Diário de Lisboa, segunda-feira, 22 de janeiro de 1973
Citação:
(1973), "Diário de Lisboa", nº 17989, Ano 52, Segunda, 22 de Janeiro de 1973, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_5387 (2018-11-1)
Diário de Lisboa, terça-feira, 23 de janeiro de 1973
(1973), "Diário de Lisboa", nº 17990, Ano 52, Terça, 23 de Janeiro de 1973, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_5250 (2018-11-1)
Diário de Lisboa, quarta-feira, 24 de janeiro de 1973
Citação:
(1973), "Diário de Lisboa", nº 17991, Ano 52, Quarta, 24 de Janeiro de 1973, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_5251 (2018-11-1)
Diário de Lisboa, quarta-feira, 24 de janeiro de 1973
Citação:
(1973), "Diário de Lisboa", nº 17991, Ano 52, Quarta, 24 de Janeiro de 1973, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_5251 (2018-11-1)
Diário de Lisboa, domingo, 28 de janeiro de 1973
Citação:
(1973), "Diário de Lisboa", nº 17995, Ano 52, Domingo, 28 de Janeiro de 1973, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_5258 (2018-11-1)
(1973), "Diário de Lisboa", nº 17995, Ano 52, Domingo, 28 de Janeiro de 1973, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_5258 (2018-11-1)
Fonte: Fundação Mário Soares > Casa Comum > Fundo; Documentos Ruella Ramos (Com a devida vénia...)
1. Dia 20 de janeiro, à noite, em Conacri, era assassinado, por elementos do seu próprio partido, o Amílcar Cabral. Os jornais portugueses, sujeitos à censura prévia, só deram a notícia 48 horas depois. É, pelo menos, o caso do "Diário de Lisboa", conotado com a "oposição democrática" ao regime de Salazar-Caetano. O noticiário é cauteloso. E dá-se a subentender que os "falcões" do PAIGC é que estão por detrás do assassinato do líder...
Em boa verdade, houve uma escalada da guerra, depois da morte de Amílcar Cabral. Os "falcões" do PAIGC, o regime de Sékou Touré e os russos são, sem sombra de dúvida, os ganhadores. Spínola sai, claramente, como "perdedor"... Ironicamente, chamou-se Op Amílcar Cabral à escalada da guerra por parte do PAIGC, desembocando nas batalhas dos 3 G (Guidaje, Guileje e Gadamael) e na entrada em cena do míssil Strela, fornecido pelos russos, e culminando com a declaração unilateral da independência da Guiné em 24 de setembro de 1973...
Da Guiné se disse, com maior ou menor propriedade, que foi o Vietname português...
2. Nessa mesma semana, são assinados, a 27 de janeiro de 1973, os Acordos de Paz de Paris (ou Acordo de Paris para o Fim da Guerra e Restauração da Paz no Vietname).
O acordo ou acordos têm a assinatura dos governos da República Democrática do Vietname (Vietname do Norte), da República do Vietname (Vietnam do Sul) e dos Estados Unidos da Amércia, além do Governo Revolucionário Provisório (PRG) que representava o vietcong, apoiado pelo Vietname do Norte. Estes acordos puseram fim à intervenção direta, no Vietname, das Forças Armadas dos EUA e estabeleceram uma trégua temporária nos combates entre o Norte e o Sul.
Foram negociações demoradas, complexas, com altos e baixos, iniciadas em 1968, após a Ofensiva do Tet. Os principais negociadores em Paris foram o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos Henry Kissinger e o membro do Politburo norte-vietnamita Le Duc Tho. (Ambos irão receber nesse ano o Prémio Nobel da Paz, em reconhecimento do seu trabalho pela paz, embora Ler Duc Tho, tenha recusado o prémio, alegando que o processo ainda não estava completo. E a verdade, é que a guerra só vai chegar ao fim... em 1975, depois de14 anos de lutas sangrentas.
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1. Dia 20 de janeiro, à noite, em Conacri, era assassinado, por elementos do seu próprio partido, o Amílcar Cabral. Os jornais portugueses, sujeitos à censura prévia, só deram a notícia 48 horas depois. É, pelo menos, o caso do "Diário de Lisboa", conotado com a "oposição democrática" ao regime de Salazar-Caetano. O noticiário é cauteloso. E dá-se a subentender que os "falcões" do PAIGC é que estão por detrás do assassinato do líder...
Em boa verdade, houve uma escalada da guerra, depois da morte de Amílcar Cabral. Os "falcões" do PAIGC, o regime de Sékou Touré e os russos são, sem sombra de dúvida, os ganhadores. Spínola sai, claramente, como "perdedor"... Ironicamente, chamou-se Op Amílcar Cabral à escalada da guerra por parte do PAIGC, desembocando nas batalhas dos 3 G (Guidaje, Guileje e Gadamael) e na entrada em cena do míssil Strela, fornecido pelos russos, e culminando com a declaração unilateral da independência da Guiné em 24 de setembro de 1973...
Da Guiné se disse, com maior ou menor propriedade, que foi o Vietname português...
2. Nessa mesma semana, são assinados, a 27 de janeiro de 1973, os Acordos de Paz de Paris (ou Acordo de Paris para o Fim da Guerra e Restauração da Paz no Vietname).
O acordo ou acordos têm a assinatura dos governos da República Democrática do Vietname (Vietname do Norte), da República do Vietname (Vietnam do Sul) e dos Estados Unidos da Amércia, além do Governo Revolucionário Provisório (PRG) que representava o vietcong, apoiado pelo Vietname do Norte. Estes acordos puseram fim à intervenção direta, no Vietname, das Forças Armadas dos EUA e estabeleceram uma trégua temporária nos combates entre o Norte e o Sul.
Foram negociações demoradas, complexas, com altos e baixos, iniciadas em 1968, após a Ofensiva do Tet. Os principais negociadores em Paris foram o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos Henry Kissinger e o membro do Politburo norte-vietnamita Le Duc Tho. (Ambos irão receber nesse ano o Prémio Nobel da Paz, em reconhecimento do seu trabalho pela paz, embora Ler Duc Tho, tenha recusado o prémio, alegando que o processo ainda não estava completo. E a verdade, é que a guerra só vai chegar ao fim... em 1975, depois de14 anos de lutas sangrentas.
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Nota do editor:
Último poste da série > 1 de novembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19155: Recortes de imprensa (97): In Memoriam - Professor Doutor Carlos Cordeiro - Homenagem no Jornal Correio dos Açores (2)