1. Mensagem do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado
Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70) com data de 17 de Junho de 2020:
Bom Dia Carlos Vinhal
Aqui está o Albino Silva a enviar mais trabalho
para ti e para a Tabanca.
Agora é o número 5 do meu Álbum de Fotos e só espero não estar a desiludir.
Chegando ao 9 termina e passarei a enviar outros temas.
Tudo isto para compensar o tempo em que estive ausente da Tabanca.
Para os Chefes de Tabanca e Homem Grande, os meus sinceros cumprimentos,
estendendo os mesmos a todos os Tertulianos
Albino Silva
(Continua)
____________
Nota do editor
Último poste da série de 16 de junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21081: Memórias de um Soldado Maqueiro (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS / BCAÇ 2845) (11): Álbum fotográfico - Parte IV
Blogue coletivo, criado e editado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra col0onial, em geral, e da Guiné, em particular (1961/74). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que sáo, tratam-se por tu, e gostam de dizer: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande. Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
terça-feira, 23 de junho de 2020
Guiné 61/74 - P21103: Armamento (8): As novas Armas Ligeiras para o Exército (1) (Luís Dias, ex-Alf Mil Inf)
1. Em mensagem de 22 de Junho de 2020, o nosso camarada Luís Dias, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 3491/BCAÇ
3872 (Dulombi e Galomaro, 1971/74), enviou-nos um extenso trabalho sobre as armas que irão substituir algumas das do nosso tempo.
Caríssimo Luís Graça
Junto remeto um trabalho de informação sobre as armas que irão substituir a velha pistola Walther P38, as velhas HK G3 e as ML MG42 e HK 21.
Também uma referência para o novo tipo de camuflado.
Se achares que é de interesse para a nossa "Tabanca Grande" podes publicar.
Obrigado e um grande abraço.
Luís Dias
(Continua)
____________
Nota do editor
Último poste da série de 24 DE ABRIL DE 2019 > Guiné 61/74 - P19715: Armamento (7): Granada de mão e dilagrama (Luís Dias)
Caríssimo Luís Graça
Junto remeto um trabalho de informação sobre as armas que irão substituir a velha pistola Walther P38, as velhas HK G3 e as ML MG42 e HK 21.
Também uma referência para o novo tipo de camuflado.
Se achares que é de interesse para a nossa "Tabanca Grande" podes publicar.
Obrigado e um grande abraço.
Luís Dias
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(Continua)
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Nota do editor
Último poste da série de 24 DE ABRIL DE 2019 > Guiné 61/74 - P19715: Armamento (7): Granada de mão e dilagrama (Luís Dias)
Guiné 61/74 - P21102: Pré-publicação: "Odisseia 'Magnífica': Uma Volta ao Mundo com Magalhães e Covid 19", de António Graça de Abreu - Excertos, parte I: Civitavecchia, Itália, 4 de janeiro de 2020...
Três camaradas da Guiné, a bordo do MSC - Magnifica: da esquerda, para a direita, António Graça de Abreu, José Vinhas e Constantino Ferreira. Já convidámos o Vinhas a integrar a nossa Tabanca Grande...
Foto (e legenda): © Constantino Ferreira (2020) Todos os direitos reservados.
[Edição e legendagem comlementar: Blogue Lu+is Graça & Camaradas da Guiné]
[Edição e legendagem comlementar: Blogue Lu+is Graça & Camaradas da Guiné]
MCS - World Cruise > Itália, Genova> 5 de janeiro de 2020 > Uma réplica de um galeão espanhol do séc. XVII.
Foto (e legenda): © António Graça de Abreu (2020) Todos os direitos reservados.
[Edição e legendagem comlementar: Blogue Lu+is Graça & Camaradas da Guiné]
1. São 137 páginas do diário de bordo do nosso amigo e camarada António Graça de Abreu, na sua última viagem de volta ao mundo (2020).
O António Graça de Abreu [ ex-alf mil, CAOP 1 (Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74), membro sénior da Tabanca Grande, com cerca de 260 referências no nosso blogue] é poeta, escritor, tradutor, sinólogo: autor de livros de poesia (8), história (4), traduções (7), e viagens (3).
Recorde-se que ele andou recentemente a fazer o MSC - World Cruise. Teve de regressar a casa mais cedo do que o previsto, por causa da pandemia de COVID-19. Mas chegou, são e salvo, das peripécias da viagem de volta ao mundo, no MSC Magnifica.
Já aqui reproduzimos alguns dos seus apontamentos dessa viagem, em que participou também outro nosso camarada, o Constantino Ferreira d'Alva, ex-fur mil art da CART 2521 (Aldeia Formosa, Nhala Mampatá, 1969/71) (*).
Por cortesia do António Graça de Abreu, vamos reproduzir aqui, nesta nova série, alguns dos momentos dessa viagem com mais interesse para os nossos leitores. São excertos selecionados pelo nosso editor.
Haverá um lançamento do livro, em data oportunamente a anunciar... Não sabemos, entretanto, se o autor já tem editor (LG).
2. Pré-publicação: "Odisseia 'Magnífica': Uma Volta ao Mundo com Magalhães e Covid 19", de António Graça de Abreu - Excertos, parte I (pp. 4-8)
Civitavecchia, Itália, 4 de Janeiro (pp. 4-5)
O voo Lisboa-Roma, duas horas e quarenta e cinco minutos, é hoje tão simples de fazer como, no século XVI, seria zarpar numa falua do Cais do Sodré para Alcochete. Se os tempos mudam e as viagens também, permanece o gosto de cada um descobrir o mundo já descoberto, continua o prazer de nos desvendarmos.
