pouco para tanta gente. De facto, ao fim de um ano já estamos na casa da centena de amigos & camaradas.

O blogue passa a chamar-se simplesmente Luís Graça & Camaradas da Guiné, dando continuidade ao Blogue-fora-nada. Continuará a ser o sítio (virtual) onde nos encontramos, sempre que quisermos e pudermos. É um blogue colectivo que tem por missão ajudar a reconstituir o puzzle da memória da guerra colonial (ou do ultramar, ou de libertação, como queiram) na Guiné, nos anos quentes de 1963 a 1974. (...

E passávamos a ter um novo endereço:


Já na altura fazíamos questão de fazer uma pequena distinção, meramente circunstancial, entre: 

(i) amigos (como era o caso do José Carlos Mussá Biai, do Leopoldo Amado, do Pepito ou de outros guineenses, não combatentes; ou como é o caso das nossas companheiras ou dos nossos filhos ou sobrinhos); 

e (ii) camaradas (que dormimos no mesmo chão, que fomos mordidos pelos mesmos mosquitos, que comemos as mesmas rações, que vertemos sangue, suor e lágrimas nos mesmos rios, lalas, bolanhas, matas, buracos e tabancas, que apanhámos a mesma porrada.


4. E criámos também um livro de estilo, que foi imitado por outros blogues: o nosso comportamento, agora como… tertulianos (alguém inventou uma palavra nova em português), deve apenas pautar-se por determinados critérios éticos ou valores... E seguiam as nossas dez regras de convívio, as nossas dez regras de convívio, que fizeram história e doutrina... 

Nessa época, ainda não estava enraizado o saudável hábito de fazer comentários aos postes, embora essa funcionalidade já existisse... Simplesmente havia um mecanismo de moderação dos comentários, uma leitura e avaliação prévia por parte do(s)  editor(es)... Em boa hora acabámos com essa maçada, e abrimos as portas e as janelas a todos os comentários de todos os homens e mulheres de boa vontade que nos visitavam... O resultado tem sido deveras surpreendente e compensador, aumentando o nível de participação tantos dos membros (inscritos) do nosso blogue como dos simples leitores...  Até â data acumulámos mais de 102 mil comentários, limpos de SPAM (uma média de 5 mil por ano).

5. Por outro lado, e embora já usassemos o termo "Tabanca Grande", desde meados de 2005,   só a partir de 20 de junho de 2006 é que criámos a série "Tabanca Grande", com numeração própria (***)...

Nesse dia entraram para a nossa tertúlia o Pedro Lauret e o Mário Beja Santos. Mas não sabemos o seu nº de tabanqueitros: estão entre os 148 históricos abaixo listados. Aí a partir das 3 ou 4  centenas começámos a atribuir um número a cada novo membro (ou grã-tabanqueiro).

Escrevemos no poste P 1747, de 10 de maio de 2007 (****)

(...) Camaradas & amigos: De futuro, os novos camaradas (ex-combatentes do lado português) e amigos (por ex., filhos de camaradas nossos, jovens portugueses e guineenses que se interessam pela história da guerra colonial, antigos combatentes do PAIGC) entram directamente para a tabanca grande, que sempre é mais democrática que a tertúlia e mais arejada que a caserna... Sentamos-nos debaixo de um centenário poilão, fazemos as nossas apresentações e contamos as nossas estórias. As regras de convívio continuam a ser as mesmas.(...)

Deve ter sido a primeira vez que associámos à Tabanca Grande um poilão, simbólico, sagrado, fraterno, frondoso, acolhedor, como eram os poilões no centro, no ponto de encntro, das aldeias da Guiné-Bissau.  

Só começámos, por outro lado, a publicar estatísticas sobre a nossa atividade  bloguística em finais de 2009: nessa altura éramos já 390 tabanqueiros, tínhamos publicado c. 5580 postes, e registávamos um milhão e 400 mil páginas visitadas, 50 mil por mês... Hoje somos 888 (entre vivos e mortos), estamos à bica dos 25,6 mil postes, e mais de 15,1 milhões de páginas visitadas.


6. No final de 2006, há 18 anos,  éramos 148 os "históricos" da  nossa tertúlia (dos quais 19 já morreram; e doutros não temos notícias há muito):
 
  
A (N=28)
  • A. Marques Lopes, 
  • A. Mendes, 
  • Abel Maria Rodrigues, 
  • Abílio Machado,
  • Adelaide Gramunha Marques
  • Afonso M.F. Sousa, 
  • Aires Ferreira, 
  • Albano Costa, 
  • Amaral Bernardo,
  • Amaro Samúdio, 
  • Américo Marques (1951-2019), 
  • Ana Ferreira, 
  • Antero F. C. Santos, 
  • António Baia, 
  • António Barroso,
  • António Bartolomeu,
  • António Duarte, 
  • António Graça de Abreu,
  • António J. Serradas Pereira, 
  • António (ou Tony) Levezinho, 
  • António Pimentel,
  • António Pinto,
  • António Rosinha
  • António Santos, 
  • António Santos Almeida, 
  • Armindo Batata, 
  • Artur Conceição,
  • Artur Ramos 
B/H (N=27)
  • Belmiro Vaqueiro.
  • Benito Neves,
  • Benjamin Duráes,
  • Carlos Américo Cardoso,
  • Carlos Fortunato, 
  • Carlos Marques dos Santos (1943-2019), 
  • Carlos Schwarz ("Pepito") (1949-2014)
  • Carlos Vinhal, 
  • Carvalhido da Ponte, 
  • David Guimarães, 
  • Eduardo Magalhães Ribeiro, 
  • Ernesto Ribeiro, 
  • Fernando Barata,
  • Fernando Calado,
  • Fernando Chapouto,
  • Fernando Franco (1951-2020),
  • Fernando Gomes de Carvalho,
  • Fernando Inácio,
  • Gabriel Gonçalves,
  • Gilda Pinho Brandão,
  • Hélder Sousa,
  • Henrique Matos,
  • Henrique Pinho,
  • Hernani Acácio Figueiredo, 
  • Hugo Costa, 
  • Hugo Moura Ferreira
  • Humberto Reis
I/J (N=34)
  • Idálio Reis,
  • Inácio Silva,
  • J. Armando F. Almeida
  • J. C. Mussá Biai, 
  • J. L. Mendes Gomes,
  • J. L. Vacas de Carvalho, 
  • João Carreiro Martins,
  • João Carvalho, 
  • João S. Parreira, 
  • João Santiago, 
  • João Tunes, 
  • João Varanda, 
  • Joaquim Fernandes, 
  • Joaquim Guimarães, 
  • Joaquim Mexia Alves, 
  • Jorge Cabral (1944-2021) 
  • Jorge Canhão.
  • Jorge Neto,
  • Jorge Rijo, 
  • Jorge Rosmaninho, 
  • Jorge Santos, 
  • Jorge Tavares, 
  • José Afonso,
  • José Barreto Pires, 
  • José Bastos, 
  • José Casimiro Caravalho, 
  • José Luís de Sousa, 
  • José Manuel Samouco,
  • José Martins,
  • José (ou Zé) Neto (1927-2007),
  • José Rocha,
  • José (ou Zé) Teixeira, 
  • Júlio Benavente 
  • Júlio César 
L/M (N=29)
  • Leopoldo Amado (1960-2021), 
  • Luís Camões.
  • Luis Carvalhido, 
  • Luís Graça, 
  • Luís F. Moreira (1948-2013), 
  • Luís Moreira,
  • Luís Nabais,
  • Manuel Carvalhido, 
  • Manuel Castro, 
  • Manuel Correia Bastos, 
  • Manuel Cruz, 
  • Manuel Domingues, 
  • Manuel G. Ferreira, 
  • Manuel Lema Santos, 
  • Manuel Mata, 
  • Manuel Melo, 
  • Manuel Oliveira Pereira, 
  • Manuel Rebocho, 
  • Manuela Gonçalves ("Nela") (1946-2019), 
  • Mário Armas de Sousa, 
  • Mário Beja Santos, 
  • Mário Bravo,
  • Mário Cruz ("Shemeiks"),
  • Mário Fitas,
  • Mário de Oliveira (Padre) (1937-2022),
  • Mário Dias (ou Mário Roseira Dias), 
  • Mário Migueis, 
  • Martins Julião, 
  • Maurício Nunes Vieira
N/Z (N=30)
  • Nelson Domingues,
  • Nuno Rubim (1938-2023), 
  • Orlando Figueiredo, 
  • Paula Salgado,
  • Paulo Lage Raposo, 
  • Paulo & Conceição Salgado, 
  • Paulo Santiago, 
  • Pedro Lauret, 
  • Raul Albino (1945-2020), 
  • Renato Monteiro (1946-20121), 
  • Rogério Freire, 
  • Rui Alexandrino Ferreira (1943-2022),
  • Rui Esteves, 
  • Rui Felício,
  • Rui Silva, 
  • Sadibo Dabo, 
  • Sérgio Pereira, 
  • Sousa de Castro, 
  • Tino (ou Constantino) Neves, 
  • Tomás Oliveira, 
  • Torcato Mendonça (1944-2021), 
  • Victor Barata (1951-2021).
  • Victor Condeço (1943-2010),
  • Victor David, 
  • Victor Tavares, 
  • Virgínio Briote, 
  • Vitor Junqueira, 
  • Xico Allen (1950-2022),
  • Zélia Neno (1953-2023).