Trouxe comigo, além da companheira chinesa de muitos anos, trouxe nos esconsos do bolso direito um senhor velhinho chamado Fernão de Magalhães. Vou navegar em mares e estreitos por ele desbravados, vamos entabular grandes conversas sulcando oceanos tempestuosos e pacíficos.
A Volta ao Mundo começa aqui, na noite de Civittavechia, cidade conhecida sobretudo como terminal ou escala de navios de cruzeiros que avançam pelo Mediterrâneo, de oeste para leste, de norte para sul, transportando turistas que usufruem de um vasto pacote de prazeres da vida, em barcos alindados, repletos de mordomias e conforto. (...)
Génova, Itália, 5 de Janeiro (pp. 6- 8)
Umas tantas passagens, há uns bons pares de anos, pelas margens de Génova, de automóvel, por túneis e viadutos encostados às montanhas da Ligúria, com a cidade lá em baixo, em rota para outros destinos italianos, jamais haviam dado para parar e assentar o pé no âmago do burgo.
Agora, vindo do mar, até foi possível encontrar a casa-museu de Cristóvão Colombo, junto ás portas Soprana, do sec. XIII, infelizmente fechada. Génova deu o nome de Colombo ao seu aeroporto e será que o navegador nasceu mesmo aqui, como quer quase toda a História, ou abriu pela primeira vez os olhos para o mundo, portuguesmente, na saudável e ensolarada vila alentejana de Cuba?
Até que ponto foi Fernão de Magalhães, 35 anos mais novo do que Colombo, beber informações às viagens do descobridor das américas? Ambos queriam chegar ao Oriente viajando para Ocidente, o que só Magalhães conseguiu.
Em termos de prática da arte de marear, quer Colombo, quer Magalhães utilizaram o Almanaque coligido pelo judeu Abraão Zacuto (1450-1515), que eram, de algum modo, as tábuas de navegação da época. Certo, certo é que ao sair de Sanlucar de Barrameda, a 20 de Setembro de 1519, as cinco naus de Magalhães levavam 237 homens, 18 dos quais eram genoveses, gente bem habilitada para o domínio e exercício das coisas da navegação e do mar. (...)
Em 1298 e 1299, na sequência da guerra entre Veneza e Génova, aqui esteve preso o veneziano Marco Polo que, na cadeia, foi ditando as suas recordações e memórias ao mais ilustrado Rusticello de Pisa, companheiro de cela. Passadas ao papel, são o famoso Livro de Marco Polo que Cristóvão Colombo, leu, anotou e levou consigo na primeira viagem de descoberta da América, quando acreditou que ia ao encontro do Oriente e da China. (...)
Num cais, na zona baixa da cidade, surpreendeu-me a réplica impecável de um impressionante galeão espanhol do século XVII. Foi usado por Roman Polanski na rodagem do filme Os Piratas, de 1986, e impressiona o gigantismo da nau chamada Neptuno, o barroquismo da decoração, os canhões a espreitar por tudo quanto é sítio.
No entanto, o galeão é mais do que fake, uma imitação recente, e não me parece ser capaz de navegar mais de duzentos metros no porto da baía de Génova. Verdade é que os genoveses são excelentes construtores de navios. O Costa Luminosa, o barcalhão que em 2016 me levou na primeira viagem de Volta ao Mundo, foi parcialmente construído aqui perto, em 2009, nos estaleiros Fincatieri. (...)
(Continua)
[Seleção / revisão e fixação de texto para efeitos de edição neste blogue: LG]
______________
Nota do editor:
(*) Vd, último poste da série > 21 de abril de 2020 > Guiné 61/74 - P20883: Viagem de volta ao mundo: em plena pandemia de COVID 19, tentando regressar a casa (Constantino Ferreira & António Graça de Abreu) (12): os sítios que ficaram por visitar...
[Edição e legendagem comlementar: Blogue Lu+is Graça & Camaradas da Guiné]
1. São 137 páginas do diário de bordo do nosso amigo e camarada António Graça de Abreu, na sua última viagem de volta ao mundo (2020).
O António Graça de Abreu [ ex-alf mil, CAOP 1 (Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74), membro sénior da Tabanca Grande, com cerca de 260 referências no nosso blogue] é poeta, escritor, tradutor, sinólogo: autor de livros de poesia (8), história (4), traduções (7), e viagens (3).
Recorde-se que ele andou recentemente a fazer o MSC - World Cruise. Teve de regressar a casa mais cedo do que o previsto, por causa da pandemia de COVID-19. Mas chegou, são e salvo, das peripécias da viagem de volta ao mundo, no MSC Magnifica.
Já aqui reproduzimos alguns dos seus apontamentos dessa viagem, em que participou também outro nosso camarada, o Constantino Ferreira d'Alva, ex-fur mil art da CART 2521 (Aldeia Formosa, Nhala Mampatá, 1969/71) (*).
Por cortesia do António Graça de Abreu, vamos reproduzir aqui, nesta nova série, alguns dos momentos dessa viagem com mais interesse para os nossos leitores. São excertos selecionados pelo nosso editor.
Haverá um lançamento do livro, em data oportunamente a anunciar... Não sabemos, entretanto, se o autor já tem editor (LG).