E a propósitos de portas e janelas (que não existem na Tabanca Grande, como não existem valas, abrigos, espaldões, arame farpado, cavalos de frisa, etc.), fica aqui uma sugestão: continuemos a celebrar o nosso 20º  aniversário, procurando sobretudo surpreendermo-nos uns aos outros, aos amigos e camaradas da Guiné, bem como às muitas centenas de leitores, anónimos, que nos visitam diariamente, com os nossos textos, as nossos documentos, as nossas fotos, as nossas histórias... Mesmo que o blogue já não tenha a mesma frescura, novidade, dinâmica, etc., dos primeiros anos... Convenhamos que 20  anos a blogar, é muita coisa, são pelo menos 10 comissões de serviço na Guiné... 

Nestes 20 anos também conseguimos reslizar  14 encontros nacionais da Tabanca Grande,de 2006 a 2019). O último foi o XIV, em 25 de maio de 2019. O XV já se realizou por causa da pamdemia de Covid-19.
________________

Notas do editor:

(***) Vd, poste de 20 de junho de  2006 > Guiné 63/74 - P887: Tabanca Grande (1): Pedro Lauret, ex-Imediato da LFG Orion e Mário Beja Santos, ex-Alf Mil CMDT do Pel Caç Nat 52

(****) Vd poste de 10 de maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1747: Tabanca Grande (8): Herlânder Simões, ex-Fur Mil, um dos Duros de Nova Sintra (1972/74)
 

sábado, 18 de maio de 2024

Guiné 61/74 - P25539: Os nossos seres, saberes e lazeres (629): Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (154): Lembranças de Manuel de Brito e da Galeria 111 (4) (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 8 de Maio de 2024:

Queridos amigos,
É um adeus e até ao meu regresso, a 111 mantém-se imparável, estou certo e seguro que o Centro de Arte Manuel de Brito nos reservará agradáveis surpresas depois de agosto. Aquele espaço é para mim lugar de culto e aqui faço um arrazoado de alguns achados que me transfiguraram a existência. Não cometo nenhum excesso de linguagem quando digo que na 111 vi com os meus olhos exposições esplendentes, que aqui se cimentou um modo de olhar e que me perdoem ter-me desdobrado a falar do meu deslumbramento por esta exposição onde encontrei pontos de ancoragem para o meu gosto, e daí lembrar com muita saudade o Manuel de Brito que lançou esta bela aventura do espírito.