2. Pré-publicação: "Odisseia 'Magnífica': Uma Volta ao Mundo com Magalhães e Covid 19", de António Graça de Abreu - Excertos, parte I (pp. 4-8)
Civitavecchia, Itália, 4 de Janeiro (pp. 4-5)
Esta manhã em Lisboa, a jornada marítima, a minha segunda Volta ao Mundo, começou num Airbus 319, um avião rumo a Fiumicino, Roma. A aeronave subiu no céu baptizada com o emérito nome de Camilo Castelo Branco, engenhoso tecelão de inesquecíveis romances, fazedor de painéis de depuradas vidas, há dois séculos à solta pela pátria lusitana. (,,,)
O voo Lisboa-Roma, duas horas e quarenta e cinco minutos, é hoje tão simples de fazer como, no século XVI, seria zarpar numa falua do Cais do Sodré para Alcochete. Se os tempos mudam e as viagens também, permanece o gosto de cada um descobrir o mundo já descoberto, continua o prazer de nos desvendarmos.
Trouxe comigo, além da companheira chinesa de muitos anos, trouxe nos esconsos do bolso direito um senhor velhinho chamado Fernão de Magalhães. Vou navegar em mares e estreitos por ele desbravados, vamos entabular grandes conversas sulcando oceanos tempestuosos e pacíficos.
A Volta ao Mundo começa aqui, na noite de Civittavechia, cidade conhecida sobretudo como terminal ou escala de navios de cruzeiros que avançam pelo Mediterrâneo, de oeste para leste, de norte para sul, transportando turistas que usufruem de um vasto pacote de prazeres da vida, em barcos alindados, repletos de mordomias e conforto. (...)
Génova, Itália, 5 de Janeiro (pp. 6- 8)
Umas tantas passagens, há uns bons pares de anos, pelas margens de Génova, de automóvel, por túneis e viadutos encostados às montanhas da Ligúria, com a cidade lá em baixo, em rota para outros destinos italianos, jamais haviam dado para parar e assentar o pé no âmago do burgo.
Agora, vindo do mar, até foi possível encontrar a casa-museu de Cristóvão Colombo, junto ás portas Soprana, do sec. XIII, infelizmente fechada. Génova deu o nome de Colombo ao seu aeroporto e será que o navegador nasceu mesmo aqui, como quer quase toda a História, ou abriu pela primeira vez os olhos para o mundo, portuguesmente, na saudável e ensolarada vila alentejana de Cuba?
Até que ponto foi Fernão de Magalhães, 35 anos mais novo do que Colombo, beber informações às viagens do descobridor das américas? Ambos queriam chegar ao Oriente viajando para Ocidente, o que só Magalhães conseguiu.
Em termos de prática da arte de marear, quer Colombo, quer Magalhães utilizaram o Almanaque coligido pelo judeu Abraão Zacuto (1450-1515), que eram, de algum modo, as tábuas de navegação da época. Certo, certo é que ao sair de Sanlucar de Barrameda, a 20 de Setembro de 1519, as cinco naus de Magalhães levavam 237 homens, 18 dos quais eram genoveses, gente bem habilitada para o domínio e exercício das coisas da navegação e do mar. (...)
Em 1298 e 1299, na sequência da guerra entre Veneza e Génova, aqui esteve preso o veneziano Marco Polo que, na cadeia, foi ditando as suas recordações e memórias ao mais ilustrado Rusticello de Pisa, companheiro de cela. Passadas ao papel, são o famoso Livro de Marco Polo que Cristóvão Colombo, leu, anotou e levou consigo na primeira viagem de descoberta da América, quando acreditou que ia ao encontro do Oriente e da China. (...)
Num cais, na zona baixa da cidade, surpreendeu-me a réplica impecável de um impressionante galeão espanhol do século XVII. Foi usado por Roman Polanski na rodagem do filme Os Piratas, de 1986, e impressiona o gigantismo da nau chamada Neptuno, o barroquismo da decoração, os canhões a espreitar por tudo quanto é sítio.
No entanto, o galeão é mais do que fake, uma imitação recente, e não me parece ser capaz de navegar mais de duzentos metros no porto da baía de Génova. Verdade é que os genoveses são excelentes construtores de navios. O Costa Luminosa, o barcalhão que em 2016 me levou na primeira viagem de Volta ao Mundo, foi parcialmente construído aqui perto, em 2009, nos estaleiros Fincatieri. (...)
(Continua)
[Seleção / revisão e fixação de texto para efeitos de edição neste blogue: LG]
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Nota do editor:
(*) Vd, último poste da série > 21 de abril de 2020 > Guiné 61/74 - P20883: Viagem de volta ao mundo: em plena pandemia de COVID 19, tentando regressar a casa (Constantino Ferreira & António Graça de Abreu) (12): os sítios que ficaram por visitar...
Guiné 61/74 - P21101: Parabéns a você (1827): João Carvalho, ex-Fur Mil Enfermeiro da CCAÇ 5 (Guiné, 1973/74)
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Nota do editor
Último poste da série de 22 de Junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21098: Parabéns a você (1826): Cor Art Ref António José Pereira da Costa, ex-Alf Mil Art da CART 1692 (Guiné, 1968/69) e ex-Cap Art, CMDT das CARTs 3494 e 3567 (Guiné, 1972/74); João Crisóstomo, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 1439 (Guiné, 1965/67) e Júlio Martins Pereira, ex-Soldado TRMS da CCAÇ 1439 (Guiné, 1965/67)
Nota do editor
Último poste da série de 22 de Junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21098: Parabéns a você (1826): Cor Art Ref António José Pereira da Costa, ex-Alf Mil Art da CART 1692 (Guiné, 1968/69) e ex-Cap Art, CMDT das CARTs 3494 e 3567 (Guiné, 1972/74); João Crisóstomo, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 1439 (Guiné, 1965/67) e Júlio Martins Pereira, ex-Soldado TRMS da CCAÇ 1439 (Guiné, 1965/67)
segunda-feira, 22 de junho de 2020
Guiné 61/74 - P21100: Convívios (917): Homenagem ao combatente e lutador pelo Estatuto dos Combatentes Portugueses, Joaquim Coelho - Organização do Grupo Cantinho do Combatente e Associação MAC (Abel Santos)
Homenagem ao combatente e lutador pelo Estatuto dos Combatentes Portugueses, Joaquim Coelho
Organização do Grupo Cantinho do Combatente e Associação MAC
Nogueira da Regedoura
13 de junho de 2020
1. Mensagem do dia 18 de Junho de 2020, o nosso camarada Abel Santos, (ex-Soldado Atirador da CART 1742 - "Os Panteras" - Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69), enviou-nos uma reportagem da homenagem ao Combatente Joaquim Coelho, levada a efeito no passado dia 13 de Junho em Nogueira da Regedoura.
Foi uma jornada na qual ficou mais uma vez demonstrado todo o fervor castrense daqueles antigos militares que outrora foram enviados contra sua vontade para uma guerra que não era a deles, (nossa) mas que nunca rejeitaram a sua bandeira antes pelo contrário, defendendo-a com sangue suor e lágrimas, e se dúvidas existiam foram dissipadas aquando do canto do Hino Nacional.
Do programa muito bem elaborado, e que foi cumprido com todo o rigor conforme o estabelecido, e apresentado pelo profissional destas andanças, Aventino Ferreira, e que constava o seguinte.
12h00 - Receção às individualidades convidadas.
12h20 - O hastear da bandeira Nacional com toque de clarim, o canto do Hino Nacional, seguido pelo toque de silêncio executado pelo camarada combatente Manuel Inácio.
12h45 - Apresentação das Entidades, seguido do discurso do homenageado e presidente do MAC, Joaquim Coelho, palestras pelas várias entidades presentes, e declamação de poemas pelo combatente Abel Santos.
13h15 - Início do almoço.
14h15 - Sessão de fados de Coimbra pelo Dr. José Lacerda E Megre acompanhado pela conceituada fadista Maria da Luz, assim como David Lota, que apresentaram vários fados do seu vastíssimo reportório, seguido de cantigas à desgarrada pelo camarada Manuel Sameiro que se fez acompanhar pela artista Catarina Campos, que proporcionaram aos convivas momentos de boa disposição, seguindo-se uma sessão de música variada portuguesa.
Apresento algumas fotos do evento.
Poema estrada da vida
Abel Santos declamando um poema de autoria do homenageado
Mesa de Honra, na qual se vê, em primeiro plano, o amigo José Ferreira, nosso camarada da tertúlia do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.
Joaquim Coelho sendo agraciado
António Silva administrador do Cantinho do Combatente, e o homenageado Joaquim Coelho Presidente do MAC, e Manuel Inácio, o trompetista que em Madina do Boé tocava o trompete em cima do abrigo, quando a guarnição era atacada
Abel Santos, e Manuel Sameiro
Abel Santos, Manuel Sameiro, Arnaldo Ferreira, e Catarina Campos
Da esquerda para a direita, Abel Santos, Abel Ferreira, José Nunes, Luís Pinto, e Arnaldo Ferreira.
O conceituado fadista David Lota em plena actuação
Poema Jazem Além
Presidente da Associação Sargentos Portugueses, também esteve presente
Abel Santos ofertando a moldura da sua CART 1742 ao homenageado
A fadista Maria da Luz
Dr. José Lacerda E Megre, fado de Coimbra
Dr.José Megre, e Maria da Luz
Manuel Sameiro e o seu grupo em plena actuação
Joaquim Coelho recebendo a placa comemorativa
José Marques, António Moreira, e Joaquim Marques três camaradas sempre presentes.
Um aspecto da sala
Gravura da Associação
Mais outro aspecto da sala.
____________Nota do editor
Último poste da série de 19 de fevereiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20667: Convívios (916): Almoço/Convivio do pessoal do BCav 3846 que esteve na Guiné, em Ingoré, São Domingos, Sedengal, Suzana, Varela e Antotinha de 1971 a 1973, 15 de Março de 2020, Matos da Ranha, Pombal (Delfim Rodrigues)
Guiné 61/74 - P21099: Notas de leitura (1290): “Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, por Julião Soares Sousa; edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016 (5) (Mário Beja Santos)
1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 7 de Abril de 2017:
Queridos amigos,
Aqui se põe um fim a uma demorada, propositadamente extensa, análise de um trabalho de leitura obrigatória para o investigadores da guerra da Guiné, obra redigida com suficiente clareza e incisão que permita todos os leigos os mais amplos esclarecimentos sobre a vida e obra de Cabral.
Julião Soares Sousa foi justamente premiado pela sua primorosa investigação. Esta edição corrigida e aumentada introduz, em meu entender, um quociente de perplexidade quanto ao maior número de hipóteses de envolvimentos em torno do assassinato. A despeito de documentação fundamental ter desaparecido, estar extraviada ou irremediavelmente perdida, factos são factos, Cabral foi assassinado por guineenses e todas as recriminações dos conjurados iam contra a unidade Guiné-Cabo Verde. É um mistério denso que se presta a imensa especulação. Porém, não se esqueça que em 1980 Nino Vieira, de colaboração íntima com combatentes guineenses e até civis, afastaram os cabo-verdianos e pôs termo a um sonho de Cabral que, comprovadamente, não tinha pés para andar.