Um abraço do
Mário



Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (154):
Lembranças de Manuel de Brito e da Galeria 111 - 4


Mário Beja Santos

Despeço-me com pesar desta romagem de saudade a um espaço que frequentei nos anos 1960 e 1970, com bastante assiduidade. Antes de começar a trabalhar aos 19 anos, fiz-me sócio da Gravura e alguns dos nomes proeminentes que irei ver desfilar neste espaço recebi a informação e anualmente um trabalho artístico, a quotização era baixinha. Enquanto visitava esta exposição que está patente até dia 3 de agosto lembrei-me de duas conversas havidas, uma com Manuel de Brito, outra com António Dacosta. Brito insistia que eu devia comprar aquela serigrafia do autorretrato da Sonia Delaunay, e eu insistia no meu salário magro e numa filha recém-nascida, ele advertiu-me que me iria arrepender, e o mínimo que hoje posso dizer é que teria sido preferível andar um mês a pão e laranjas, e poder hoje ter esta obra admirável para regalo dos meus olhos; Dacosta, que eu não conhecia, entendeu que eu era merecedor de uma visita guiada, falei-lhe de que convivera com um quadro seu, uma obra admirável do período surrealista, estava pendurada numa parede da sala do poeta Ruy Cinatti, fizemos a visita guiada a falar do Cinatti.

A 111 foi uma casa ofuscante da minha formação, deu facilmente para entender que estes movimentos estéticos que as exposições apresentavam traduziam uma abertura de espírito cada vez mais longe da “política de espírito” de António Ferro e que o regime de Salazar, com maior ou menor aceitação, apoiava nos seus certames, tudo sobre a aura do modernismo. A 111 trazia a rotura, a multifacetada modernidade, a Lourdes Castro, o Costa Pinheiro, o Noronha da Costa, António Areal, Eduardo Batarda, Helena Almeida, João Cutileiro, foi neste espaço que conheci a arte de Palolo, de Paula Rego, o outro Pomar, enfim, a redescoberta daquela Sonia Delaunay. É evidente que estavam em marcha iniciativas que iriam transfigurar a arte portuguesa, logo as bolsas de estudo atribuídas pela Gulbenkian, as exposições de artistas estrangeiros, as celebrações de efemérides, os prémios que, de um modo geral, confirmavam os talentos que ajudaram a reforçar o que veio depois a acontecer com o 25 de Abril.

Despeço-me deste arco histórico de seis décadas de alguma das melhores artes plásticas portuguesas que a 111 guarda no seu bojo, enfim, que me perdoem este paraninfo que envolve aquelas décadas em que se me formou o gosto, e até me apetece recordar o que naquele tempo estava a mudar no design gráfico, o Sena da Silva, o Victor Palla, o Sebastião Rodrigues, o Infante do Carmo, eram novos caminhos, eu não desdenhava as belas capas de livros de Bernardo Marques, João da Câmara Leme ou Paulo Guilherme, até mesmo o Cândido Costa Pinto de que guardo religiosamente alguns livros da Coleção Vampiro, onde ele pontificou até perto do nº100, só que foi neste espaço que alguém que caminhava para os 20 anos e até uma década mais tarde veio aqui ver alguma das mais esplendentes exposições que houve em Portugal.