Um abraço do
Mário
Amílcar Cabral visto por Julião Soares Sousa:
Uma biografia incontornável, agora revista e aumentada (5)
Beja Santos
“Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016: tenho para mim que é a biografia do líder histórico do PAIGC, escrita em língua portuguesa, que nenhum estudioso ou interessado na história da Guiné-Bissau ou nas lutas de libertação que ali se travaram pode dispensar. Nenhum outro investigador de Amílcar Cabral coligiu tanta documentação, desfez mitos e quimeras e enquadrou com perspicácia e isenção o homem, a sua ideologia, a sua causa, nos tempos e na circunstância em que atuou e em que perdeu vida, assassinado pelos seus próprios companheiros de luta.
No aceso da luta de libertação, Cabral é confrontado com um punhado de dossiês escaldantes: as relações com os outros movimentos de libertação têm aspetos agudos, Cabral e Mondlane não têm identidade ideológica, por exemplo; procurou-se o lançamento de ações de guerrilha urbana, foram pouco consequentes mas segundo o líder importantes no plano político e psicológico; caminhou-se para a proclamação do Estado da Guiné e militarmente Cabral desenhou com um conjunto de colaboradores uma ofensiva sobre Guileje que só se concretizará em Maio de 1973; toda a problemática de Cabo Verde é forçada à hibernação, Cabral transfere para as frentes de guerra esses quadros apetrechados que se revelarão determinantes, caso de Pedro Pires, Osvaldo Lopes da Silva, Agnelo Dantas e Silvino da Luz, entre muitos outros; o ano de 1972 obriga Cabral a deslocações incessantes, embora se julgando amplamente informado do que se passa na guerrilha e em Conacri, acentuam-se as crises internas, é no regresso de uma visita à União Soviética em Novembro de 1972, onde lhe é garantido o apoio com armas modernas, como os mísseis Strela, que Cabral é alertado para a existência de graves problemas em Conacri, o mundo das informações alterara-se, não só a PIDE/DGS conseguira infiltrar informadores ao mais alto nível como dezenas de combatentes reuniam à luz do dia e havia mesmo ideias de refazer o partido, contava-se para isso com combatentes carismáticos como Osvaldo Vieira e com o antigo presidente do partido, Rafael Barbosa.
E assim chegamos ao assassinato, tema que conhece novos desenvolvimentos nesta edição corrigida. Há muitas conjeturas, o autor usa e abusa do consta, do alegadamente, do presume-se. Há versões coincidentes sobre o se passou naquela noite, Ana Cabral a tudo assistiu, ouviu as primeiras discussões, o primeiro disparo quando Cabral não aceitou ser preso, a conversa seguinte em que Cabral propunha uma discussão sobre os problemas de relacionamento entre cabo-verdianos e guineenses, sucederam-se os tiros fatais, os conjurados, seguramente de acordo com o plano previamente traçado, dividiram tarefas, prenderam Aristides Pereira e levaram-no para uma lancha com outros reféns, incluindo a mulher de Cabral; meteram na prisão um elevado número de cabo-verdianos, nem um só guineense, avisaram-nos de que seriam fuzilados ao amanhecer; e foram libertados os membros do complô, todos guineenses, que se encontravam aprisionados, punidos por rebeldia; outros dirigiram-se ao palácio de Sékou Touré, Óscar Oramas, o embaixador cubano assistiu a essa conversa, os conjurados alegaram sempre a fricção insanável entre Guiné e Cabo Verde, o presidente da Guiné Conacri mandou prender os conjurados e pediu apoio naval aos soviéticos para irem buscar Aristides Pereira. Entre as muitas pistas Julião Soares Sousa retoma algumas delas não têm base de sustentação: não há um só documento que comprove qualquer colaboração da Armada Portuguesa; não há um só documento que conduza a qualquer associação entre a PIDE/DGS e os implicados na conjura de Conacri, pelo contrário, nas horas subsequentes em Bissau Spínola deplorará a morte de Cabral, ele não tinha outro interlocutor, e o diretor da PIDE em Bissau envia para o diretor da PIDE em Lisboa um relatório que no todo ou na parte é manifesto da não implicação da polícia política portuguesa nos acontecimentos de 20 de Janeiro de 1973; continua a insistir-se na liderança de Momo Touré no assassinato, este não possuía qualificações, capacidades ou reconhecimento por parte dos altos quadros combatentes, seria, quanto muito, um cabeça de turco a executar um plano pré-combinado, não será de excluir conivências diretas de Nino Vieira e Osvaldo Vieira, que ficaram na sombra. Julião Soares Sousa carreia nova informação, caso do relatório da delegação jugoslava às cerimónias fúnebres de Cabral, ou relatório de Agostinho Neto. E centra-se nas hipóteses de cumplicidades internas e externas centradas em Sékou Touré e nas autoridades portuguesas. Para sermos francos, nada de novo. Trazer à colação a “Operação Albatroz”, bem como a “Operação Safira”, igualmente nada traz de esclarecedor, não há provas concludentes que associem tais iniciativas ao assassinato de Cabral.