Manuel de Brito e Costa Pinheiro
António Dacosta e Manuel de Brito
Júlio Pomar, José Saramago e Menez
António Dacosta, Ilha
Bartolomeu dos Santos, Parabéns pela menina de Abril, 1975
Nikias Skapinakis, Santa Liberdade
Noronha da Costa, sem título
Lourdes Castro, Sombra Deitada
Costa Pinheiro, Universonaut
Maria Helena Vieira da Silva, Quer-Luz
Eduardo Luiz, sem título
Sónia Delaunay, Autorretrato
_____________

Nota do editor

Último pose da série de 11 DE MAIO DE 2024 > Guiné 61/74 - P25508: Os nossos seres, saberes e lazeres (628): Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (153): Lembranças de Manuel de Brito e da Galeria 111 (3) (Mário Beja Santos)

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Guiné 61/74 - P25535: O Cancioneiro da Nossa Guerra (19): O "soneto do artilheiro" (17º Pel Art + CCAÇ 6, Bedanda, 1971/73)




O "soneto do artilheiro", 

da autoria dos Fur Mil Art Machado e Fereira




Fonte: "O Seis do Cantanhês", nº 1, 1973 (?)... Jornal mensal (só saíram dois números)...



1.  Em 1 de julho de 1971, no subsetor de Bedanda, o dispositivo das NT era o seguinte: CCaç 6, 17° PelArt (14cm), 1 Esq" do Pel CanhSRc 3079, e  Pel Mil 237.
 
Não conhecemos  ninguém do 17º Pel Art (14cm)... Descobrimos entretanto, num exemplar do jornal de caserna "O seis do Cantanhez", milagrosamente salvo pelo nosso saudoso António Teixeira (ex-Alf Mil da CCAÇ 6, Bedanda, 1972/73), este cantinho dedicado ao "dezassete"... (Leia-se: 17º Pel Art;  17=3 secções + obus 14). De qualquer modo, gostaríamos de saber quem eram e por onde param estes dois graduados do 17º Pel Art.

Pois, camaradas e amigos da Guiné, vemos  que a malta do 17º Pel Art  era rapaziada que tinha coragem para dar e vender. Não sei se a artilharia era a aristocracia do exército (não me metemos nessas polémicas intestinas). De qualquer modo, o coice da coisa, o clarão do obus, o silvo, o trovão... era qualquer coisa que fazia acelerar as pulsações do infante... 

Senti-las passar e silvar por cima da cabeça é uma experiência inesquecível, para alguns de nós, infantes: a princípio, uma gajo sente-se acagaçado, mas no fim o coração é invadido por um estranha e inebriante tranquilidade quando elas [as granadas de obus] fazem calar as armas do inimigo... Sobretudo no mato, quando um gajo não tem buraco para enfiar os "cornos"...

Em contrapartida, o que lhe sobrava em sentido de humor era capaz de lhes faltar em talento... literário. Não se pode ter tudo, ou não se pode ser bom em tudo: mesmo assim a dupla Machado & Ferreira (onde é que vocês param, rapazes ?) deixaram-nos um soneto, pouco canónico é certo (na realidade, 4 quadras), mas bem humorado, e seguramente digno de figurar no Cancioneiro da Nossa Guerra (*).

Adorámos  o último verso, um conselho (prático e terapêutico) para muita gente que neste país usa e obusa/abusa, todos os dias, do seu "tempo de antena", e que tem um problema de "incontinência verbal"... Pois aqui fica, contra o desvario da loquacidade nacional, a advertência do artilheiro de Bedanda (**):

- Findo, p'ra não 'obusar'...

E nós também  ficamos por aqui... Não queremos  'obusar', mesmo que às vezes nos dê uma enorme vontade de 'obusar'... Durmam bem, artilheiros de todo o mundo! 

PS - Não se pode falar da nossa heróica artilharia no TO da Guiné, em geral, nem do 17º Pel Art que esteve em Bedanda, em particular, sem chamar à colação o nosso doutor Amaral Bernardo e a sua famosa foto do obus 14 a fazer horas extraordinárias... (ou a "faturar", como queiram).

Guiné > Região de Tombali > Bedanda > 1969 > Álbum fotográfico do João Martins > Foto nº 135/199 > O temível obus 14... mais um elemento da guarnição africana do Pel Art, que dependia da BAC 1 (Bissau).

Foto (e legenda): © João José Alves Martins (2012). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > 1971 > A famosa e feliz foto do ex-Alf Mil Médico Amaral Bernardo, membro da nossa Tabanca Grande desde Fevereiro de 2007: a saída do obus 14, de noite. 

Legenda: "Foi tirada com a máquina rente ao chão. Bedanda tinha três. Uma arma demolidora. Um supositório de 50 quilos lançado a 14 km de distância... Era um pavor quando disparavam os três ao mesmo tempo... Era costume pregar sustos aos periquitos... Eu também tive honras de obus, quando lá cheguei"... 

Foto (e legenda): © Amaral Bernardo (2007). Todos os direitos reservados. 
[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

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(**) Vd. poste de 1 de outubro de  2011 > Guiné 63/74 - P8843: Cancioneiro de Bedanda (2): O soneto do artilheiro do 17º PELART, que termina com um sábio e genial conselho contra a loquacidade nacional: Findo, p'ra não obusar...

sábado, 4 de maio de 2024

Guiné 61/74 - P25477: Os nossos seres, saberes e lazeres (626): Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (152): Lembranças de Manuel de Brito e da Galeria 111 (2) (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 25 de Abril de 2024:

Queridos amigos,
É uma romagem de saudade, encontro na 111 uma das pontes que me fez chegar à democracia com os equipamentos dados pelos anunciadores do futuro. Os jovens universitários desciam das faculdades de Medicina, Direito e de Letras e tinham no Campo Grande dois postos de acolhimento, um para adquirir as obras de estudo, outro onde se revelavam sinais de mudança, livros ideológicos que não se podiam traduzir, a novíssima poesia, o novo romance, obras de gente proscrita, e daí a 111 ser visitada regularmente para apreensões. Havia sempre o conselho personalizado do Manuel de Brito, até que um dia, no princípio de 1964, abriu um espaço ao lado da livraria, uma pequena sala, ali vieram expor artistas de que eu nunca ouvira falar, caso de Álvaro Lapa, Palolo ou António Sena. 60 anos depois sinto-me embevecido por ver esta coleção, o Arquivo Histórico-Cultural que a acompanha, instituição de referência, e ver a coleção a crescer, com artistas nacionais e estrangeiro. Vale a pena ir até ao Campo Grande até aos princípios de agosto, ali se podem contemplar algumas das obras mais representativas de artistas plásticos que marcaram a nossa geração.

Um abraço do
Mário



Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (152):
Lembranças de Manuel de Brito e da Galeria 111 - 2


Mário Beja Santos

Nos chamados Anos de Chumbo, havia os retratistas de encomenda (Henrique Medina ou Eduardo Malta), os mestres das empreitadas oficiais (Barata Feyo), os modernistas que António Ferro tolerava (Paolo Ferreira, Carlos Botelho, Bernardo Marques, Almada Negreiros, Sarah Afonso, Ofélia Marques…), os neorrealistas (Júlio Pomar, Vespeira…) que, de um modo geral, transitaram para outras correntes estéticas no início da década de 1960, os surrealistas (Cruzeiro Seixas, Cesariny, Carlos Eurico da Costa, Cândido da Costa Pinto) e, fora destas tendências, emergiram uns jovens que irão encontrar guarida, imagine-se, em galerias como a do Diário de Notícias ou no lugar de exposições numa sala anexa à Livraria 111, no Campo Grande, sonho de Manuel de Brito, a 111 tornar-se-á, nas décadas subsequentes, um espaço memorável para estreantes e novos consagrados como Nikias Skapinakis, Sá Nogueira, Pomar, Paula Rego, Menez, entre muitíssimos outros. Ao longo de 60 anos aqui farão exposições Maria Helena Vieira da Silva, Lourdes Castro, Charrua, Eduardo Batarda, Noronha da Costa, Cutileiro, José Escada, Eurico Gonçalves, Jacinto Luís, João Moniz Pereira, Palolo, Vespeira, João Vieira, entre muitíssimos outros, uma centena e tal de exposições, e hoje um acervo histórico documental de referência para as artes plásticas portuguesas. A coleção cresceu com aquisições de importantes artistas estrangeiros, como Arman, Sonia Delaunay, Bengt Lindström, Karel Appel, Vasarely, Arpad Szenes, e muitos mais.