As conclusões da obra recapitulam toda a evolução de um pensamento e de uma ação, podem ser encaradas como uma síntese feliz. No entanto, não se percebe o que leva o autor depois de relevar de que não se possui documentação irrefutável que leve ao reconhecimento dos autores morais a escrever que a chave do enigma se encontra na documentação da PIDE/DGS, da Aginter Press e dos Serviços Secretos de Conacri e assevera: “Acreditamos também que algum arquivo privado possa a vir resolver o mistério. Pelo menos pouco a pouco mais dados têm vindo a terreiro, ajudando-nos a reconstruir o puzzle tão complexo. Toda esta documentação sumida poderá esclarecer os meandros em que o assassinato foi orquestrado a partir de Lisboa e a maneira como algumas organizações secretas europeias penetraram o PAIGC com a cumplicidade de guineenses e de elementos da oposição ao regime de Sékou Touré”. Não nos aprece igualmente crível que Spínola tenha abandonado o seu lugar de governador por causa da proclamação unilateral da independência, Spínola sabia que a prazo o desfecho militar lhe era desfavorável, aprovara-se uma retração do dispositivo era o primeiro sinal da derrocada, preferiu ir para Lisboa preparar a derrocada do regime de Caetano, com quem se incompatibilizara.
Ao findar a análise deste importantíssimo documento, reitero a sua importância e a obrigatoriedade da sua leitura, para investigadores e todos os interessados.
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Notas do editor
Postes anteriores de:
1 de maio de 2020 > Guiné 61/74 - P20964: Notas de leitura (1283): “Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, por Julião Soares Sousa; edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016 (1) (Mário Beja Santos)
18 de maio de 2020 > Guiné 61/74 - P20987: Notas de leitura (1284): “Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, por Julião Soares Sousa; edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016 (2) (Mário Beja Santos)
8 de junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21054: Notas de leitura (1288): “Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, por Julião Soares Sousa; edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016 (3) (Mário Beja Santos)
e
15 de junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21078: Notas de leitura (1289): “Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, por Julião Soares Sousa; edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016 (4) (Mário Beja Santos)
Guiné 61/74 - P21098: Parabéns a você (1826): Cor Art Ref António José Pereira da Costa, ex-Alf Mil Art da CART 1692 (Guiné, 1968/69) e ex-Cap Art, CMDT das CARTs 3494 e 3567 (Guiné, 1972/74); João Crisóstomo, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 1439 (Guiné, 1965/67) e Júlio Martins Pereira, ex-Soldado TRMS da CCAÇ 1439 (Guiné, 1965/67)
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Nota do editor
Último poste da série de 20 de Junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21091: Parabéns a você (1825): Cherno Baldé, Amigo Grã-Tabanqueiro da Guiné-Bissau, Engenheiro e Gestor de Projectos
domingo, 21 de junho de 2020
Guiné 61/74 - P21097: Tabanca Grande (495): Acácio Fernando da Silva Mares, ex-Fur Mil Inf da 1.ª Comp/BCAÇ 4612/72) (Porto Gole, 1972/74), 809.º Grã-Tabanqueiro da nossa tertúlia
1. Mensagem do nosso camarada e novo tertuliano, Acácio Fernando da Silva Mares, ex-Fur Mil Inf da 1.ª Comp/BCAÇ 4612/72 (Porto Gole, 1972/74), com data de 11 de Junho de 2020:
O meu nome é Acácio Mares, ex-Furriel Mil. NM 18779672.
Pertenci à 1.ª Companhia do BCAÇ 4612/72 que esteve em Porto Gole.
Gostava de ser incluído no grupo da Tabanca Grande.
Abraço
Acácio Mares
Acácio Mares em Porto Gole
2. O camarada Acácio Mares foi contactado no sentido de nos enviar algo mais que nos levasse a conhecê-lo melhor do que resultou o envio desta segunda mensagem em 19 de Junho:
1. Recruta no CISMI (Tavira) com destino a Porto Gole;
2. Por lá está estive 3 a 4 meses, sendo nomeado para Delegado de Batalhão em Bissau, substituindo o ex-camarada furriel Salavisa;
3. No regresso trabalhei na Rodoviária Nacional, em Queluz, como responsável de compras e com várias formações acrescidas: - Organização e Gestão de compras na Empresa; - 52.º Curso Básico de Chefia; - Curso de "Comunicação e Relações Humanas para Chefia".
4. Aos 36 anos tive um AVC, com baixa permanente até aos 40, aí fui reformado;
5. Ao recuperar iniciei um novo projecto - Comércio de lenha e carvão, onde desenvolvi durante 10 anos e trespassei o negócio;
6. Ao trespassar o negócio, entrei em parceria com a minha esposa, adquirimos uma nova loja para comério de roupa;
7. Aí dava suporte às duas lojas em termos de acompanhamento e monitorização de aquisição, levantamento e facturação das mesmas;
8. Obtendo este know how, iniciei-me na revenda de roupa para lojas;
9. Trabalhei cerca de 5 anos na revenda de pronto a vestir, e nesta fase estando esta economia a decrescer iniciei em paralelo novo projecto;
10. Em 1999 construí e abri um novo estaleiro dedicado apenas a comércio de lenha;
11. Este projecto iniciou apenas ao fim de semana, comigo em parceria com a minha esposa, com distribuição casa a casa por área residenciais pré definidas e estabelecidas semanalmente;
12. Este projecto durou cerca de 15 anos, tendo expandido paralelamente negócio de carvão;
13. O estaleiro chegou a ter 7 funcionários em full time, com 2 vagons a distribuir e um camião a distribuir carvão para restaurantes;
14. Na fase final e para contabilização de custos/despesas em compras já eram os nossos veículos que iam adquirir e transportar matéria prima;
15. Em 2017 fui vítima de queda de um lance de escadas, da qual resultou um TC sem perda de conhecimento;
16. A partir daí fiquei de baixa e ausente da gestão e em 2018 trespassei o negócio.
3. Comentário do editor:
Caro Acácio Mares,
Em primeiro lugar recebe um abraço em nome dos editores e da tertúlia em geral.