Para a minha geração, descendo a Alameda da Universidade, havia duas livrarias onde íamos bater à porta, a Universitária e a 111, conteúdos distintos. A 111 era uma caverna de curiosidades, as novas correntes de poesia, aqui se trocavam informações sobre autores face aos quais não havia condições para traduzir, as editoras conheciam as linhas vermelhas da PIDE e da Censura, Manuel de Brito sugeria aquisições que sabíamos impensáveis noutras livrarias, era ali ou junto do senhor José Barata, livraria do mesmo nome, na Avenida de Roma. E depois surgiu a pequena sala anexa, quem não tinha dinheiro como eu era ali que podia ouvir Jacques Brel ou Adriano Correia de Oliveira, e para surpresa de muitos podíamos entremear música destes novos trovadores com Bach, os russos clássicos ou de vanguarda. Foi assim.

Esta exposição dos 60 anos da 111 (1964-2024) é credora da nossa visita. A primeira vez que lá entrei para a visitar parecia-me uma galeria de estampas à moda antiga, fui arrebatado pela disposição das obras, há para ali muita luminosidade, claros-escuros, mensagens encriptadas, roturas, enfim, um espectro de correntes estéticas que chega praticamente aos nossos dias. Tenho todo o prazer em lá voltar e gostava de vos dizer que a exposição está patente até ao início de agosto, entrada grátis, o visitante até pode receber uma curiosa lembrança.

Manuel de Brito frente à Livraria 111, a rua chamava-se então Estrada de Malpique, naquele prédio viviam Mário Soares e Maria Barroso e os filhos, a livraria fazia esquina com o Campo Grande, Manuel de Brito alargou a livraria a um espaço onde entraram as artes plásticas, a música clássica e os trovadores que anunciaram o 25 de Abril
Montra da Livraria 111 nos bons velhos tempos
João Leonardo, Busto, beatas de cigarros e caixa em acrílico
René Bertholo, Bateau a Qual II, objeto mecânico em metal
Eduardo Luís, A Gaveta Desabitada
Manuel de Brito, desenho de um grande artista
José Escada, guache e tinta-da-china sobre papel
Nikias Skapinakis, Paisagem
Júlio Pomar, Pantagruel, ilustrações para o livro
João Vieira, Sonsoar, guache sobre papel
António Palolo, guache sobre papel

(continua)
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Nota do editor

Último post da série de 27 DE ABRIL DE 2024 > Guiné 61/74 - P25451: Os nossos seres, saberes e lazeres (625): Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (151): Lembranças de Manuel de Brito e da Galeria 111 (1) (Mário Beja Santos)

terça-feira, 2 de abril de 2024

Guiné 61/74 - P25328: Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Lançamento do livro em 2010 - Parte IV: Um dos raros registos em vídeo do autor a fazer uma curta intervenção de agradecimento... Nesta sessão, venderam-se 140 exemplares do livro.


Lisboa >  Museu Militar > 15 de Abril de 2010 >  Lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, 2010) (*). 

Breves palavras, finais, de agradecimento proferidas pelo autor (aqui num raro registo videográfico), após intervenção do presidente da Associação de Comandos, dr. José Lobo do Amaral, e dos restantes oradores, cor 'cmd'  ref Raúl Folques (cmdt do Batalhão de Comandos da Guiné, de 28 de Julho de 1973 a 30 de Abril de 1974), cor inf  ref Manuel Bernardo e dr. Nuno Rogeiro, jornalista e analista político.

Vídeo (1' 07''): ©   Luís Graça (2010). Alojado em You Tube > Nhabijoes



Lisboa >  Museu Militar > 15 de Abril de 2010 >   Lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, 2010). Breve intervenção, final, do dr. Augusto Mendes Pereira, que foi furriel miliciano vagomestre da 1ª Companhia de Camandos Africanos, sediada em Fá Mandinga, onde conheceu o Amadu Djaló. (Augusto Mendes Pereira em 2019 era conselheiro do ministro da Energia para a área económica, no governo da Guiné-Bissau.)

Vídeo (2' 11''): ©   Luís Graça (2010). Alojado no You Tube > Nhabijoes



Lisboa >  Museu Militar > 15 de Abril de 2010 >  Lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, 2010).   Membros da nossa Tabanca Grande, o Alberto Branquinho e o António J. Pereira da Costa.


Lisboa >  Museu Militar > 15 de Abril de 2010 >   Lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, 2010). >  Membros da nossa Tabanca Grande, o José Martins (Odivelas) e o José Eduardo Oliveira Jero (Alcobaça e Oeiras) (1940-20219) ... 


Lisboa >  Museu Militar > 15 de Abril de 2010 >   Lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, 2010) >   Membros da nossa Tabanca Grande, e neste caso também da Tabanca da Linha, o José Manuel Dinis (1948-2021) e o António F. Marques.

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. O lançamento do livro do Amadu Bailo Djaló, "Guineense, Comando, Português: I Volume: Comandos Africanos, 1964 - 1974" (Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp, il.) foi um acontecimento cultural, social e militar, juntando no Museu Militar algumas conhecidas personalidades e sobretudo muitos amigos e camaradas da Guiné, antigos combatentes, incluindo guineenses,  membros ou não da nossa Tabanca Grande, alguns, infelizmente, já falecidos: cite-se o Carlos Santos, o José Eduardo Oliveira (JERO), o Coutinho e Lima, o José Manuel Matos Dinis, o Rui A. Ferreira,  o Calvão de Melo.

Mesmo em dia de chuva, a meio da semana,  ao fim de tarde, estes outros  amigos e camaradas nossos (como o António Santos,  a Irene Martins, a Alice Carneiro, a Giselda Pessoa, o Miguel Pessoa, o João Martins, o Alberto Branquinho, o António J. Pereira Costa, o António F. Marques, o Manuel Gonçalves, o João Parreira, o Mário Dias, o José Botelho Colaço, e tantos outros ...) fizeram, questão de comparecer para apoiar o Amadu Djaló e o Virgínio Briote. 

Temos estado a recordar alguns dos melhores momentos desse evento, a que o nosso blogue dedicou, na altura, em 2010, nada mais mais nada menos do que cinco postes, reproduzindo  nomeadamente as intervenções dos três oradores convidados: o jornalista, escritor e analista político Nuno Rogeiro, o cor 'cmd' Raul Folques, que foi cmdt do Amadu Djaló, em 1973, no Batalhão de Comandos da Guiné, e o cor inf ref e escritor Manuel Bernardo (*).

Como escreveu, no blogue,  o Virgínio Briote:

 "Estás a imaginar o esforço em pôr nomes nas caras que eu tive a sorte de ver hoje? Não contei o número de Camaradas que quiseram prestar homenagem aos Guineenses que connosco andaram e chafurdaram naqueles trilhos e bolanhas. Sei que vi muitas caras conhecidas do Luís Graça e Camaradas da Guiné e que a sala estava cheia. E que, no fim, tinham sido vendidos 140 exemplares. E que a sessão, globalmente, correu bem."

Outros camaradas não puderam estar presentes mas apoiaram esta memorável iniciativa através de comentários no nosso blogue: casos, por exemplo, do Torcato Mendonça (1944-2021), Juvenal Amado,  Joaquim Mexia Alves, Manuel Marinho (1950-2022),  Mário Fitas e  Carlos Cordeiro (1946-2018).

De registar a ausência da comunicação social.
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Nota de L.G.:

(*) Vd. postes anteriores da série > 

15 de março de 2024 > Guiné 61/74 - P25274: Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Lançamento do livro em 2010 - Parte III: Intervenção do cor inf ref e escritor Manuel Bernardo