Recebemos-te com todo o gosto nesta Tabanca de antigos Combatentes da Guiné. Vais ocupar o lugar número 809 da tertúlia mas podes "sentar-te" onde quiseres porque não temos qualquer tipo de distinção entre nós, seja pelo antigo (ou actual) posto, formação académica, profissão, idade, etc. Por isso nos tratamos por tu.
Muito obrigado pelo teu currículo/história de vida, muito variado e acidentado quanto à saúde. Esperemos que tenhas recuperado tanto quanto possível e gozes a tua reforma porque bem mereces.
Se tiveres algum tempo livre, podes ir enviando algumas das tuas memórias dos tempos vividos em Porto Gole, seja por escrito ou enviando fotos, que tenhas, acompanhadas com as respectivas legendas.
Como pode confirmar, navegando pelos mais de 21.000 postes do nosso Blogue, a nossa missão é deixar algum espólio para memória futura, para que não sejam os outros a contar a nossa história por nós.
Com os votos de que gozes de boa saúde, deixo-te um abraço pessoal
Carlos Vinhal
PS - Do teu batalhão, BCAÇ 4612/2 (Mansoa, 1972/74), tenos mais de 70 referências no nosso blogue. Vê se recomheces alguém, uma boa parte é de malat da CCS e da 3ª Companhia.
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Nota do editor
Último poste da série de 8 de junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21056: Tabanca Grande (494): Edgar Tavares Morais Soares, ex-Fur Mil Op Especiais da CCS/BART 3873 (Bambadinca, 1971/74), 808.º Grã-Tabanqueiro da nossa tertúlia
O meu nome é Acácio Mares, ex-Furriel Mil. NM 18779672.
Pertenci à 1.ª Companhia do BCAÇ 4612/72 que esteve em Porto Gole.
Gostava de ser incluído no grupo da Tabanca Grande.
Abraço
Acácio Mares
Acácio Mares em Porto Gole
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2. O camarada Acácio Mares foi contactado no sentido de nos enviar algo mais que nos levasse a conhecê-lo melhor do que resultou o envio desta segunda mensagem em 19 de Junho:
1. Recruta no CISMI (Tavira) com destino a Porto Gole;
2. Por lá está estive 3 a 4 meses, sendo nomeado para Delegado de Batalhão em Bissau, substituindo o ex-camarada furriel Salavisa;
3. No regresso trabalhei na Rodoviária Nacional, em Queluz, como responsável de compras e com várias formações acrescidas: - Organização e Gestão de compras na Empresa; - 52.º Curso Básico de Chefia; - Curso de "Comunicação e Relações Humanas para Chefia".
4. Aos 36 anos tive um AVC, com baixa permanente até aos 40, aí fui reformado;
5. Ao recuperar iniciei um novo projecto - Comércio de lenha e carvão, onde desenvolvi durante 10 anos e trespassei o negócio;
6. Ao trespassar o negócio, entrei em parceria com a minha esposa, adquirimos uma nova loja para comério de roupa;
7. Aí dava suporte às duas lojas em termos de acompanhamento e monitorização de aquisição, levantamento e facturação das mesmas;
8. Obtendo este know how, iniciei-me na revenda de roupa para lojas;
9. Trabalhei cerca de 5 anos na revenda de pronto a vestir, e nesta fase estando esta economia a decrescer iniciei em paralelo novo projecto;
10. Em 1999 construí e abri um novo estaleiro dedicado apenas a comércio de lenha;
11. Este projecto iniciou apenas ao fim de semana, comigo em parceria com a minha esposa, com distribuição casa a casa por área residenciais pré definidas e estabelecidas semanalmente;
12. Este projecto durou cerca de 15 anos, tendo expandido paralelamente negócio de carvão;
13. O estaleiro chegou a ter 7 funcionários em full time, com 2 vagons a distribuir e um camião a distribuir carvão para restaurantes;
14. Na fase final e para contabilização de custos/despesas em compras já eram os nossos veículos que iam adquirir e transportar matéria prima;
15. Em 2017 fui vítima de queda de um lance de escadas, da qual resultou um TC sem perda de conhecimento;
16. A partir daí fiquei de baixa e ausente da gestão e em 2018 trespassei o negócio.
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Localização de Porto Gole
© Infogravura do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (Carta da Província da Guiné - 1:500.000)
3. Comentário do editor:
Caro Acácio Mares,
Em primeiro lugar recebe um abraço em nome dos editores e da tertúlia em geral.
Recebemos-te com todo o gosto nesta Tabanca de antigos Combatentes da Guiné. Vais ocupar o lugar número 809 da tertúlia mas podes "sentar-te" onde quiseres porque não temos qualquer tipo de distinção entre nós, seja pelo antigo (ou actual) posto, formação académica, profissão, idade, etc. Por isso nos tratamos por tu.
Muito obrigado pelo teu currículo/história de vida, muito variado e acidentado quanto à saúde. Esperemos que tenhas recuperado tanto quanto possível e gozes a tua reforma porque bem mereces.
Se tiveres algum tempo livre, podes ir enviando algumas das tuas memórias dos tempos vividos em Porto Gole, seja por escrito ou enviando fotos, que tenhas, acompanhadas com as respectivas legendas.
Como pode confirmar, navegando pelos mais de 21.000 postes do nosso Blogue, a nossa missão é deixar algum espólio para memória futura, para que não sejam os outros a contar a nossa história por nós.
Com os votos de que gozes de boa saúde, deixo-te um abraço pessoal
Carlos Vinhal
PS - Do teu batalhão, BCAÇ 4612/2 (Mansoa, 1972/74), tenos mais de 70 referências no nosso blogue. Vê se recomheces alguém, uma boa parte é de malat da CCS e da 3ª Companhia.
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Nota do editor
Último poste da série de 8 de junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21056: Tabanca Grande (494): Edgar Tavares Morais Soares, ex-Fur Mil Op Especiais da CCS/BART 3873 (Bambadinca, 1971/74), 808.º Grã-Tabanqueiro da nossa tertúlia
Guiné 61/74 - P21096: Blogpoesia (682): "Terra negra, Terra negra, seca", "Rostos mascarados" e "Sábios e presunçosos", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 728
1. Do nosso camarada Joaquim Luís Mendes Gomes (ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 728, Cachil, Catió e Bissau,
1964/66) estes belíssimos poemas, da sua autoria, enviados, entre
outros, ao nosso blogue durante a semana:
Terra negra Terra negra, seca.
Escalvada pelo estio gritante.
Nem sequer lagartos, minhocas atrais.
Uma camada de erva queimada te cobre.
Pareces a morte.
Só depois da primavera te vestirás de verde.
Virá o arado. Te desventra.
Ficas exposta.
O sol te emprenha de vida, outra vez.
Cai-te a semente.
E um manto verde reverdece.
Cria fruto.
Muitas espigas. Em cada caule
É o milagre da Natureza que acontece cada ano aos nossos olhos.
Até os cegos o vêm com os da alma…
Ericeira, 14 de Junho de 2020
19h54m
Jlmg
********************
Rostos mascarados
Eis que, do pé para a mão, se mascararam os rostos, não de vergonha, mas de medo subterrâneo.
Esse sentimento oculto que só rebenta quando o perigo vem e ameaça.
Uma praga ingente grassou na nossa época.
Súbita e inesperada.
Ficará na história das calamidades que avassalaram a humanidade inteira.
Sem distinções.
Não há fortes, fracos ou poderosos que consigam eximir-se.
Só esta cortina simples frente às narinas lhe faz frente tentando impedi-la de entrar.
Uma avalanche de mortos eclodiu, vencendo toda a resistência das medicinas.
Uma humilhação total para a arrogância que, oxalá, irá mudar nossa forma de estar no mundo em convivência…
Ouvindo Zubin Mehta and Khatia Buniatishvili
Mafra, café Castelão, 15 de Junho de 2020
9h38m
Jlmg
********************
Sábios e presunçosos
Não me revejo nos sábios e presunçosos que pululam por essas praças.
Nem nos inchados que pregam de barriga cheia de gorduras e gulodices.
Nem daqueles opíparos que só aparecem quando a vida lhes corre bem.
Fujo a sete léguas dos pés descalços que, num repente, viraram ricos, ninguém sabe bem como foi.
Prefiro caminhar sozinho.
Trago em mim a marca das distâncias.
Cair no abismo não quero a todo o custo.
Ericeira, 16 de Junho de 2020
13h43m
Jlmg
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Nota do editor
Último poste da série de 14 de junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21076: Blogpoesia (681): "Chave de fendas", "A última noite" e "A primeira noite", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 728
Terra negra Terra negra, seca.
Escalvada pelo estio gritante.
Nem sequer lagartos, minhocas atrais.
Uma camada de erva queimada te cobre.
Pareces a morte.
Só depois da primavera te vestirás de verde.
Virá o arado. Te desventra.
Ficas exposta.
O sol te emprenha de vida, outra vez.
Cai-te a semente.
E um manto verde reverdece.
Cria fruto.
Muitas espigas. Em cada caule
É o milagre da Natureza que acontece cada ano aos nossos olhos.
Até os cegos o vêm com os da alma…
Ericeira, 14 de Junho de 2020
19h54m
Jlmg
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Rostos mascarados
Eis que, do pé para a mão, se mascararam os rostos, não de vergonha, mas de medo subterrâneo.
Esse sentimento oculto que só rebenta quando o perigo vem e ameaça.
Uma praga ingente grassou na nossa época.
Súbita e inesperada.
Ficará na história das calamidades que avassalaram a humanidade inteira.
Sem distinções.
Não há fortes, fracos ou poderosos que consigam eximir-se.
Só esta cortina simples frente às narinas lhe faz frente tentando impedi-la de entrar.
Uma avalanche de mortos eclodiu, vencendo toda a resistência das medicinas.
Uma humilhação total para a arrogância que, oxalá, irá mudar nossa forma de estar no mundo em convivência…
Ouvindo Zubin Mehta and Khatia Buniatishvili
Mafra, café Castelão, 15 de Junho de 2020
9h38m
Jlmg
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Sábios e presunçosos
Não me revejo nos sábios e presunçosos que pululam por essas praças.
Nem nos inchados que pregam de barriga cheia de gorduras e gulodices.
Nem daqueles opíparos que só aparecem quando a vida lhes corre bem.
Fujo a sete léguas dos pés descalços que, num repente, viraram ricos, ninguém sabe bem como foi.
Prefiro caminhar sozinho.
Trago em mim a marca das distâncias.
Cair no abismo não quero a todo o custo.
Ericeira, 16 de Junho de 2020
13h43m
Jlmg
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Nota do editor
Último poste da série de 14 de junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21076: Blogpoesia (681): "Chave de fendas", "A última noite" e "A primeira noite", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 728
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